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Todo o conhecimento humano é motivado por algum tipo de desconforto, mesmo que seja o desconforto da curiosidade.

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Assim, tudo acaba ou começa a partir de problemas.

Porém, ao estudar as rupturas de mídia no passado, podemos jogar luz de novo nesta questão.

Posso começar a desconfiar que o ensino por problemas é algo que precisa de um tipo de taxa alta de inovação na sociedade.

Se a sociedade é muito controlada, seja pela incapacidade da chegada novas mídias descentralizadoras ou por uma ditadura, a tendência é que a taxa da prática do ensino por problemas tenda a diminuir.

Tem lógica nessa afirmação, pois não adianta incentivar debates sobre problemas se há um centro que define como eles devem ser resolvidos.

O ensino por problemas vai acabar incentivando que se pense outras soluções para antigos problemas. E isso cria problema para um centro dominador.

Macro-crises informacionais e administrativas, como a atual,  são provocadas pelo uso continuado de mídias centralizadoras, aliada ao gradual aumento demográfico.

Ambos os casos, demandam que haja naturalmente e voluntariamente um aumento de poder do centro sobre a sociedade.

Os problemas precisam de uma centralização, pois vai se aumentando a complexidade e é preciso padronizar as soluções.

O centro tende a definir como os problemas deveriam ser melhor resolvidos e se aumentará a tendência do ensino voltado para assuntos.

Os assuntos permitem que se mascare os problemas.

Só podemos passar do ensino de assuntos para problemas quando há o aumento da taxa de inovação da sociedade, em que as organizações querem novas soluções para velhos problemas.

É preciso que estejamos vivendo a passagem da centralização para a descentralização, o que ocorre por motivos Tecnoculturais.

O ensino por problemas é aberto, pois não se pode ter solução única para determinado problema, que muda conforme cada contexto.

Isso implica em modelo de aprendizagem diferente, em que professores e alunos tomam outro lugar no espaço de aprendizagem.

Todos aprendem com todos e todos aprendem com os resultados das hipóteses e tentativas diante da realidade.

A tendência, assim, do século XXI, devido ao movimento de descentralização e aumento da taxa de inovação social, é de ampliar o ensino por problemas.

Mas isso só é possível por causa das novas tecnologias de trocas descentralizadoras, que permitem o aumento da taxa de inovação.

Há, assim, relação entre:

  • demografia;
  • tecnologias de trocas;
  • ensino por problema ou assuno;
  • taxa de inovação social.

Novas organizações que querem inovar incrementalmente e disruptivamente demandam profissionais que consigam pensar e agir diante de velhos problemas de nova maneira.

Isso é cíclico e dependerá sempre da capacidade que teremos de lidar com a Complexidade Demográfica.

Quando houver centralização, se verá movimentos do ensino focados em assuntos e vice-versa. Quando houver descentralização, se falará em ensino por problemas.

O ensino por assuntos gera crises, pois reforçará a solução dos velhos problemas da mesma maneira, uma forma pouco sustentável de lidar com o aumento da complexidade progressiva, uma característica do ser humano.

Se houver Tecnologias ou movimento sociais que permitam a descentralização, haverá incentivo ao ensino por problemas. Caso contrário, caminharemos lentamente para a volta do ensino por assuntos.

É um pêndulo.

Por fim, o ensino por problemas pede o incentivo à criatividade e o de assuntos da memória. O primeiro é inovador e o segundo conservador (no sentido de preservação da solução de problemas por um centro).

Pós-escrito do livro:

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Baixe aqui:
http://tinyurl.com/cadcertipdfs

É isso, que dizes?

 

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