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Dizem que a história se repete como farsa.

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Não concordo.

A história tem ciclos e precisamos aprender com eles. Ela não se repete, mas determinados contextos se parecem.

Pesquisadores sociais precisam identificá-los.

Pandemias, crises econômicas, desempregos, revoluções sociais, revoluções cognitivas. Eles vão e vêm de forma diferente em algo e igual em outro. E tem causas e consequências similares.

Aqui quero falar do Pêndulo Cognitivo e os filósofos necessários que têm que aparecer depois deles.

É um fenômeno que se repete.

O que acontece?

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Há uma concentração de ideias, em função de novas Tecnologias Cognitivas Centralizadoras, que provoca um período de baixa capacidade de reflexão. O modelo de pensamento hegemônico da sociedade, ao final da Ditadura Cognitiva se torna extremamente de emoções primitivas.

Baixa capacidade de abstração e reflexão, pois um centro tirou da sociedade a capacidade de pensar por si própria. Uma nova Governança da Espécie, que é o que aponta o futuro, precisa reconstruir esse ambiente.

E isso é o papel dos Restauradores Filosóficos pós-ditaduras cognitivas.

Diria que vejo claramente dois momentos parecidos nessas condições (tem mais):

  • – Fim da Idade Média (até 1450);
  • – Fim da Idade Mídia (até 2004).

Qual é o papel dos Restauradores da Reflexão?

Fiz abaixo uma lista baseada no que li do Discurso do Método, que é justamente o que hoje Fritjof Capra (que questiona Descartes) e Morin e tantos outros começa a recriar.

Fala-se de pensamento quântico, holístico, complexo.

A passagem do pensamento da Era Cognitiva oral-impressa-eletrônica, que se centralizou no século passado e a necessidade de um novo modelo de pensamento mais compatível com a Complexidade Demográfica atual.

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É a preparação, pela ordem, de:

  • – um novo modelo mental mais compatível;
  • – que vai nos permitir criar novas filosofias, teorias e metodologias para lidar com um mundo de 7 bilhões de habitantes.

Os Restauradores Filosóficos são os primeiros, como foi Descartes (que admiro muito) a começar a criar um novo método menos emocional, que uma Ditadura Cognitiva provoca.

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Vejam abaixo as tendências, todas tiradas da leitura do livro “Discurso do Método” de Descartes e veja como se encaixam no que propõem os novos Restauradores:

  • Questionamento das autoridades despossuídas de lógica e sentido;
  • Não aceitação do senso comum como “verdade”;
  • Questionamento das emoções primeiras e dos preconceitos como ferramenta para lidar com a realidade;
  • Questionamento de baixa taxa de reflexão sobre os problemas;
  • Falta de método e lógica para reflexão;
  • Defesa de autonomia de pensamento;
  • Resgate de método racional de pensamento;
  • Livre arbítrio para pensar;
  • Nova forma de produção fugindo do modelo anterior (no caso de Descartes Escolástica, baseada na oralidade, no medo, e, portanto, na fé e no dogmatismo);
  • Trabalho independente, nas bordas, da periferia para o centro (Descartes se exilou das universidades de plantão);
  • Voltado para problemas, que recuperam a possibilidade de contato do pensar com a sociedade;
  • Aberto para a sociedade e não para “doutos”, ciência voltada para sociedade;
  • Inovação sem amarras, a única barreira é a consciência;
  • Redução de dogmas, principalmente religiosos;
  • Retirada do sagrado como limite ao conhecimento, incluindo autoridades sem capacidade de reflexão, mas apenas de provocar emoção (lembra muito os palestrantes de hoje em dia);
  • Aquilo que é inquestionável passa a ser.

 

É isso, que dizes?

2 Responses to “Restauradores filosóficos pós-ditaduras cognitivas”

  1. […] métodos de pensamento, como Descartes, pois Idade Média ou Morin, pós Idade Mídia – ver mais aqui – […]

  2. […] colocá-lo como chamei aqui de Restaurador Filosófico pós-ditadura Cognitiva do fim da Idade […]

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