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Decisões 2.0

 Quanto maior a complexidade das decisões, o que implica em mais dados e menos tempo, mais o modelo do líder-alfa perde competitividade, pois é preciso um tempo de processamento que torna esse tipo de decisão lenta e nem sempre eficaz.

Versão 1.0 – 10 de dezembro de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Um modelo de gestão, seja ele qual for, é baseado em tomada de decisões.

Temos diferentes momentos em que se é preciso decidir, ou continuar do jeito que está ou mudar alguma coisa, seja no macro, ou no micro.

Quase algo binário:

  • 0 – continua;
  • 1 – muda.
Decidir é optar por 0 ou 1.

A tomada de decisão entre 0 e 1 adota critérios informacionais.

Quanto mais e melhores forem as informações e as fontes, melhor, teoricamente, podemos decidir.

Note, assim, que precisamos atribuir valor aos dados e as fontes que o produzem, que recebem também dois valores, no geral:

  • Confiáveis – 1, são incorporados à decisão;
  • Não confiáveis – 0 ignorados.

No mundo atual, regido pelo ambiente cognitivo impresso/eletrônico há um critério para determinar quais são os dados e fontes confiáveis.

Pessoas que conseguem um certo grau de hierarquia na sociedade ganham o valor “confiável” e vice-versa. São dados e fontes que utilizamos para decidir.

(Tenho defendido que esse modelo se baseia na influência dos líderes-alfa da matilha.)

Assim, criamos um ambiente de decisões baseado naqueles dados e fontes que são apontados pelo ambiente cognitivo como confiáveis.

Porém, há um limite de performance de dados e fontes a ser administrado pelo líder-alfa.

Quanto maior a complexidade das decisões, o que implica em mais dados e menos tempo, mais o modelo do líder-alfa perde competitividade, pois é preciso um tempo de processamento que torna esse tipo de decisão cada vez mais lenta e nem sempre eficaz.

A chegada de um novo ambiente cognitivo digital procura um novo modelo de estabelecer confiança nos dados e fontes, baseado no critério das formigas/abelhas, que procura incorporar a inteligência coletiva tanto dos dados, como das fontes.

Diferente do critério líder-alfa, que trabalha muitas vezes sozinho ou com poucos ajudantes, o modelo do formigueiro vai permitindo que cada dado ou fonte seja também (não é exclusivo) pelos participantes do processo. Ou seja, ao clicar, comentar ou qualificar cada dado ou fonte estou ao mesmo tempo consumindo, me relacionando e informando a todos para que possam tomar decisões mais consistentes, do que aquelas tomadas no modelo anterior.

O modelo anterior, assim, começa –  conforme a complexidade aumenta ( e isso não é reversível) –  a tomar decisões cada vez menos precisas e de forma mais lenta e vice-versa.

Por isso, torna-se inevitável a adoção do modelo do novo ambiente cognitivo, pois será cada vez mais eficaz.

Esta é a principal mudança da gestão atual para a nova gestão.

É, por causa da performance, irreversível.

É isso,

que dizes?

3 Responses to “Decisões 2.0”

  1. Daniela disse:

    De fato o modelo lider alfa não se aplica mais hoje. A organização que perceber isso sai na frente, pois será pioneira em um modelo colaborativo dentro de um novo ambiente cognitivo. Obviamente, a princípio, um modelo colaborativo baseado em tentativa e erro, pois estamos em um momento de experimentação de uma nova configuração tanto política quanto social.

  2. Joanna Demétrio Alimonda disse:

    Cada vez mais observo que as empresas já digitalizadas, ou que nasceram digitais, têm adotado essa colaboração já na sua plataforma inicial da ferramenta. São exemplos de sucesso que já saem ganhando a preferência do consumidor, como o Taxibeat, o net movies etc. Contudo, penso que as empresas estagnadas num modelo meritocrático, burocrático e antigo terão muita dificuldade de entender os benefícios da real colaboração, uma vez que suas matrizes estão no conceito de lobo e matilha, dominador e dominado, poder de um para mover muitos. A decisão entre 0 e 1 reflete totalmente o modelo de gestão atual, e como fazer para redefinir essa lógica?

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