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“Não há explicações finais apenas explicações melhores” – Gleiser;

Versão 1.1 – 16 de junho de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Uma teoria é algo em movimento.

É algo que vamos procurar as forças que trazem desordem à ordem.

Quanto mais força o elemento da desordem traz, mais ele deve ser estudado.

Uma teoria é o estudo, portanto, dos momentos de desordem para poder entender as causas da desordem.

Ao se entender as causas da desordem, pode-se analisar os contextos de quando a ordem será modificada pela desordem.

Sim, de fato a ordem é passageira e a desordem é costumeira.

Mas o ser humano, infelizmente ou felizmente somos assim, queremos nos iludir na ordem.

Queremos fingir que a ordem é eterna.

E por isso temos tanta raiva da desordem e isso impede de estudá-la.

O maior inimigo do estudo das teorias é a nossa incapacidade de ver nosso pensamento.

De acharmos que somos apenas um e não mais que um.

O piloto automático, pai de todo condicionamento, não nos deixa ver o novo.

Queremos ver do mesmo jeito que antes, pois isso nos dá segurança e não nos joga para um desafio.

Não gostamos de desafios, por isso aceitamos as teorias de plantão.

Teorias existem para entender a desordem, apesar da desordem muitas vezes, em ambientes mais mutantes, serem a ordem.

Vide mercado de capitais, celulares, tecnologias de ponta.

Uma teoria eficaz, portanto, é aquela que é um processo de aprendizado, a partir de um dado fenômeno.

Mas todo o fenômeno só pode ser visto, a partir de um problema.

Teorias vêm ajudar as pessoas a resolver problemas.

Da mesma maneira que vamos procurar a principal desordem, temos que procurar os principais problemas.

Problemas são aqueles que causam sofrimento humanos.

Uma boa teoria vai escolher um problema humano relevante, que causa sofrimento para analisar o que está em torno dele para entender suas nuances e minimizar os problemas.

Teorias não procuram resolver problemas, mas compreendê-los e poder criar metodologias para agir na minimização dos problemas e, por sua vez, na redução do sofrimento.

Uma teoria só é comprovada em uma metodologia.

Problemas, portanto, de metodologia, não na sua aplicação, mas no seus conceitos, são problemas teóricos.

O objetivo das teorias e metodologias, portanto, são para redução de problemas e de sofrimentos.

Viver é administrar taxas de sofrimento, pois, pode parecer piegas, viver é sofrer, mais ou menos, com ou sem necessidade.

Talvez teorias venha para reduzir os sofrimentos desnecessários, ou procurar uma taxa mais aceitável.

E teorias vêm para ajudar a reduzir estas taxas, criando metodologias que agem, a partir de problemas relevantes e das forças principais que causam a desordem, que, por sua vez, causam sofrimentos.

Na sociedade, a tendência das teorias é não procurar sofrimentos relevantes, que nos levam a problemas importantes. E a identificar as forças que o compõe.

Nossa tendência é lidar no mundo das metodologias, fingindo que não existem teorias embutidas.

Quanto mais as teorias são invisíveis nas metodologias, mais autoritário é o ambiente! E mais difícil é identificar problemas nas metodologias, pois não se consegue enxergar os erros teóricos.

Sem o debate honesto sobre as teorias, metodologias se tornam vazias, ou provisórias e pouco eficazes.

Teorias, por fim, precisam estar alinhas da filosofias coerentes.

A filosofia nos ajuda, ao olhar o passado, a analisar os limites do ser humano.

Podemos analisar o que já fizemos até aqui e perceber quando algo ou alguém propõe um super-humano.

Não que não haja super-momentos na história, mas eles são passageiros.

Super-momentos podem nos iludir que existem super-humanos, mais a tendência humana é caminhar para a ordem, a desordem é aceita, eventual.

Teorias, portanto, devem procurar ficar o mais tempo possível “no ar”.

Como recordes de atletas.

Quanto mais eficazes, mais ficarão e vice-versa.

Teorias são sempre provisórias.

Teorias são as principais ferramentas humanas para reduzir sofrimentos, pois é na discussão teórica aplicada a problemas e sofrimentos que podemos, de fato, olhar como a ordem e a desordem atuam e interferir – de forma mais consciente – no processo.

Sem teorias, giramos em torno do nosso próprio rabo ou de teorias invisíveis que alguém criou, mas não nos revela.

Por isso, teorias eficazes não são estimuladas, pois mudam o mundo.

Não, não é o sistema apenas que não quer mudar o mundo, nós não queremos mudar o mundo e nossas vidas, pois mudar nos tira da zona de conforto e adoramos viver na zona de conforto, por mais desconforto que ela nos cause.

É isso,

que dizes?

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