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Uma tecnologia cognitiva desintermediadora se massifica e aumenta radicalmente a taxa de circulação de ideias na sociedade. Este é o principal efeito, gerando forte  impacto da Internet na sociedade, pois a conversa generalizada muda a co-relação de poder – Nepô – neste post;

Versão 1.1 – 24 de abril de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

con.jun.tu.rafeminino

  1. combinação ou concorrência de acontecimentos ou circunstâncias num dado momento; circunstânciasituação
    • conjuntura favorável
    • conjuntura adversa
    1. conjunção de elementos de que depende, num dado momento, a situação política, econômica, social etc. dum país ou de um grupo de países ou de uma região; situação,quadro

Podemos dizer que existe na sociedade tradicionalmente a abordagem das conjunturas econômica, social e política. São variantes que mudam com os ventos das forças humanas em conflito, das quais muito se escreveu, absorveu e, a partir delas, definimos ações para o futuro.

A Internet trouxe para o mundo a necessidade de criarmos uma nova conjuntura: a cognitiva.

(São macro movimentos dos ambientes cognitivos, que trabalhei na minha tese como movimentos de macroinformação.)

Revoluções cognitivas são fenômenos sazonais, por isso tão difíceis de serem compreendidos, analisados, estudados, diagnosticados, mas têm forte impacto, pois influenciam todas as outras conjunturas de forma relevante, porém de difícil diagnóstico, pois altera uma camada mais profunda das nossas percepções muito arraigadas de mundo.

Qual o fator mais impactante de uma mudança de conjuntura cognitiva?

Uma tecnologia cognitiva desintermediadora se massifica e aumenta radicalmente a taxa de circulação de ideias na sociedade. Este é o principal efeito, gerando forte  impacto da Internet na sociedade, pois abre novos canais de conversa generalizada, o que muda a co-relação de poder anterior em todos os cenários e instituições.

Quando a taxa de circulação de ideias aumenta, fortes mudanças estão por vir, pois as organizações se estruturam a partir de uma relação de conversa/poder com seus consumidores/cidadãos.

Se estes aumentam seu poder, as organizações devem conceder espaços, antes impensáveis, na conjuntura cognitiva anterior.

Muda a relação de poder, muda-se a forma de fazer a gestão, pois sem clientes/consumidores as organizações perdem valor.

Temos, assim, um salto quantitativo e qualitativo da taxa de circulação de ideias em grande parte do planeta, principalmente entre os países mais centralizadores e a população mais abastada.

Entre as empresas maiores e mais relevantes nas diversas regiões, que acabam por influenciar as demais.

São estes, querendo, ou não,  definem e determinam, de certa forma, as decisões do planeta, aumentando assim o impacto de tal adesão.

As regiões mais centrais influenciam as periféricas.

O aumento da taxa de circulação de ideias, assim, tem vários impactos, pois ocorre depois de um longo tempo de baixa circulação, por isso, podemos chamar de Revolução, pois é um corte radical com o cenário anterior.

Nosso principal estranhamento é sair de um nível muito baixo para algo muito avassalador, causando mudanças inusitadas, porém não tão rápidas, nem tão lentas como uns ou outros defendem.

Há um choque afetivo – cognitivo, algo que nos tira de uma forte intoxicação e nos joga para um mundo “desconhecidamente” mais desintoxicado de censura, de obscurantismo, da falta de conversa.

(Há um espaço aberto para o diálogo que não é necessariamente igual a conversa. Diálogo é algo mais profundo e transformador, que exigem liderança, método e persistência.)

Podemos verificar que a baixa circulação de ideias provoca, assim, decadência das instituições, pois reduz a transparência, o controle externo, a meritocracia.

Na baixa circulação de ideias há pouca inovação.

As instituições, em função, da falta externa de controle acabam se voltando para elas mesmas, colocando os interesses internos acima dos externos.

São instituições que estão com alta taxa de serem auto-servidas e não servem à sociedade.

Obviamente, que isso é uma taxa, que cresce e diminui por causa de várias conjunturas, não só cognitiva.

Tal fato, porém,  pode ocorrer por diferentes outros motivos de forma localizada.

Uma Revolução Cognitiva tem como característica esse salto da baixa para alta taxa de circulação de ideias de forma global nos pontos centrais da civilização.

Atinge, assim, todas instituições de uma vez só, pois o cidadão/consumidor passa a ter um poder repentino.

E essa é a principal dificuldade para gerenciar o novo mundo.

Uma nova civilização pede passagem, mas ainda está intoxicada também pela era cognitiva passada.

Propostas surgem, mas não ainda de forma a poder romper com o passado, há um momento longo de passagem pela frente.

A taxa de interesse, aliada a baixa circulação de ideias, procura manter o status-quo do mesmo jeito.

E esse é o principal conflito social, político e econômico que marca esse início de próximo século.

O processo é lento, pois a taxa de intoxicação é alta.

Porém, temos que ampliar a consciência do que de fato está mudando.

É necessário mais e mais gente poder compreender a nova conjuntura cognitiva para tomar decisões mais eficazes!

Que dizes?

3 Responses to “A nova conjuntura cognitiva”

  1. […] nosso atual contexto informacional (ou cognitivo) se conectar àquelas pessoas que aprendem, sobre um determinado assunto, há mais tempo, ou a […]

  2. Bruno disse:

    Nepô, concordo com seu ponto de vista. E pensando assim, logo não haverá mais a necessidade de um “representante do povo” (político), pois o povo vai conseguir se representar por sí só.

    Sendo assim, essa idéia se aproxima muito de Karl Marx. Partimos para uma espécie de Comunismo?

  3. Carlos Nepomuceno disse:

    Bom, Bruno, acredito que estamos entrando em outra etapa de representação política. O comunismo já entra no campo econômico, que deve sofrer alterações também, pois mais gente no mundo exigirá cada vez mais modelos mais ágeis….

    Fala-se em capitalismo mais social….

    Algo a se pensar, porém um modelo bem diferente de um estado que rege tudo centralizado, mas algo em rede..tem gente chamando de pós-marxismo…

    A ver e a refletir…

    valeu visita.

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