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Da série de pequenos e-books concluindo e consolidando reflexões de 2011.

Versão 1.0 – Rascunho – colabore na revisão e na crítica.

 Da definição:

Crise é um momento de desequilíbrio que evidencia a necessidade de um tipo de mudança, mais ou menos radical, em um dado processo.

Da inevitabilidade da crise:

Crise é um fenômeno natural de todos processos humanos, pois estes são vivos e em movimento entram em desequilíbrio e reequilíbrio constantemente.


Das 3 consequências da crise:

Amenas – que pedem ações de ajustes com uma taxa baixa de urgência. Geralmente, são crises práticas, com mudanças mais fáceis de serem realizadas a curto prazo sem revisão teórica ou filosófica;

Semi-agudas – que pedem ações de ajustes com uma taxa maior de urgência. Geralmente, são crises teóricas, com mudanças mais complexas a serem realizadas a médio prazo com revisão principalmente teórica e algumas vezes filosófica;

Agudas – que pedem ações de ajustes com uma alta taxa de urgência. Geralmente, são crises filosóficas, com mudanças ainda mais complexas a serem realizadas a longo prazo com revisão principalmente filosóficas.

Das fases de uma crise:

Pré-crise – momento em que os desequilíbrios estão latentes, porém ainda poucos visíveis para os envolvidos. Nessa fase os envolvidos convivem com uma taxa razoável de aceitação dos resultados dos processos e, portanto, estão mais passivos às mudanças do que ativos;

Crise – momento em que os desequilíbrios passam a ser cada vez mais visíveis – por um ou mais fatos específicos – e os envolvidos passam a conviver com uma taxa de não aceitação e, portanto, mais ativos e dispostos às mudanças necessárias do que passivos;

Pós-crise – é feito um diagnóstico (consistente, ou não) e, a partir dele, medidas são tomadas para dirimir a crise, retornando de novo a uma taxa razoável de aceitação e, portanto, voltam a estar passivos às mudanças do que ativos. Dependendo do diagnóstico da crise (filosófica, teórica e prática) ela tende a retornar ao mesmo patamar (crises neuróticas) ou para um novo gerando (crises novas).

Das 3 causas de uma crise:

  • filosóficas (de princípios e visões);
  • teóricas (de métodos, conceitos e suas relações);
  • E práticas (de cumprimento dos métodos e normas).

As crises filosóficas:

Exigem amplas mudanças inicialmente de princípios, que obrigam revisões teóricas (conceitos e relações) e suas aplicações práticas;

Crises filosóficas são crises agudas, pois exigem grandes mudanças;

Se este for o caso, é preciso repensar princípios;

Toda crise filosófica é, no fundo, uma crise de princípios, que precisam ser revisados;

Ac crises teóricas:

Pensamos de um jeito que os fatos demonstram ser inviável continuar com os mesmos e suas relações;

Se este for o caso, é preciso repensar conceitos e relações;

Toda crise teórica é precisa revisar conceitos e a maneira pela qual se relacionam;

Crises teóricas evidenciam que os conceitos e suas relações não são mais eficazes para resolver problemas;

Crises teóricas pedem amplas mudanças conceituais, que serão refletidas nas práticas;

Crises teóricas são crises agudas, pois exigem grandes mudanças.

A crise prática:

Já a crise de execução de uma dada mentalidade é não obter os resultados desejados;

A crise de execução da mentalidade é uma crise prática dentro de uma teoria vigente;

Crises práticas exigem mudanças  incrementais na escolha e formação das pessoas, nos métodos e tecnologias adotadas.

Crises novas:

As crises novas são provocadas por novos impasses nunca antes ocorridos.

Crises neuróticas:

As crises neuróticas são provocadas por novos impasses que se repetem.

 

Há diferentes tipos de crises novas:

Há crises nunca ocorridas com nenhum humano – são crises novas para toda a humanidade que necessitam criar informação e conhecimento, baseada em analogias de fenômenos similares.

Há crises novas já ocorridas com parte da humanidade, mas não foram ainda difundidas adequadamente e exigem pesquisa.

Há crises novas já ocorridas com parte da humanidade e já difundidas e ocorrem por desinformação.

Crises neuróticas:

São provocadas por antigos impasses já ocorridos, mas não diagnosticados e resolvidos a contento – são crises neuróticas, de repetição.

Crises naturais:

São provocadas por fenômenos da natureza – que as ações são apenas preventivas, não é possível evitar o fenômeno detonador;

Crises globais ou macro-crises:

Afetam todo o planeta ou boa parte das regiões.

Dos interesses humanos e as crises:

Quanto mais interesses políticos e econômicos tivermos embutidos na mentalidade geradora da crise, mais difícil será contorná-la. Mais se divulgará se tratar de crise prática e não teórica, muito menos filosófica.

Da comunicação e as crises:

Quanto mais houver a prática de comunicação e do diálogo entre os envolvidos com a crise, mais fácil será contorná-la. E vice-versa.

Do diagnóstico da crise:

Contar com pessoas experientes em crises – não envolvidas e prejudicadas pela mesma – torna mais fácil de ser diagnosticada e contornada.

Dos traumas afetivos e a crise:

Quanto mais houver entre os envolvidos  a prática do auto-conhecimento
mais fácil será contorná-la. E vice-versa.

Da vontade de não mudar e a crise:

Por uma questão de economia de energia o ser humano sempre tende a negar, (não ver), minimizar e tentar contornar a crise com o mínimo esforço. Porém, cada crise deve ter a dose de energia necessária para sua superação, conforme seu diagnóstico;

Das falsas crises:

Falsa crise é um fato que tem pouca consequência para os envolvidos, mas é tratado como se tivesse. Falsas crises são utilizadas frequentemente como ferramentas do jogo político do que impactos reais.

Dos bodes expiatórios:

Crises geralmente são sistêmicas. Procurar um ponto específico pode
gerar um diagnóstico ineficaz.

Do grau das crises:

Quanto mais as crises atingirem fatores ligados à vida e a sobrevivência, mais aguda será.

Da gravidade da crise:

Quanto mais os processos são repensados e alterados com regularidade menor tende ser a gravidade da crise;

Da revolução cognitiva e as crises:

A Revolução Cognitiva é uma macro-crise global que evidencia o fim de um ambiente filosófico, no qual o controle da informação muito centralizado permite um desequilíbrio maior entre a taxa dos princípios e dos interesses. A RC Digital gera uma nova crise, ainda não conhecida, o que gera, por sua vez, uma crise teórica preceitos fundamentais de várias ciências.

Frases aleatórias sobre crise:

O ponto final do ônibus da decadência é a crise;
A decadência vai formando nuvens carregadas de crises;
Acredite: a crise é uma boa professorinha;

A crise é um dado desequilíbrio que se tornou evidente;

Toda crise reflete a decadência de algum tipo de mentalidade;

A primeira reação à crise é negar;  a segunda, maquiar e a terceira, quando não há mais alternativa, agir;

Só existe uma forma consistente de sair de qualquer crise: conversando;

Uma crise é uma mudança de percepção que perdeu a validade;

A perversidade adora jogar a crise pela janela na cabeça do outro;

Quem sai da crise com a mesma percepção, tem tudo para entrar em outra parecida;

Toda crise é uma crise de percepção;

Na crise, algum limite não foi respeitado;

A arrogância é a mãe de todas as crises;

As crises não respeitam especialidades;

Nenhuma crise vem sem telefonar ou mandar SMS antes;

É na crise que se proliferam as fazendas de bodes expiatórios;

A crise é a vida dando um toque;

A crise não vivida é um bumerangue;

Quem não quer mudar está grávido de crises;

A pior crise é a repetida;

One Response to “Crise – o que é e como administrá-la melhor?”

  1. CELIA WADA disse:

    DIGO QUE A CRISE É UM DESEQUILÍBRIO DESARMÔNICO GERADOR DE MUDANÇAS

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