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 Vamos redesenhar o modus vivendi e o modus operandi – Silvio Meira  – da coleção de frases;

Como resolvemos problemas no mundo?

Via rede.

Estruturamos uma rede informacional/comunicacional/relacional de troca.

Tivemos a rede oral, a escrita e agora a digital.

(Veja um histórico das redes da escrita para a digital aqui.)

Tudo é uma grande rede conectada, que vamos sofisticando.

Montamos nossos ambientes produtivos em cima, ou por dentro, ou em torno, destas redes de troca.

E isso é o que chamamos de gestão – organizar o setor produtivo para resolver problemas humanos na terra, via rede.

E ter uma motivação para isso.

No caso, atual, o lucro.

Qual é o nosso equívoco de percepção até o momento de tudo isso?

Não víamos a rede!

E este é o problema principal dos gestores diante do novo e irreconhecível mundo digital.

Vemos a rede como algo de fora da gestão.

  • A gestão hoje não é por rede e tem a rede lá fora;
  • A Internet é uma rede e nós fazemos um outro tipo de gestão, pois não somos rede;
  • A gestão não é por rede, rede apareceu agora com a Internet;
  • As redes da nossa empresa são um folclore à parte;
  • A Internet é uma mídia em rede, mas não vai mudar a nossa gestão, que é outra coisa, que não é rede.

Ou seja, temos a ilusão de que existem redes na empresa, mas a empresa não é uma rede.

O que estamos percebendo e acordando de um longo sono é que:

  • Empresas operam em rede;
  • As redes das organizações foram se centralizando;
  • As redes foram perdendo sua capacidade criativa;
  • As redes foram se burocratizando;
  • As redes foram se engessando;
  • Conforme a população cresceu – e muito 0 as atuais redes estão obsoletas no mundo;
  • Precisamos criar outro modelo de rede para resolver estes novos problemas!

Projetos de guerrilha de implantação de redes digitais dentro das empresas não são redes folclóricas, mas o futuro das organizações, tudo vai migrar para aquele jeito de troca.

É uma passagem difícil.

Sabe por que?

É uma mudança que mexe com algo profundo afetivo/cognitivo humano.

Fomos criados em uma rede muito vertical e não conseguimos imaginar outra forma de resolver os nossos problemas.

Compaixão geral!

E aí a população cresceu e as redes centralizadas foram ficando obsoletas.

Cada vez mais de costas para a sociedade, resolvendo o problema dos de dentro esquecendo que foram criadas para resolver os de fora.

A grande crise organizacional hoje é ética.

O que era fim virou meio e vice-versa.

Há uma espécie de traição das organizações com a sociedade.

E quando isso ocorre, perde-se valor.

Foram criadas para resolver problemas e se transformaram no nosso problema.

(Veja como esse conflito se dá, aqui no mal estar das organizações.)

Eis a crise de credibilidade das empresas hoje que estão sendo questionadas por todos os lados, das públicas às privadas, passando pela gestão da sociedade, políticos, inclusive.

O lucro passou a ser o fim e não o meio de gerar valor.

O dinheiro ganhou status de Deus.

E é esse ponto que o capitalismo 2.0 vem tentar superar.

Não há valor social na produção, apenas da própria organização dela para ela mesma. Isso se sustenta com fumaça de redes verticais controladas, mas na transparência de redes mais abertas isso fica evidentemente grotesco e inaceitável ao longo do tempo.

Quem viver já está vendo.

E o consumidor começa a perceber que nunca teve razão de fato.

Era um conto da carochinha no reino da rede fechada, que a tudo e a todos enfumaçava.

O que segurava a rede obsoleta, analógica, hierárquica?

  • Falta de alternativa.
  • Muita fumaça da chamada comunicação corporativa, vertical;
  • A impossibilidade do diálogo consumidor-consumidor;
  • E a falta de um ambiente de negócios em rede para criar alternativas de novos concorrentes.
Estamos grávidos de uma nova classe social, uma burguesia 2.0 muito mais ecológica, plugada, com uma visão diferente da geração de valor.

A atual classe dirigente mudou muito na gestão, é fato, mas muito pouco no seu DNA,  na sua forma de controle vertical e na distribuição do valor.

O controle ficava mais ou menos igual, pois era impossível gerir com eficácia com as tecnologias de rede que tínhamos, até então.

Eis o que o capitalismo 2.0 almeja, uma nova forma de controle e de distribuição, compatível com uma sociedade mais plugada e participativa.

E aí vem a rede digital, com uma nova classe de pensadores, um novo consumidor e uma nova geração que não quer mais trabalhar nas empresas analógicas, fechadas, sem participação efetiva na gestão e no lucro.

Com, uma demanda de uma nova forma de gestão da rede, tendo consciência da rede.

Dos limites das atuais para as novas.

Uma forma mais barata, rápida, dinâmica, inovadora, aberta, que gera muito mais valor do que a rede passada.

O que é preciso?

  • Entender a passagem;
  • Perceber que o que realmente muda é o controle, uma nova forma de metodologia e de gestão;
  • E como podemos migrar da rede analógica vertical para a digital horizontal e continuar produzindo valor?
  • Incluir tudo isso no planejamento estratégico;
  • E tomar atitudes do tamanho que o momento exige.

Ou seja, os problemas humanos continuam iguais, só que com mais quantidade de gente.

Por isso, a rede digital cai tão bem.

Resolve de forma mais barata os problemas atuais mais complexos.

Ou migra-se para ela, ou se estará fora da briga dentro em breve.

Repito: quem viver, já vê.

Simples assim dentro do quadro pra lá de complexo.

Ou seja, a rede digital ajuda a resolver essa avalanche de pedidos de uma forma sustentável.

Os  jovens, que já nasceram na nova rede, já se adaptaram a uma nova forma de resolver os velhos problemas de dentro do seu quarto de forma colaborativa e vão reproduzir isso para o mundo, basta terem poder para isso.

Veja como  os adolescentes fazem seus  deveres e verão como vamos decidir as coisas mais complexas no futuro!

É uma questão apenas de tempo para que eles resolvam velhos problemas com uma nova forma.

O ponto de inflexão é:

Nós adultos continuamos a gerir a atual sociedade resistimos com nossas cabeças (prá lá de feita, de aranha) da rede passada.

A meu ver é essa a discussão relevante da gestão moderna, que deve estar espelhada nos planejamentos estratégicos, mas infelizmente, não está.

O resto é fumaça.

(Pior de tudo –>  planejamento estratégico com redes digitais? Vou falar sobre isso amanhã!)

Que dizes?

One Response to “Gestão por rede”

  1. Mariza Neves Guimarães disse:

    Continuo escutando, ou melhor, lendo… Estou um pouco melhor, já que estou estudando e lendo seu nepôsts e ouvindo música compartilhada por uma amiga no face. Isto não garante nada, mas já é um começo, para quem precisava de silêncio total para estudar…. Pelo menos, não estou estudando nenhum algorítmo, apenas vivenciando a sua aplicação. Boa noite. Aguardo ansiosamente o post de amanhã…

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