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Você tem que ser a mudança que você quer para o mundo – Gandhi;

1- com a revolução da informação em curso estamos diante de uma mudança radical na forma de se fazer política;

2- estamos apenas começando a questionar a atual democracia, mas não se iluda com a solidez do modelo atual, muitos questionamentos estão em curso, tal como as demandas recentes da juventude na Espanha;

3- basicamente, esta mudança tende a reduzir a importância ou mesmo a permanência dos atuais intermediários (parlamentares);

4- a nova democracia será feita, através de plataformas colaborativas, nas quais os cidadãos/cidadãs tomarão suas decisões, de forma colaborativa, como começa a acontecer em várias partes do mundo;

5- toda a regulação destas plataformas será feita, através de algoritimos que definem como as relações serão estabelecidas, criando um espaço de embate político com forte carga tecnológica;

6- neste novo ambiente  se espera ampliar a democracia existente, tornando-se mais eficaz no tempo e nos custos, comparada com a de hoje;

7- na nova democracia se ampliará, e muito, a transparência das ações daqueles que são escolhidos. Haverá uma redução da sombra, porém não o fim da hipocrisia, que será reciclada, porém não será esta atual, primitiva;

8- haverá a necessidade de articulação de ações políticas  globais, também em grandes plataformas,  pois a divisão entre os países tende a serem cada vez mais invisíveis;

9- por outro lado, haverá fortemente, a tendência de articulações globais ( acima dos governos dos países) e locais (nas questões específicas);

10 – o objetivo geral do ajuste democrático será na direção de ajustar a gestão da sociedade ao novo tamanho da população (que saltou de 1 para 7 bilhões de habitantes;), mas nada garante que nesse novo cenário  haverá solução para os problemas crônicos da humanidade: disparidades, guerras, fome, miséria, violência, individualismo, etc. Seremos, com certeza mais eficientes, mas não se sabe se mais eficazes e humanos.

 

9 Responses to “10 coisas que aprendi sobre política 2.0”

  1. Gostei!
    “Seremos, com certeza mais eficientes, mas não se sabe se mais eficazes e humanos” – gostei disso. Sem ilusões e dogmatismos!

    Tenho apenas umas questões:
    1) Como os analfabetos funcionais e os excluídos digitais vão poder participar, sem intermediários?
    2) Só por curiosidade, em que partes do mundo os cidadãos/cidadãs já estão tomando suas decisões, de forma colaborativa? Onde já foi eliminado o palamento como intermediário, sem ser nos regismes totalitários, claro?
    Parabéns pelo artigo!

  2. Bia Martins disse:

    oi Nepô,

    Hoje saiu um artigo do Pedro Abramovay sobre essa mesma questão na Folha de SP: Wikidemocracia, a reforma política. O artigo está reproduzido aqui – http://bit.ly/k457pd

    O interessante é que ele aponta algumas iniciativas aqui no Brasil que já vão nessa direção, como a construção do projeto de lei do marco civil da Internet, feito de forma participativa e colaborativa. E fala da importância do amplo acesso a informações e ao conhecimento como um dos pontos fundamentais pra consolidação dessa mudança.

    Parabéns pelo artigo! 🙂

    bjs
    Bia

  3. Tudo isso serve também de base para explicar aos políticos, já que eles tem capacidade de raciocínio bastante e consideravelmente prejudicada (ou eles pensam que somos palhaços), pois quando, em transmissão local nso jornais locais, são questionados sobre o problema da rua, o problema de um posto de polícia que não tem, ou da deficiência do atendimento médico nos hospitais (e são hospitais ditos referência, na América Latina, ridículo) a desculpas dos políticos daqui de brasília é de que Brasília foi feita pra 500 mil habitantes, e que hoje são mais de dois milhões! gente pelo amor de DEUS, esses caras pensam que temos cérebro de formiga ( que é mais complexo que cérebro de político). A cidade cresce os servbiços públicos deveriam crescer tbm. basta comparar a arrecadação. Se aumentou a arrecadação aumentou a população, tem que reprogramar os serviços…, mas…

  4. Carlos Nepomuceno disse:

    Pessoa, respondendo:

    Veronica Fraga disse:

    Tenho apenas umas questões:
    1) Como os analfabetos funcionais e os excluídos digitais vão poder participar, sem intermediários?

    Só com muito esforço e percepção de que não podem ficar de fora, isso não se dará naturalmente sem políticas.

    2) Só por curiosidade, em que partes do mundo os cidadãos/cidadãs já estão tomando suas decisões, de forma colaborativa?

    Veja o caso da Islândia:
    http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI5187106-EI12884,00-Islandia+usa+Facebook+para+escrever+nova+Constituicao.html

    Bia Martins disse:

    oi Nepô,

    Hoje saiu um artigo do Pedro Abramovay sobre essa mesma questão na Folha de SP: Wikidemocracia, a reforma política. O artigo está reproduzido aqui – http://bit.ly/k457pd

    Bia, já vi, muito bom, grato!

    O interessante é que ele aponta algumas iniciativas aqui no Brasil que já vão nessa direção, como a construção do projeto de lei do marco civil da Internet, feito de forma participativa e colaborativa. E fala da importância do amplo acesso a informações e ao conhecimento como um dos pontos fundamentais pra consolidação dessa mudança.

    O Brasil tem um longo caminho, pois temos tradição autoritária, mais do que tradição, mania…;)

    Parabéns pelo artigo!

    bjs
    Bia

    João Dinaldo Kzam Gama disse:

    . Se aumentou a arrecadação aumentou a população, tem que reprogramar os serviços…, mas…

    Concordo, João.

    Bruno Scartozzoni disse:

    O último item é para fazer pensar.

    É este é o ponto da virada, democracia, do jeito que falamos dela, não é garantia de mais humanidade, a não ser que mudemos o conceito…a meu ver é essa a grande discussão do século..vou postar mais sobre isso amanhã.

  5. Achei legal essa ponte que você fez entre a explosão populacional e o sistema de organização.

    Todos os profetas 2.0 que falam que a internet vai mudar o mundo ficam só na poesia. Mas no fundo a gente sabe que mudanças não acontecem à toa, só porque o ser humano é legal.

  6. Carlos Nepomuceno disse:

    Bruno, a batalha é realmente é essa analisar a coisa como causa e não como algo que vem do nada…o único fenômeno que altera isso de fato é a demografia, sugiro ler este post:

    http://nepo.com.br/2011/05/26/a-diferenca-entre-a-macro-medio-e-micro-historia/

    abraços,

    Nepô.

  7. Vernica Fraga disse:

    1) Como os analfabetos funcionais e os excluídos digitais vão poder participar, sem intermediários?

    Nepô resposndeu: Só com muito esforço e percepção de que não podem ficar de fora, isso não se dará naturalmente sem políticas.

    Veronica: Enquanto isso, teremos uma fase em que os tais intermediários será os ativistas da nova geração 2.0 (nativos). Bem, já é bem melhor do que aquele nossos “representantes” lá do parlamento!

  8. Carlos Nepomuceno disse:

    Pois é, Verônica, isso é algo que temos que ver, pois nada garante que os nativos serão seres humanos melhores….acho que o que muda é um controle maior da população e transparência…

    a ver,

    beijos,

    valeu visita e comentários.

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