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Conhecer é procurar a lógica das forças em movimento – da safra de 2011;

—> TEMA ANTIGO – SENDO DESENVOLVIDO COM NOVAS METÁFORAS <—-

ESTAREI EM SP – SEMANA QUE VEM – > VEJA ONDE E COMO.

Imagina que você quer a próxima maré alta e não sabe que a lua exerce forte influência na mesma.

Não, não tem o Google para te ajudar. 🙂

Imagina ainda um tempo em que não havia teorias sobre lua e maré.

E se você precisa sair de barco, pegar onda, colher moedas na praia vais certamente precisar conhecer essa lógica maré-lua

Você pode perder tempo olhando as ondas, vendo os tatuís, observando as nuvens, mas o que vai te permitir planejar é conhecer a lógica das marés.

O horário da lua, suas fases, etc.

Ou seja, há uma lógica entre o movimento lunar e a maré subir e descer.

Que se você não conhecer, por mais que consuma informações sobre a praia, não conseguirá entender por que o mar sobe e desce e o que o motiva.

Diríamos que a informação IMPORTANTE para você tomar decisões é saber as relações das forças em movimento que poderá te dar a possibilidade de antecipar o movimento das marés.

Mas você não sabe.

Não sabe que há  variação das fases lunares, quando os peixes, as tartarugas e vários animais aproveitam para desovar, comer, sair das tocas, etc.

Podemos dizer que há uma lógica oculta das marés.


Obviamente, que com o tempo, além da lua, poderá descobrir outros fatores, tais como chuva, época do ano, etc.

Ou seja, quando precisamos de uma informação é preciso identificar o que realmente É IMPORTANTE para conhecer o fenômeno para o qual estamos acompanhando.

Se não soubermos a lógica das marés e a força que a lua, que aparentemente não se relaciona com ela exerce, estaremos perdidos, por mais que fiquemos observando várias coisas, nos entupindo de dados.

Essa metáfora nos ajuda a pensar no nosso mundo de hoje com a informação saindo literalmente pelo ladrão.

Há lógicas e forças que exercem pressão sobre o  movimento em diversos setores sociais.

Se não sabemos como esses movimentos funcionam e para onde e que dados devemos acompanhar, simplesmente vamos ficar perdidos.

Por mais esforço que façamos, não conseguiremos nos antecipar aos problemas, pois estamos OLHANDO PARA O LADO ERRADO.

Essa situação é o que podemos chamar da necessidade de sairmos dos dados, da informação e passarmos para uma visão filosófica, que estuda os fenômenos em sua totalidade, nos seus movimentos, o que a história ajuda bastante, pois nos dá poder de comparação.

Isso vale para qualquer época humana, mas para complicar mais ainda as coisas, temos em curso uma revolução da informação com algumas consequências:

1)  a explosão da informação nos coloca em um mundo ainda mais complexo, turvando mais o ambiente. Fomos desfiltrados;

2) fomos educados para receber as lógicas prontas e agora temos que criar a nossa própria lógica, pois estamos com a informação diante de nós, criando nossos próprios filtros;

3) e ainda mais grave: várias “lógicas de marés”, que estávamos acostumados, e que filtravam para nós, estão sofrendo novas influências da “lua” Internet e perdemos a noção de como e por qu.

Ou seja, é o caos por baixo, pelos lados e por cima!!!

É esse um dos fatores mais difíceis que temos pela frente.

Éramos observadores dos movimentos do mar e tínhamos uma lógica na cabeça que está mudando e precisamos aprender uma nova, que ainda não existe, no meio de uma chuva torrencial de dados sem sentido!

Estamos, de fato, sempre olhando para o lado errado, consumindo muitos tatuís, contando ondas, colhendo conchas, mas estamos perdidos no que realmente importa e o que deve se olhar: a lógica das marés que influenciam nossas vidas e dos locais em que produzimos.

É esse o grande salto para conseguir filtrar a informação: procurar as lógicas,  seu atores e conseguir identificar as forças que governam o ambiente analisado.

Os movimentos que são consequências destes e os dados têm que ser analisados à luz dessa regra!

Ou seja, deve-se olhar para o lugar que define as coisas e não para onde as coisas já estão definidas!!!!!

E é esse o desafio que temos que é o de jogar um pó de pirlimpimpim da filosofia na sociedade para reaprender a pensar na lógica e procurar olhar para onde as coisas realmente terão consequência.

Aprendendo – ao mesmo tempo – uma nova lógica, pois o mundo está mudando influenciado por uma nova maré informacional.

Não é simples, mas também não é o bicho de sete cabeças que dizem por aí.

Precisamos, apenas, amadurecer enquanto cidadãos, dentro de um mundo muito mais complexo, que exige novas maneiras de pensar.

É isso.

Que dizes?

 

 

3 Responses to “A lua, a maré e o excesso de informação”

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