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No navio do novo século é preciso jogar as lógicas passadas ao mar Nepôda safra 2011;

Já venho há anos trabalhando para compreender os motivos e o encadeamento das mudanças em uma revolução da informação, que tentei trabalhar na tese, não deu, devido à complexidade e devo caminhar para um pós-doc, provalvemente na Coppe/UFRJ, Engenharia de Produção, sob orientação de Marcos Cavalcanti.

A base da relação é a seguinte:

Existe uma relação de causa e efeito entre o aumento da população, a produção, a inovação, a informação e a democracia.

Ou seja, quanto mais aumenta a população nos países que fazem parte do bloco produtivo do mundo, mais criamos crises de produção, que se resolvem com inovação, que, por sua vez, exigem mais liberdade informacional, que obriga a se ter mais liberdade política.

Esta é a base lógica de uma revolução informacional, que nos leva basicamente a superar uma crise produtiva, com o aumento da velocidade e qualidade da inovação, através de um ambiente mais aberto de informação, criando uma nova democracia.

Eis o desenho:

QUADRADO_REV_INFORMACAO

Tal lógica nos leva a compreender a mudança atual, pois precisamos descentralizar a sociedade para atender as novas demandas, mudando a forma de controle da informação e de poder anteriormente estabelecida.

Portanto, a meta de implantação de projetos 2.0 está no aumento da inovação para produzir melhor, através de uma informação mais descentralizada e uma nova forma de gestão mais aberta.

É isso.

O que dizes?

8 Responses to “A lógica oculta das mudanças 2.0”

  1. Fabiana Gaspar disse:

    Oi Nepô, voce sabe que adoro esse tema pois acredito que é como uma plataforma base para diversas outras discussões e aprofundamentos possíveis. Concordo com a questão do aumento da população gerando necessidade de maior produção, inovação, trocas mudanças na gestão de organizações para aumento da colaboração. E me interesso pelos aspectos ligados às “impossibilidades”, às resistências a isso, medos, insegurança, necessidade de manter estruturas de poder centralizadas etc… Mas como você nos provoca nos grupos de estudo, vejo que entender as necessidades humanas é um caminho necessário. Entender como elas vêm mudando nas diferentes culturas a partir de novos estímulos, como os povos, de acordo com suas visões de mundo – de eu-eu, eu-outros – e acesso a essas tecnologias têm lidado com essa eterna “ânsia de satisfação” de necessidades – sejam de informação, segurança, sentido e lógica, afeto, sobrevivência, independência, cooperação, inclusão, justiça, democracia… Acho que essa é a chave de ir além: encontrar caminhos para entender essas necessidades (nossas e do outro) e como lidamos com elas e podemos encontrar um nível possível de satisfação (bem estar, felicidade) que conviva com os diversos modelos, sejam os mais colaborativos e coparticipativos, ou menos, ajudando a transforma governos, gestão de empresas e relacionamentos…. faz sentido?

  2. Fiquei com uma dúvida… o aumento da população -> não gera uma crise na forma de produção -> que traz o excesso de informação -> que a partir do caos gerado força uma inovação? quando penso em inovação, penso na evolução que precisamos para seguir em frente…

    Na minha cabeça a informação, sua revolução, o caos, vem antes da inovação… Ou você está querendo apontar que a inovação que gera a informação? no caso a inovação seria só a internet?

  3. Carlos Nepomuceno disse:

    Fabiana, decupando seu comentário:

    Mas como você nos provoca nos grupos de estudo, vejo que entender as necessidades humanas é um caminho necessário. Entender como elas vêm mudando nas diferentes culturas a partir de novos estímulos, como os povos, de acordo com suas visões de mundo – de eu-eu, eu-outros – e acesso a essas tecnologias têm lidado com essa eterna “ânsia de satisfação” de necessidades – sejam de informação, segurança, sentido e lógica, afeto, sobrevivência, independência, cooperação, inclusão, justiça, democracia… Acho que essa é a chave de ir além: encontrar caminhos para entender essas necessidades (nossas e do outro)

    Bom, este é, na verdade, o papel de quem quer se colocar acima do senso comum. Dos filósofos e dos pensadores teóricos, que não estão imersos nos conceitos correntes, repletos de interesses…Estou lendo algo de Marx que exatamente tenta separar o que é “mais comum” na história do homem do que é “incomum/e particular” de um determinado momento.

    Tal feito, tem que se basear naquilo que temos como necessidades imutáveis…estas são inerentes às espécies, incluindo a humana, que as realiza de forma diferente, conforme o ambiente histórico, ecológico, informacional, tecnológico, populoso, etc…

    Uma separação que apareceu entre os mais recentes alunos sobre “tendência” x “modismo”.

    Aí temos o salto de qualidade de alguém que quer estudar baseado em conceitos gastos para novos conceitos…e isso exige um pé na história, outro na filosofia e mais alguns nos teóricos mais consistentes, que duelaram exatamente na separação dos conceitos gastos e na renovação destes…

    Vendo o que sempre, teoricamente, é do que está.

    e como lidamos com elas e podemos encontrar um nível possível de satisfação (bem estar, felicidade) que conviva com os diversos modelos, sejam os mais colaborativos e coparticipativos, ou menos, ajudando a transforma governos, gestão de empresas e relacionamentos…. faz sentido?

    Bom, vou implicar como “nível possível de satisfação”….

    Na verdade, o salto filosófico que dei recentemente foi a passagem de visão de momentos estáticos para pontos de equilíbrio.

    Na verdade, o ser humano tende à:

    – procurar equilibrar;
    – reequilibrar;
    – e reequilibrar sempre procurando um patamar melhor de qualidade.

    Isso é um caminho de ida e volta, pois não temos controle sobre tudo, fatos nos levam para novos equilíbrios e desequilíbrios.

    Vide Japão ou Haiti ou Friburgo, vinha de um jeito e ….

    Portanto, não estamos em um caminho melhor, nem pior, mas algo mais compatível com os fatores mutantes e, por isso, acredito que uma população de 7 bilhões vai exigir ajustes na gestão social como um todo diferentes das passadas, independente do sistema econômico ou político que temos.

    É preciso alterá-lo.

    Assim, estamos em um macro-ajuste sistêmico para um mundo mais populoso que exige uma nova forma de gestão com mais empoderamento nas pontas, pois senão não funciona a contento.

    A “satisfação” é ir chegando mais e mais a um ponto de reequilíbrio melhor nos fatores acima apontados, todo o esforço 2.0 é nessa direção a meu ver.

    O outro aspecto interessante é que nesse movimento existe o fator humano, da humanidade, que se relaciona, mas não é necessariamente condicionado pelo aumento da população (estou fazendo um post sobre isso na semana que vem, vou te mandar um preview).

    Neste caso, existe algo que podemos fazer para imprimir um novo ritmo mais humano ao novo mundo que procura esse equilíbrio, para isso exige-se muita consciência do momento histórico e aonde e quando devemos interferir para defender a humanidade (e a ecologia em torno) da nova civilização 2.0, mais equilibrada na produção, mas não necessariamente nos seus valores mais nobres.

    Em alguns casos, contra estes em nome da mudança, tal como perda da facilidade para encontros presenciais, por exemplo.

    Valeu visita e comentário!

    N.

  4. Carlos Nepomuceno disse:

    Julia, vamos lá:

    Fiquei com uma dúvida… o aumento da população -> não gera uma crise na forma de produção -> que traz o excesso de informação -> que a partir do caos gerado força uma inovação? quando penso em inovação, penso na evolução que precisamos para seguir em frente…

    O aumento da produção gera uma necessidade de inovação e a inovação criaria uma demanda maior de informação…nessa sequência foi a que cheguei até aqui….o excesso de informação é um problema causado pela nova tecnologia de informação.

    Vivemos esse excesso, pois ainda não conseguimos definir filtros eficazes, conforme formos fazendo, como é o caso do anti-spam, por exemplo, começamos a ficar mais confortáveis e isso passa a ser transparente, fase de ajuste.

    Acredito que o excesso de informação, portanto, é consequência….

    A causa principal de tudo é o aumento da população, até aqui estou assim, esclareceu?

    Na minha cabeça a informação, sua revolução, o caos, vem antes da inovação… Ou você está querendo apontar que a inovação que gera a informação? no caso a inovação seria só a internet?

    A informação está lá o tempo todo….o que temos é uma maneira de consumir e produzir informação de forma diferente, que é difundida e adotada pela necessidade de inovar que as pessoas vão intuindo…

    Quando falo de inovação, basicamente, ela sempre está presente, mas aumenta a velocidade agora…muda o ritmo….e procura-se inovar geral, mudando formas de gestão….

    A Internet é uma inovação radical nas tecnologias de informação que vem ajustar o sistema como um todo…no quadro acima…

    Começa na população que explode que força a mudança, através de uma nova tecnologia de informação, o que rompe o que o sistema e sua estrutura de poder não deixava que ocorresse, criando um desdobramento em cadeia, que leva todo o sistema, alterando o modelo de gestão democrático vigente para outro.

    A inovação ganha nova velocidade.

    Portanto, rejeito todas os nomes que queiram dar para a sociedade, pois estão pegando o modismo sem entender a tendência.

    A sociedade é a da produção sob o signo de um ambiente informacional digital em rede que provoca um aumento radical na velocidade da informação.

    Que dizes?

    Valeu visita e comentário!

    N.

  5. acho que compreendi! A sociedade que está se formando é baseada nesta nova forma de produção e na tecnologia que aumenta a velocidade com que a informação é produzida.

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