Não confunda informação com documento, a primeira é processo; o segundo parte deste – Nepô – da safra de frases de 2011;
Conhecer é encher as versões de fatos.
E os fatos são processos em andamento, com forças que tendem ao equilíbrio, ou, como queiram, em desequilíbrios provisórios trabalhados.
Na vida, tudo é processo, nada é coisa, nem uma pedra, que tem seus auto-movimentos imperceptíveis e interage com o mundo exterior: esquenta, esfria, racha, etc.
Estudar qualquer fenômeno, assim, pressupõe-se conhecer as forças que o equilibram e desequilibram.
Isso é ciência.
Entretanto, nossos egos e pilotos automáticos, tendem a coisificar as coisas e nos desviam dos fatos.
Coisas dão a aparência de eternidade, o que nos acalma, pois esquecemos da nossa finitude.
Eis o paradoxo: queremos ser eternos e coisificamos o mundo para nos acalmar, mas nos afastamos dos fatos e nos perdemos e não vivemos, pois a vida é curta, as pessoas acabam.
Tudo vai e vem.
Tudo vem e passa.
Inclusive, você.
A informação faz parte dessa onda que vai e vem.
É constituinte do ser humano.
É como a respiração.
Sem informação, com o tempo, morreríamos.
Como um náufrago numa ilha deserta que não teve informação de como sobreviver.
Como já defendi aqui não há como definir informação.
É um conceito inexplicável, pois é perda de tempo defini-la.
Assim como o sentimento, a vida, as relações.
Pode-se tentar dizer o que não é, mas não o que é.
Porém, há forças em movimento no processo informacional, que é basicamente o de registrar fatos da melhor maneira possível:
- De um lado o volume.
Quanto mais volume, mais complexidade para se achar o que se quer. O volume dificulta a recuperação;
- De outro o tempo.
Uma informação, como um processo em movimento, precisa estar na hora certa para ser achada antes da decisão.
Não adianta saber o horário do trem que já partiu.
- A um custo razoável.
Não adianta uma informação maravilhosa, se ninguém tem dinheiro para pagar.
Assim, a informação é quase uma tentativa de equilíbrio dinâmico entre volume, tempo e custo.
Quem vai definir a relevância da mesma é o usuário ao avaliar o que está disponível.
Qualidade assim é conseguir ver o que é relevante no maior volume possível, (para se ter variedade) num tempo e custo compatíveis com a demanda.
Qualquer distorção nessa harmonia, gera ruído e crises informacionais, das micros às macros.
Detalho mais sobre isso aqui:
Que dizes?
[…] This post was mentioned on Twitter by cnepomuceno, Fabrício Toth and André Luís, Bibliotecno.com.br. Bibliotecno.com.br said: As leis da informação: Conhecer é encher as versões de fatos. E os fatos são processos em andamento, com forças… http://bit.ly/e6nj9x […]