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As críticas são excelentes termômetros para os processos de melhoria. Basta enxergar os problemas como fonte de inovação  – Charlene Li – da coleção;

Ontem, dando aula para a turma #Dig7 do curso de Estratégia de Marketing Digital da Facha caiu a ficha.

(Já me preparando para o encontro da Aberje no final de outubro)

Projetos de mídia social, de “redes sociais” (esse nome anda me irritando), de comunicação corporativa vão migrar, vão ser chamados, de projetos de inovação.

Tem uma lógica nisso e espero que você seja coo-vencido:

– O mundo ia bem, ou do jeito que dava, mas cresceu muito (nos últimos 200 anos pulamos de 1 para 7 bilhões);

– Esse crescimento não pode ficar impune, concorda? Alguma coisa vai mudar no planeta com tanta gente chegando mais e mais. Só um louco acha que não!;

– Ok, se joga uma pressão para o setor produtivo, que tem que atender demandas, apesar de tudo, tem se virado, aumentando mais e mais o ritmo de inovação para atender no tempo, na hora, na diversidade, qualidade e quantidade que o novo público exige;

– Bom, chega um momento que o “barraco” não permite mais puxadinho e aí vem a hora das “Revoluções da Informação” (que chega pelas portas do fundo sem pedir licença), que criam um novo ambiente de troca de ideias mais dinâmico, que ajuda a inovar e, por sua vez, produzir melhor, caso da Internet, como já foi o do livro impresso.

Diante desse quadro, temos que rever o papel da comunicação corporativa.

Estamos imersos na pseudo-comunicação (de massa) que eu chamo de doutrinação 1.0.

Ou seja, o que chamamos hoje de comunicação não é comunicação, pois esta pressupõe o diálogo.

O que temos é uma comunicação-unilateral-convencimento resultado de um ambiente informacional demarcado pelo controle dos meios, poucas fontes, portas fechadas para novas vozes, ocultação de “cadáveres”/crises/erros e  repetição insistente até que todos comecem a cantarolar, sem sentir, a músiquinha:

“Escondo o que é ruim e jogo confete (e muito) no que é bom!”

(Parecem o Lula!)

Não existe comunicação sem diálogo.

O que chamamos de comunicação hoje é algo inventado e preso a uma mídia vertical que ficou decadente.

Uma hipnose:

“O mundo é bom, nós estamos fazendo a coisa certa. Senta, compra e relaxa”.

É essa mensagem.

Uma nova comunicação (mais interativa) se estabelece para resolver problemas de produção.

A Internet tem esse objetivo principal: nos ajudar a resolver problemas produtivos de todos os tipos.

Volta-se o sentido da comunicação/diálogo (2.0) versus a comunicação/doutrinação (1.0).

Motivo: ganhar velocidade para que o que o consumidor deseja seja atendido, modificando processos.

Ampliação da coerência entre o que se diz e o que se faz.

Não por opção, mais por imposição da nova transparência!

Criando mais fogo e menos fumaça.

O que é difícil ainda hoje de ser percebido.

Por quê?

Por causa da formação, cognição de todos, dos profissionais de comunicação, aos de processo, de qualidade, de inovação, gestores de conhecimento e dirigentes corporativos, que foram criados no mundo informacional passado.

É um outro paradigma, no qual tudo isso é visto separado e não fazendo uma lógica só!

Assim, a ideia da comunicação corporativa desalinhada de processos, como “comunicação pura” é uma deturpação que se consolidou em uma mídia controlada para justamente evitar a inovação, mudanças, denúncias de coisas que estão sendo feitas e são inviáveis.

Ou seja, a comunicação servia para conservar e não mudar.

Bingo!

Não geram valor para a sociedade, por isso, precisam ser modificadas!

Se pudesse mudar todos os cursos do mercado, eu mudava.

Trocava o nome de pós de redes sociais, mídias sociais, comunicação corporativa para:

Como inovar usando ferramentas de comunicação e informação?

O eixo é esse.

Qualquer coisa que fuja disso corre sérios riscos de capotar na curva da inviabilidade histórica!

Não tende a gerar valor.

Ponto!

O uso das ferramentas das mídias digitais devem aferir isso.

Como está se gerando valor com essa nova comunicação do debate honesto, com base no novo ambiente informacional?

Vejam que a Apple, a Netfix, Norvatis avaliam seus “projetos 2.0” no aumento de valor de mercado e não no tolo número de seguidores no Twitter, ou do canal criado no Facebook.

Eles deram a volta por cima, por baixo e pelos lados.

Galera, vamos tomar banho frio e acordar!!!

No fundo, somos todos profissionais de inovação (para gerar melhores produtos e serviços) para uma população cada vez maior, diversificada e exigente.

Pior, em rede e com poder de mídia!

A comunicação deve ser viabilizadora disso e não a “impedidora”, como tem sido, escondendo os erros que deveria estar na luz do dia para serem corrigidos.

Essa é a guinada 2.0 pura e simplesmente!

O difícil é encarar de frente, pois abre um baú de velhos dogmas.

Que dizes?

11 Responses to “No fundo, é tudo inovação…”

  1. Samaritano disse:

    Nepô
    Os nepôsts estão cada vez melhores. Neste aponta para o inevitável renascimento dos projetos de inovação e afirma que não existe comunicação sem diálogo. Já disse que vc tem atualmente o melhor conteúdo da net, onde procuro aprender como motivar as pessoas de minhas relações a dialogar com objetividade. O problema é que o tempo é pouco e a confiança mútua é nenhuma. Assim, grande parte da sociedade parece tender para a total apatia quanto ao engajamento em causas maiores. Enquanto se prende cada vez mais aos próprios afins, sufoca o melhor de si e se permite seguir modismos eventuais sem jamais reconsiderar. Hoje as ferramentas de que dispomos servem bem a produção e ao consumismo e de resto a superficialidades. A grande massa, especialmente os jovens, embora disponha de muito maior escolaridade e imensamente mais recursos, pensa menos do que as gerações passadas. Vc tem ou indica algum material de concepção mais didática para abordar o tema com pessoas que já “jogaram a toalha” ?
    Desculpe a exploração, mas idealistas hoje são raros….

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Samaritano,

    vc diz:

    ” Vc tem ou indica algum material de concepção mais didática para abordar o tema com pess oas que já “jogaram a toalha” ?”

    Bom, temos que ver o como se jogou a toalha e o que…

    Me dê exemplos, pois os “remédios” são variados.

    Abraços,

    Nepô.

  3. Victor Hugo Campos disse:

    No final das contas acaba sendo tudo inovação mesmo… Belo #nepost

  4. Victor Hugo Campos disse:

    Esqueci que gosto da idéia de inovar… digo que quero e prometo q vou tentar Nepo.

    Abração.

  5. Roberto disse:

    Nepô,

    Queria muito que meus clientes lessem seu blog. rsrs. Eu já indiquei, mas pelas idéias que eles vem não confiaram muito na minha indicação.. 🙁

    “No fundo, somos todos profissionais de inovação (para gerar melhores produtos e serviços) para uma população cada vez maior, diversificada e exigente.
    Pior, em rede e com poder de mídia!”
    Muitos (clientes e profissionais de mkt) ainda não entenderam essas mudanças de comunicação. Essa “rede” que o cliente está, no meu ponto de vista, ela existia e com a internet foi potencializada. Mas as empresas ainda tentam impor uma forma de pensar. Ainda existe o medo do cliente: “se ele pensar por conta própria vou precisar seguir o que ele pede”. A questão é que as empresas estão para atenderem os clientes e não o contrário. Mas vai falar isso para cliente 1.0.

    Abraços,
    Roberto Gaspar

    • Carlos Nepomuceno disse:

      Roberto, é aquele papo, “levar adiante”….

      Você diz que o pessoal ainda não está pronto para aceitar a dimensão da mudança.

      Mas acho que somos nós que ainda não desenvolvemos o discurso e mostramos em
      fato como e por que fazê-lo, tem que aprimorar.

      Tento isso o tempo todo com os alunos + clientes, e vou afinando.

      abraços,

      Nepô.

  6. Excelente post! Uma das noções mais interessantes com as quais me deparei nos últimos tempos foi colocada por Steven Johnson na última TEDx. Segundo ele, as grandes idéias não resultam de um estalo, de um relampejo de brilhantismo. Elas são frutos da conjunção das pessoas certas nos ambientes certos. É possível, portanto, cultivar a inovação nas organizações. Infelizmente, a maioria das organizações não está estruturada para tanto e ainda enxergam inovação como algo em que se investe de maneira pontual, por meio de projetos de pesquisa e desenvolvimento. Escrevi sobre isso (e também publiquei a vídeo-palestra do Steven Johnson na TEDx) num post recente se você tiver interesse: http://midiascopio.blogspot.com/2010/10/como-cultivar-inovacao-na-midia.html
    Abraços,
    Rodrigo

  7. Carlos Nepomuceno disse:

    Rodrigo, grato por compartilhar e pela visita!

    abraços,

    Nepô.

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