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A maior vantagem competitiva de uma empresa é a visão do futuro – Hamel e Prahalad, da minha coleção de frases.

(Vou começar a revisar alguns posts antigos para preparar a parte “Empresa 2.0” do meu e-book, que está num beta contínuo, como diz o Google e me lembrou a Priscila da Prodesp. Vamos lá, o post original saiu aqui.)

Ao se pensar em projetos de redes sociais nas empresas, há sempre  um dilema na mesa virtual:

  • Será um simples e siliconado projeto de comunicação?
  • Ou de reestruturação da organização, na qual será feita uma revisão dos valores da empresa que passa à procurar uma nova e revisada relação com a informação e o conhecimento, que implica necessariamente em rever a relação com colaboradores externos e internos?

A primeira opção passa e fica no departamento de comunicação ou marketing, gerando fumaça.

Muita fumaça!

A segunda envolve toda a organização para produzir fogo.

E, por sua vez, mudanças!

Projetos reducionistas e pobres podem até gerar uma pseudo-comunicação, mais para interação, conexão, mas não se comunicam, pois os pedidos de mudanças não terão eco.

A comunicação pressupõe diálogo.

Diálogo, ouvir.

E ouvir estar disposto a mudar.

Quando isso não ocorre é monólogo, no popular, enrolation…

(Leiam Dominique Wolton para saber mais sobre  diferença entre conexão e comunicação.)

A comunicação não tinha e não tem AINDA como missão promover gestões de mudança.

Quem colabora, entretanto, no blog corporativo, no twitter,  tem alguma sugestão e quer ver algo acontecer, sob o risco de sumir do mapa e ir clicar (e consumir) em outras paragens..

É preciso evitar, assim, de criar um canal de diálogo de surdos e sem saída, de uma empresa que não quer mudar, apenas fingir que está mudando.

Cedo ou tarde um blogueiro mais esperto perdido vaí apontar a contradição, que logo vai repercutir por aí num comunidade virtual qualquer e chegar à grande mídia.

E bum: a mentira de perna curta é ultrapassada pela verdade em rede.

É o chamado marketing do castelo de carta, que vive correndo para apagar o incêndio 2.0!!!

Projetos de rede social aliam uma nova visão, turbinada de conceitos, que estimula para valer a comunicação colaborativa para ajudar na revisão constante dos processos organizacional e produtivo das empresas.

E isso desemboca em uma plataforma colaborativa, que envolve a pré-venda, venda e pós-venda, tudo integrado, cada empresa formando a sua rede social.

  • Ou seja, não existe “se relacionar com as redes sociais”.
  • Mas criar as redes sociais em torno do seu projeto para se relacionar.

Que é algo COMPLETAMENTE diferente.

Quanto mais se recebe colaborações procedentes, mais a organização muda se adequa ao novo mundo mais dinâmico e, por consequência mais gera valor e mais competitividade.

Este é o espírito 2.0 da coisa.

Cuidado para não transformá-lo apenas em uma coisa sem 2 nenhum..

A fumaça, cedo ou tarde, se desfaz.

E o rei fica nu.

Ou como diz WarrenBuffet:

Só quando baixa a maré se sabe quem estava nadando pelado – Warren Buffet;

Avisa-se: a maré tá baixando!

Que dizes?

Avisa-se: a maré tá baixando!

4 Responses to “Empresa 2.0: fogo ou fumaça?”

  1. Lucilia disse:

    Nepô,
    Depois de ouvir “centas” palestras do Silvio Meira onde ele fala demais das experiências do C.E.S.A.R. (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife) e tendo passado pela nossa experiência na DTPV, tô absolutamente convencida de que no “core” dos projetos 2.0 reside o propósito precípuo de se gerar inovação.

    Se isso não tiver claro prá quem toca projetos com redes socias, a experiência vai se resumir em fumaça, blá..blá…blá de quem quer apenas “comunicar”…

    O Silvio me trouxe alguns insights que vou aproveitar prá compartilhar contigo:
    1. um projeto inovador é aquele que provoca mudança de comportamento (meu lado psi gostou deste conceito) 😀 ;
    2. nas empresas contemporâneas (sobretudo as .gov) é fundamental entender o desejo das pessoas para atender suas necessidades (difííícil);
    3. missão de todo CIO: gerar Conectividade e Inovação nas Organizações;
    4. há dois modos de se produzir conhecimento: Modo 1 = paradigma newtoniano: baseado na expertise e na dedicação = gera o homo bureaucráticuns. Modo 2 = paradigma darwiniano (só os + capacitados sobrevivem): baseado na imaginação e na paixão = gera o homo alt+tabiuns;
    As empresas estão abarrotadas de homos bureaucráticuns e a grande maioria ainda não compreendeu o valor dos homos alt+tabiuns. Ou seja, concordando contigo, ainda não pegaram o espírito 2.0 da coisa.
    bjs

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Lu, o post de hoje complementa essa discussão:
    http://nepo.com.br/2010/07/15/gestao-da-colaboracao-2-0/

    beijos, valeu a visita.

  3. Bruno disse:

    Bom dia Nepo, sua colocação foi perfeita, nos tempos de hoje na parte empresarial a maior riqueza que uma organização pode obter é o conhecimento ,melhor forma de coletar esses conhecimentos ,são através de informações de como o mercado enxerga a forma de atuação de nossa empresa, se nossos clientes estão satisfeitos com nossos produtos ,essas informações são fundamentais para atendermos as necessidades e desejos do mercado moderno ,as redes sociais permitem todos esses entendimentos de uma forma muito ágil,com bastante clareza e rapidez para avaliarmos o mercado. Outra parte que poderia ser explorada e trazer relevantes ganhos para a empresa ,seria na parte de pós – venda ,através das redes sociais ,colaborando para dúvidas e ensinamentos sobre nossos produtos ,e também avaliar a satisfação que o cliente está tendo com o produto adquirido ,para que possamos melhorar cada vez mais,para alcançarmos sempre o maior nível de satisfação para cada cliente final . A fidelização de nossos cliente e a conquista de novos clientes seriam mais facilitadas através das redes sociais ,por isso é importante as empresas cada vez mais ,olharem para o mundo 2.0 ,para não ficarem para trás nesse mercado tão competitivo ,Inovar é importante ,mais é preciso saber como inovar ,e as redes sociais estão contribuindo para essas inovações serem implantadas com mais facilidades .

  4. Carlos Nepomuceno disse:

    Bruno, legal…a tua passada e comentário, volte sempre, você é meu único leitor assíduo 😉

    abraços,

    nepô.

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