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O Brasil já tem uma população bastante criativa. Basta ao governo deixar os brasilieiros serem quem eles são – Bruce Mau – da minha coleção;

A Folha neste último fim de semana publicou artigo relevante para compreender o atual Governo e o futuro do país.

Matérias-primas são 43% da exportação; Peso de bens industrializados cai de 74%

Diz o artigo:

A voraz demanda chinesa por commodities foi a principal causa de uma transformação radical no perfil do comércio exterior brasileiro. O peso das matérias-primas nas exportações totais do país praticamente dobrou ao longo da última década, saltando de 22,8% no primeiro semestre de 2000 para o recorde de 43,4% (o equivalente a US$ 38,7 bilhões) no mesmo período deste ano.

A contrapartida dessa tendência é que a participação dos bens industrializados (semimanufaturados e manufaturados) caiu de 74,4% para 54,4% do total, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior levantados pela Folha.

Objetivamente, estamos vivendo uma bolha de felicidade, otimismo, reatividade e fé.

Estamos atendendo demandas, através dos nossos recursos naturais.

Nenhum problema, mas é uma atitude apenas reativa.

Não temos um projeto de país, mas uma reação.

Não se precisa planejar, pensar, ou construir o futuro.

Somos o país do Zeca Pagodinho:

“Deixa a vida nos levar…” 🙂

Estamos indo bem, não por que inovamos ou planejamos, mas simplesmente por estarmos nos aproveitando de um bom momento.

Temos o que “eles” querem.

E temos sido competentes, de certa forma, em atendê-los.

O problema é que o que eles querem não dura para sempre, nem os recursos das matérias primas são infinitos.

É um momento, que podia ser ótimo se estivesse a serviço do futuro, não apenas do presente, do agora, do vamos que vamos.

E alerta-se: não estamos nos preparando para o pós-China.

A falta de investimento em educação, além de várias causa endêmicas, tem mais essa conjuntural.

Para exportar matéria-prima é preciso investir em que?

Nível técnico ( é o apagão que se fala), mas não em nível superior, mestrado ou doutorado (com foco em inovação e produção) para contrabalançar para um outro lado de produtos com mais valor agregado, que nos daria mais perspectiva.

Mas não…em vez de moto, vamos de velocípede….

Estamos involuindo em direção ao futuro complexo, com as fichas da simplicidade, da reatividade e – por que não dizer  – do oportunismo (em todos os sentidos).

Estamos satisfeitos e aproveitando a onda.

Preocupados mais com o novo técnico da seleção, do que com a verdadeira “Copa” de 2014….

Porém, espera-se que alguém pense de forma pró-ativa para que nossos filhos não paguem além do que se deveria.

Alô candidatos!

Pergunta-se: quando acabar o fôlego chinês,  o que será de nós?

Talvez aí, só então, possamos avaliar para valer a visão de futuro do atual Governo.

2 Responses to “O país do Zeca Pagodinho”

  1. marcos cavalcanti disse:

    Muito bom Nepo!
    Acho que o Lula é O cara por estes e outros motivos. Nada como ter um cara de esquerda praticando uma política que interessa aos países desenvolvidos. Enquanto formos exportadores de matérias primas e manufaturados de baixo conteúdo tecnológico e importadores de produtos intensivos em conhecimento vamos ser elogiados e bajulados pelos países ricos….

    E vamos todos votar pela continuidade desta política!!!!
    É o país dos Zeca Pagodinhos e das mulheres de malandro: me bate que eu gosto!!!!

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Marcos, deixa a vida me levar…;)

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