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A imaginação é mais importante que o conhecimentoEinstein, da minha coleção de frases.

Saiu nos jornais o caso da menina que não envelhece.

Tem 17 anos, mas continua com corpo de 1.

Os cientistas ficaram curiosos.

É um fenômeno novo da vida, que precisa de uma teoria, que o explique.

A Internet é algo parecido.

Nenhuma ciência tinha uma explicação a dar, ou a previu.

É do ponto de vista científico das ciências humanas, uma aberração social.

E é preciso delineá-la, pois, a princípio, parece estar alterando a nossa sociedade de alguma maneira.

Ou não?

Quando desenvolvo a teoria de que o ambiente de conhecimento, de troca de ideias, oxigenando a sociedade, trazido pela a Internet, mudará a nossa civilização, pois muda a forma que exercemos o controle da informação, parte ouve, parte não sabe, parte vai pensar.

Outro dia uma repórter me perguntou:

Você acredita MESMO nisso?

Eu retruquei que quem acredita é crente.

Aquele que tem fé.

Eu acho provável, a partir do muito que li (não foi uma inspiração que tive no jardim depois de um chá de cogumelo), de vários autores que acham isso também, entre eles Castells, Lévy, Bell, Anderson, etc….

Muitos  comparam a revolução do livro impresso com a Internet, pois nos dois casos tivemos rupturas involuntárias da sociedade do controle da informação.

De fato, é difícil aceitar – pois trabalhamos muito no dia a dia – em algo muda tanto, logo agora e não antes.

Por que eu? Comigo? Justo nesse momento?

É preciso abstração ( e muita ) para aceitar algo tão exótico.

Porém, o guru da gestão Peter Drucker tem uma teoria que acho válida para hipóteses  desse tipo, algo sábio:

Hipóteses não discutimos com elas, apenas a testamos!

E complementa:

Verificamos quais as hipóteses que são sustentáveis e, portanto, dignas de consideração mais séria, e quais as eliminadas pelo primeiro teste em relação à experiência observável.

Ou seja, diante das mudanças por cima, tudo que temos visto de alterações nas últimas duas décadas, provocada pelo descontrole da informação trazido pela rede.

E, por baixo, a maneira que a juventude lida com o conhecimento de forma livre, colaborativa e dinâmica, a meu ver, nos leva a quase uma obrigação:

Onde tudo isso vai dar?

Tentar entender melhor esse fenômeno para traçar estratégias futuras.

Pode inventar uma, mas não ignorar esse importante fator ao se pensar o futuro. Ou você acha que pode?

Seria prudente, começar a testar a hipótese que algo muito maior do que imaginamos está por vir.

Não é uma nova civilização, tudo bem.

É o que então?

Desenvolvam.

A menina que não envelhece e uma sociedade que muda radicalmente a olhos vistos, no mínimo, merecem uma boa teoria, concordam?

Concluo com outra frase que li no fim de semana e que também foi para a minha coleção:

Se o raio não obedece ao planejamento, então que o planejamento obedeça o raio – José Miguel Wisnik;

5 Responses to “Eu não acredito em duendes!”

  1. Camila Leporace disse:

    A repórter perguntar isso para você me fez pensar que ela está numa área, o jornalismo, que vem procurando se reiventar, já que foi muito impactada pela internet e por essa tendência cada vez mais forte à colaboração e a à participação. Mesmo estando numa área que cria espaços para aumentar a participação dos colaboradores e leitores, que procura se inserir num mercado diferente, que encontra várias dificuldades para as quais precisa encontrar soluções, em função de uma necessidade de evoluir, ela ainda pergunta para você se o mundo está mesmo mudando. Cada um enxerga o que quer e como quer, não é mesmo? Ou simplesmente fecha os olhos para não ver mais nada! Filosofias à parte, há projetos bastante concretos e representativos das mudanças pelas quais o mundo está passando e que indicam os caminhos para aonde tudo está indo. Cabe a cada um se informar e levantar seus próprios questionamentos quanto às transformações…

  2. É tudo muito incerto ainda, eu acho. É uma revolução muito recente. De internet amplamente difundida mesmo, temos uns 10 anos. Antes, ninguém tinha internet, era aquele negócio discado, caro, lento… Hoje é bem mais fácil. E querem aumentar, colocar wi-fi nas comunidades, nas ruas… É um fenômeno muito novo. Ah, e hoje, 17/5, é o Dia da Internet. Um bom dia para discutirmos…

  3. Carlos Nepomuceno disse:

    Camila, o problema é que alguém vê um sapo pulando e acha que é um sapo pulando e outro vê que é uma invasão de sapos, pois consegue ver todos os outros que vêm atrás.

    O exemplo é péssimo, mas a ideia é essa, é precisa saber juntar e linkar.

    Valeu o comentário.

    Bernardo, sim ainda é muito novo, por isso peço sempre compaixão com todos que ainda estão na dúvida, peço que questionem ao máximo e defendam posição contrária, através de estudo histórico e apresentações de fato.

    Valeu!

  4. Rebecca Porphírio disse:

    Acho que a transformação social que começa a acontecer pela troca de informações entre empresa – cliente, produtores – consumidores, já está ocorrendo, só que parece tão utópica, que as grandes empresas se aproveitam disso para fingir que nada está acontecendo e que é tudo passageiro.

    Aí, enquanto o blogueiro tenta defender o direito de liberdade de expressão e acreditar na troca de informação e no enriquecimento da marca e do estabelecimento, através das críticas construtivas, o advogado especializado em direito digital, fica na cola, fazendo de tudo para que nada evolua. “Vocês, analistas de mídias sociais, têm uma visão deturpada do que é liberdade de expressão”, me disse um advogado outro dia. Depois de cansar da discussão em vão, desisti, pois, de fato, víamos de maneiras diferentes o atendimento que o produtor/empresa/estabelecimento deve dar a seu cliente e como deve encarar críticas e reclamações. Para alguns advogados, tudo se trata de processo. Não precisa ser tão complicado…

    Acho que enquanto as empresas não quiserem ouvir e participar, apenas jogar tudo para debaixo do tapete, abrir a boca será sempre assustador, para o cliente. E sem troca de informação, nada vai funcionar. “Ah, não vou reclamar não, dá o maior trabalho. Twitter? Hã? Facebook? Isso não adianta não”. Aí, fica cada vez mais difícil.

    Boa censura autoritária, por exemplo, fez a Nestlé, que queria simplesmente proibir que qualquer um pudesse fazer críticas a sua marca em sites como Facebook, Twitter etc. Assim, fica fácil atrasar a evolução. =D

  5. Carlos Nepomuceno disse:

    Rebecca, assino embaixo de tudo…

    É lento.

    Nepô.

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