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Não elogie ninguém pelas suas qualidades inatas, mas pelo tanto que consegue aprimorá-las e colocá-las a serviço do bem comum! – Nepô – da minha coleção de frases.

Fazia um tempo que não escrevia sobre o próprio blog, já falei mais sobre isso por aqui.

Paula no nosso último encontro do grupo de estudos deu uma levantada de bola nas pessoas que têm blog por aí, falou no Brasil que isso não é tão comum e deu uma valorizada no meu blog:

“Não é todo mundo que posta como o Nepô às 7 horas da manhã”.

Beleza, mas, antes que eu suba ou me perca na piscina funda do meu ego 1.0, quero dar uma discutida nisso.

Ter um blog foi uma decisão consciente, a partir de uma estratégia, um projeto profissional, que envolve claramente um jogo de troca com a sociedade e com os meus clientes.

Assumi faz uns dois anos, depois de um processo de auto-conhecimento e ralar durante quase 15 anos com a minha empresa, (que era fazedora de sites e depois gerenciadora de grandes projetos web), que o que me diferenciava no mercado era a minha capacidade cognitiva de linkar, organizar, sintetizar e passar isso para as pessoas.

É a minha praia e quanto mais apostasse nela, melhor resultado teria.

É o que os indianos chamar de Dharma (já falei sobre isso aqui.)

Pois bem, dentro dessa visão de ação, percebi que um blog seria uma ferramenta para ajudar a organizar, registrar, compartilhar, receber sugestões e ampliar o reconhecimento da sociedade desse meu potencial, útil para a sociedade e mercado.

Além disso, como consultor, percebi que a minha vida era instável e caótica, pois estava me tornando um  cliente-dependente, um bombeiro deitado no quartel,  esperando a sirene tocar para apagar incêndio.

Era um consultor reativo ao mercado!

O blog, assim, passou a ser uma atividade pró-ativa que me garantia e garante uma rotina, pois fui reduzindo aos poucos o trabalho braçal e ampliando o intelectual, que não depende tanto do relógio.

É um exercício diário cognitivo para melhorar minha capacidade de ver e compartilhar.

O mesmo gesto de um vendedor de carro de marketing que todo dia ao chegar passa um espanador na poeira de todos os carros que estão no pátio. Ou de preparação para o exercício da profissão, como a de um personal trainer que corre para estar em forma.

É uma ferramenta adequada ao que se quer oferecer.

Hoje, quando me perguntam o que eu faço, eu digo, fico pensando e blogando.

Todo o resto é consequência dessa atividade inicial, pois é isso que meus clientes, alunos esperam: estar pronto para conseguir explicar o que está mudando (ou emergindo) e como podemos nos posicionar e ajudar no processo.

(Suprimi o power point em aulas e palestras, justamente por estar sempre me preparando todos os dias para falar com os outros, co-criando, a partir desse exercício diário de produção e reflexão on-line.)

O blog, assim, é a minha atividade meio para conseguir “vender” para os meus clientes o fim: palestras, aulas, consultorias.

Não é mérito, mas trabalho.

O que talvez seja mérito é ter percebido que blog é trabalho.

O que talvez não tenha caído a ficha de outras pessoas na mesma situação.

Se querem me elogiar, me elogiem por este esforço, pois todos podem fazer o mesmo, basta refletir que é algo que pode ajudar muito na sua carreira.

Assim, não considero um blog, ou este blog, algo que possa me colocar como um benemérito da sociedade, pelo contrário, é um forte instrumento de marketing 2.0, que tem me dado muito retorno, tanto de respeito da comunidade, como de espaço na mídia, criando um acervo enorme do que penso, sou e posso ajudar.

Isso resume um pouco, na verdade, o novo mundo que estamos entrando, as empresas ganham fazendo o “bem” e ao mesmo tempo continuam lucrativas.

Gerando, principalmente, novos negócios.

É esse o novo espírito 2.0.

E ainda posso dizer que o blog reforça tremendamente o relacionamento com os meus atuais clientes, nos quais se incluem todos os meus alunos e participantes das minhas palestras.

O que penso sobre o pós-encontro com eles está sempre aqui.

Um agente de mudança deve pensar seriamente nesse modelo “vim para pensar e compartilhar (via blog, ou similar)” é tudo que as empresas estão querendo e vão valorizar cada vez mais.

Isso exige gostar e ter facilidade para essa atividade, principalmente da leitura,  ter prazer em superar desafios intelectuais e facilidade para “vender o peixe”, que vai se aprimorando a cada post.

Assim, o blog é a pistola certa na mão desse tipo de cowboy .

Concordas?

Diário de blog:

Já falei bastante sobre o próprio blog aqui.

8 Responses to “Por que eu tenho um blog?”

  1. Não poderia concordar mais!
    As pessoas tendem a pensar que como aqui é um espaço gratuito, onde todo mundo pega a informação que quiser, que não é profissional… E outra, muita gente não leva suas atividades paralelas tão a sério assim, a ponto de permitir que o que antes era prazer se torne um trabalho, ou o trabalho ideal…
    Todos os empregos que consegui foram por conta de atividades paralelas, que as pessoas viam e gostavam. Ainda não posso considerar meu blog um emprego, mas posso considerá-lo um portfolio? 😉

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Vinicius, quando aliamos prazer e trabalho, tudo se abre, concorda?

    abraços,

    Nepô.

  3. Formanski disse:

    Nepô,

    Não e Sim. Nós que iniciamos contigo a dois anos estamos acompanhando, mas sujeito a pessoa que chega agora receber uma quantidade de posts, assim não tão claramente estruturados, olha eu ai com a visão cartesiana, e não entender o fio condutor que levou ao estado de compreensão atual. Penso ser importante criar um post com uma história que leve o recém chegado a ter a mesma oportunidade de expandir a sua caixa cognitiva de maneira a compreender os novos posts.

    Felicidades,
    Formanski

  4. Carlos Nepomuceno disse:

    Complementa isso, que foi um pedido de esclarecimento sobre o funcionamento:

    Eu não escrevo sexta-feira, eu não escrevo sábado, eu não escrevo domingo, porque sexta-feira, primeiro eu já estou numa fase assim descendente para entrar no fim-de-semana e as pessoas também, pela minha observação estatística, eu também já observei que as pessoas não têm muito tempo, já não estão mais ligadas para aquilo.

    Então os dias do blog são de segunda a quinta e é a rotina. E eu tenho facilidade para rotina. Sou um cara assim muito, quer dizer, talvez até por uma questão assim de trabalhar muito assim idéias abstratas eu tenha necessidade de ter pessoalmente uma rotina.

  5. Gisela Kassoy disse:

    Nepô, V. pode explicar melhor o “fui reduzindo aos poucos o trabalho braçal e ampliando o intelectual” ? O que era o trabalho braçal? Mandar e-mail para seus clientes e prospects? ( Ou algo no gênero, tipo visitas mesmo) . Gostaria de saber quais ações de marketing o blog substitui. Não sei se meu caso é o mesmo que o seu, mas sou uma prestadora de serviços a grandes empresas.
    Obrigada pela sua disponibilidade
    Abraços,
    Gisela

  6. Carlos Nepomuceno disse:

    Gisela, reduzindo o produzir, fazer sites, etc e apostando mais no trabalho de upgrade mental, palestras e treinamento.

    O blog é uma ação de marketing mais antenada com o mundo 2.0, pois você cria reputação, as pessoas passam a te conhecer.

    E ajuda a entrar nos lugares, mas a entrada e a chegada, depende de outro esforço que o blog sozinho não resolve.

    ajudou?

    abraços,

    Nepô.

  7. […] Por que eu tenho um blog? | Nepôsts – Rascunhos Compartilhados […]

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