O argumento da força é empregado, quando não há mais força dos argumentos – Alberto Carlos de Almeida, da minha coleção de frases.
Deu no Valor de hoje:
Xerife do pacote de Obama colocará todo gasto na web (link protegido para assinantes)
Destaco o que é importante:
Nesta semana, os republicanos nos EUA declararam fracassado o pacote de Barack Obama que começou a estimular a economia seis meses atrás com a injeção de US$ 787 bilhões. Mas Earl Devaney, ex-agente do serviço secreto que preside o birô monitorador do pacote, diz que os críticos ainda não têm os dados para fazer um juízo justo.
Devaney, que se reúne semanalmente com o vice-presidente, Joe Biden, para verificar o desembolso de dinheiro do pacote, está fazendo de tudo para montar o mais complexo website governamental na história até 10 de outubro, data limite imposta pelo Congresso.
Ele se propõe a:
“O site porá em ação um milhão de cidadãos IG [sigla de inspetores gerais]”, diz Devaney em entrevista. “Se, digamos, houver uma ponte construída em Pittsburgh e a empreiteira pertencer ao cunhado do prefeito, então, a população de Pittsburgh terá muito mais condição de detectar o fato do que eu.”
A iniciativa abre um momento importante, desde a eleição 2.0 do Obama, que ainda está devendo ações participativas no Governo como fez na campanha.
O fato contrasta com outras notícias do nosso querido país, ainda 1.0.
Vejamos:
Cresce pressão para que imagens da Casa Civil sejam liberadas (link protegido para assinantes)
No artigo, destaco:
1 – o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, defendeu que a Presidência da República libere a cópia das gravações do circuito interno da Casa Civil, que comprovaria o suposto encontro entre a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira.
Motivo:
Segundo Marco Aurélio, não há razões para que o material fique em sigilo porque as autoridades são pessoas públicas. “Não há motivo para esconder-se o registro de ingresso de cidadãos ou servidores públicos em uma repartição. E até tenho certeza de que será disponibilizado, porque julgo os outros por mim“, disse.
Respostas do Governo:
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional), afirma que não pretende divulgar as informações para preservar a privacidade dos visitantes.
Transparência e participação é tudo que o novo mundo 2.0 anseia…
Ainda na mesma reportagem, sobre outro assunto:
O Supremo Tribunal Federal deu, ontem, mais um sinal de que deverá derrubar a censura imposta ao jornal “O Estado de S.Paulo”. Decisão do ministro Marco Aurélio Mello autorizou o jornal “Folha de S.Paulo” a obter acesso a documentos sobre verbas indenizatórias concedidas aos deputados federais. Esses documentos estavam sendo mantidos sob sigilo pela Câmara dos Deputados e o jornal recorreu ao Supremo para conseguir o acesso.
Para Marco Aurélio, a Câmara deveria divulgar esses dados na internet, e não escondê-los da imprensa. “É incompreensível negar-se o acesso a documentos comprobatórios de despesas públicas que, a rigor, deveriam ser espontaneamente estampadas, via internet, no sítio do órgão competente”, disse o ministro.
Por fim, parece que escolheram o dia para só falar disso, outra reportagem diz, no mesmo Jornal:
Governo cria site para monitorar SACs (link protegido para assinantes)
Após entrar com ações contra a Oi e a Claro, cobrando R$ 295 milhões e R$ 301 milhões, respectivamente, por descumprimento das normas do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), o Ministério da Justiça decidiu continuar a pressão sobre as companhias e criou um site para que os consumidores possam registrar os problemas de atendimento.
Será um canal aberto na internet, dentro da página do ministério (www.mj.gov.br) para que cada atendimento ineficiente fique registrado. No início, as reclamações não serão divulgadas ao público. “Nós somos responsáveis antes de divulgar o nome de empresas”, afirmou a secretária de Direito Econômico, Mariana Tavares. “Não temos nenhum interesse em dilapidar reputações”, completou.
A ideia é boa, o conceito errado.
Hoje, o SAC 2.0 não é mais eu reclamo e alguém guarda minha reclamação.
Queremos ver também a reclamação dos outros consumidores.
As três notícias e a redefinição do conceito de transparência do Estado, colaboração dos usuários, estará no centro, ou deveria estar, na disputa eleitoral do ano que vem em todos os níveis de deputado a presidente.
O Brasil, autoritário desde Pedro Álvares Cabral, precisa dar um salto 2.0, participativo, aberto e transparente para o futuro.
Concordas?
concordo, assino embaixo e digo améééém….