A vida é apenas aquilo que acontece a você enquanto você está ocupado com outras coisas – John Lennon – da minha coleção de frases.
Você está viciado em alguma coisa?
Acredito que qualquer vício é uma questão de quantidade e efeitos colaterais
Beber um copo de cerveja é socialmente aceitável.
Não conseguir parar de beber nenhum dia, é vício.
Conectar à rede e dar uma parada de vez em quando, faz parte do jogo.
Rodar na rede 24×7 sem parar é problemático.
As compulsões humanas se alojam no lado do cérebro racional.
Se depositam ali como uma forma de defesa a tudo que temos dificuldade na vida.
Quanto mais passamos por fases e momentos difíceis, mas estamos sujeitos à nos deixar levar pela compulsão.
Conseguir equilibrar nossa vida (mente, corpo e coração) é uma atividade anti-compulsiva.
É um trabalho diário.
Todos somos compulsivos.
Há os mais graves que não conseguem mais viver fora do labirinto, sabem que estão presos!
E os que têm compulsões suaves ou tão leves e medianas, que nem se dão conta do labirinto. Vivem em um Matrix disfaçado, socialmente aceitos, mas também perdidos, perdidos…
Nos dois casos temos problemas, pois estamos deixando de viver.
E a referência sempre é a vida cotidiana.
Estamos vivendo bem, olhando para os lados, para as coisas, pessoas, o mundo?
Tenho tentando passar o fim de semana off-line.
Sem computador.
E em alguns até mesmo sem jornal.
Information free, pendurado em outro tipo de rede! 😉
Suspeito que mais e mais precisaremos criar essas ilhas não-informativas para voltarmos na segunda de alma e compulsões lavadas.
Quanto mais compulsivos, mais estressados e quanto mais estressados mais rotineiros e menos inovadores e criativos, como mostrou a reportagem da Folha.
(Estresse conduz a ações automáticas, diz estudo)
Cuidado, se a compusão não mata (o que acontece muitas vezes), aliena.
E te deixa repetitivo, irritado.
O tiro de estar compulsivamente por dentro de tudo, pode sair pela culatra, de não saber exatamente de nada, teoricamente por dentro, mas, no fundo, no fundo, por fora.
Ou como pergunta Cármen sobre a condição humana:
Quem não tem tempo para se ver, enxerga, na verdade, o outro? – Cármen Lúcia Rocha, também da minha coleção de frases;
Que dizes?
Nepô,
Acho bacana essa tua reflexão sobre comportamento humano e tecnologia. Aliás, bacana não. Acho necessária.
Só discordo num ponto: não creio que somos todos compulsivos. Aliás, não creio em nenhum diagnóstico determinista. A compulsão é uma doença, um transtorno, que traz muito sofrimento. E só quem tem ou quem trata sabe como é difícil lidar com os sintomas.
Isso não quer dizer, evidentemente, que não haja blogueiros compulsivos ou “interneteiros” compulsivos. Até porque a lista dos transtornos compulsivos aumenta a cada dia que passa. Mas no campo das psicopatologias, considero sempre arriscado totalizar.
Estou mais prá concordar com o Freud: todos nós somos, em algum grau, neuróticos. E a neurose da vida cotidiana, sobretudo nesse mundo 2.0, pode nos levar sim, às compulsões ou à outras psicopatologias.
De qq forma, vale a sábia e antiga reflexão do “nada em excesso”!
bjs
Lucilia, quando digo que todos somos compulsivos, sim, se aproxima do que Freud diz somos todos neuróticos.
Há compulsões de alta e baixa intensidade.
O que percebo – e aí é discussão filosófica e não psicológica – que a compulsão de baixa intensidade, não diagnosticada como doença, que nos leva a viver nossa vidinha muitas vezes como pouco contato de cada um com cada um..
Tem impacto forte nesse nosso mundo..
É isso,
bjs,
N.
CNEPOMUCENO, estou pensando em fazer meu trabalho de conclusão de curso sobre Os efeitos ou influencia da Internet no comportamento de jovens, qual autor que poderia indicar, sou estudante de Psicologia e sofro em ver jovens se distanciando de seus familiares e da vida social por preferirem esta diante de uma tela as vezes 8 a 10 horas por dia. Por favor me ajude
Cris, ajudo sim….vou te mandar email.