Aquele que repete, de fato, não se expressa – Gustavo Bernardo – da minha coleção de frases.
Saio emocionado dos encontros que tive semana passada.
Em todos os projetos que estou envolvido – sem exceção – tenho tentado me envolver emocionalmente com as pessoas.
Dizem que é errado.
De um lado a profissão, do outro a emoção.
E eu digo: sem emoção, não há projeto que caminhe bem!
Por incrível que pareça, é muito mais fácil e gratificante ter contato, do que fingir que não deve haver!
Basicamente por um motivo, como diz a minha amiga Rosângela Berman, pioneira na área da inclusão social na área de pessoas com necessidades especiais:
É preciso colocar as pessoas no centro do processo!
E é justamente o contrário que acontece na rua, na escola, nas empresas, na sociedade e até no Twitter.
Somos números, estatísticas, seguidores, não temos nome, não temos lágrimas, não temos riso.
Somos matematicamente coisas a serem calculadas.
Tenho colocado a luta contra tudo isso como uma bandeira, um mantra, uma metodologia, uma ideologia para viver e trabalhar.
Agora, cada vez mais consciente.
Nada pode ser construído sem o envolvimento completo das pessoas.
A Internet nos mostra que sozinhos somos 7 bilhões de almas errantes.
É muita confusão de gente para ser administrada sem interação.
É preciso descoisificar nossas relações.
Todo mundo tem um nome, uma experiência, idéias, possibilidades e precisa compartilhar, mostrar que existe, chorar e sorrir.
- Uma palestra sem interação, coisifica.
- Uma aula sem interação, coisifica.
- Um texto na web, sem interação, coisifica.
- Um prefeito, um governante, sem interação com seus governados, coisifica.
A web 2.0, vivida no que tem de filosófica, é um movimento que pode resgatar o papel do ser humano como centro do processo.
Não, não é o paraíso, mas outro parâmetro dos direitos humanos que me parece que virá no vácuo de tudo isso.
A sinceridade venderá melhor.
Isso pode servir tanto para irmos adiante como para alienar as pessoas.
É uma via com duas portas, a escolher.
É um mundo no qual tentaremos, de novo, um reencontro.
Para onde tudo isso vai nos levar ainda não sei, mas é mais uma chance que temos.
E isso depende da nossa conscientização de que o verdadeiramente novo é usar a nova possibilidade tecnológica para o encontro humano a distância.
E eliminar a tecnologia que atrapalha o encontro humano presencial.
(Como desligar o celular quando está diante de alguém.)
Potencializando as pessoas sempre e descoisificando-as, desmatematicando-as, através do contato e da relação afetiva.
Olhe bem o que você está fazendo e construindo na web, é o que exatamente?
Encontro ou desencontro?
Me diga!