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Marcos Cavalcanti apresenta a famosa história do Ronco do Boi, na qual questiona o model acadêmico brasileiro. Imperdível!

Palestra feita na ESPM, no 10 de novembro de 2007, que finalmente conseguimos editar e colocar no YouTube!

Pontos de interesse:

  • A Universidade está gerando conhecimento?
  • Qual percentual devemos ter de pesquisa pura e aplicada?
  • Os critérios adotados hoje geram inovação?
  • Os fazedores e os pensadores.
  • Os pesquisadores podem estudar apenas o que eles “estão a fim”?
  • Cadê as pesquisas para a vacina da Dengue?
  • Cadê a Sociedade para o progresso brasileiro?

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=EwXzauE92BE]

Amanhã posto mais do evento.

Temos ainda Bia Martins, Henrique Antoun,  Andrei Scheiner entre outros.

4 Responses to “Vídeo: Marcos Cavalcanti e o Ronco do Boi”

  1. Marcelo disse:

    Muitas perguntas para reflexão. Seriam necessários vários rascunhos compartilhados de seu tempo.

    A história é sensacional. Então vejamos, nem oito nem oitenta.

    Descobertas científicas devem ser avaliadas em termos de seu impacto a longo prazo. A pesquisa básica visa melhorar o conhecimento e não resolver problemas. Talvez baste lembrar que, em microeletrônica, os aparelhos que fazem parte de nossa vida diária não existiriam sem a teoria da relatividade de Einstein.

    Em 1953, quando Watson e Crick descobriram a estrutura do ácido desoxirribonucléico, DNA, eles o anunciaram como se tivessem descoberto o “segredo da vida”. Os milhões de usos práticos de sua descoberta (para o bem ou para o mal), que daí decorreram, não fizeram parte dos objetivos iniciais, mas não teriam sido possíveis sem seu interesse e curiosidade para descobrir o “segredo da vida”.

    Por sinal, muitos princípios foram descobertos em “erros”. Um exemplo recente vem da indústria farmacêutica: o Viagra, cuja descoberta foi fruto de casualidade. O princípio ativo, denominado Sildenafil, estava em testes como hipotensor arterial. Concebido para tratar males cardíacos, foi um fracasso. Mas um efeito colateral não previsto transformou-o numa aplicação revolucionária no tratamento da impotência e rendeu à Pfizer um dos maiores recordes de faturamento do setor.

    Em 1970, o químico Spencer Silver trabalhava nos laboratórios de investigação da 3M pesquisando uma cola forte. Em vez disso, o seu trabalho resultou num aderente que não era muito pegajoso. Quando separava duas folhas de papel coladas com aquele produto, Spencer descobriu que a cola aderia quer numa quer na outra folha. Pareceu ser uma invenção sem qualquer utilidade. Quatro anos mais tarde, um colega que cantava num coro da igreja teve uma brilhante ideia. Ele usava marcadores no livro dos cânticos para saber onde devia cantar, mas estes sempre caíam. Então, pincelou os marcadores com a cola de Spencer, que permaneceram no seu respectivo lugar e quando retirados não danificaram as páginas. Tinha nascido o Post-it.

    Dentre muitos outros exemplos. Aliás, repare que citei inovação proveniente de pesquisas em universidades e empresas.

    Acredito que as universidades brasileiras estão avançando. Falta infraestrutura, falta integração … e o que esperar de um governo que corta orçamento em C&T?

    Saudações!
    Marcelo

  2. cnepomuceno disse:

    Valeu Marcelo, me parece que a idéia do Marcos é evitar que determinadas pesquisas sejam feitas apenas por vontade de um único pesquisador, mas que se coloque também prioridades do governo para que eles possam escolher entre estas. Um misto dos dois modelos.

    abraços,

    grato pelo longo comentário,

    Nepomuceno

  3. Marcelo disse:

    Ora, idéia não é compartilhar rascunhos? 😉

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