Estive fazendo palestra ontem na Fundação Ceperj.
Fiz o exercício coletivo de criar uma definição para Internet para uma turma para lá de esperta.
Veja o resultado:
O que é Internet?
Rede global de informações, relacionamento, cooperação e prestação de serviços em tecnologia digital, indispensável e irreversível no mundo atual, que revolucionou a comunicação, gerando uma nova linguagem social.
O que causou mais polêmica foi o uso da palavra indispensável na definição da Web.
A Internet é indispensável para os índios? Para um camponês no meio do mato?
A discussão rendeu.
Mantivemos, pois o termo indispensável denota que quem quer gerar riqueza, ser competitivo no mundo de hoje, ter possibilidades de sobreviver com possibilidades de gerar renda, tem que adotar esse novo instrumento.
Ele é indispensável pela sua dinâmica ser mais adequada a um mundo superpovoado que estamos hoje com quase 7 bilhões de boquitas para alimentar.
(Multiplica por 3 e veja quantos pratos têm que ser colocados na mesa a cada dia no planeta. Já desenvolvi uma teoria sobre isso aqui.)
Obviamente, que uma pessoa que queira se isolar do mundo, ou uma tribo, poderá viver a sua vida, mas terá os limites de não conseguir ser competitivo.
Você dirá: mas todos precisam ser competitivos?
Claro que não, mas quem está no jogo e, no caso, eram muitos servidores públicos, ou querendo entrar na profissão, certamente têm que olhar a rede como algo indispensável e irreversível.
Irreversível?
Sim, pois nunca um ambiente de conhecimento voltou para trás.
Nem abandonamos a fala, nem a escrita e menos agora o computador, com ou sem rede.
Não tem jeito.
Arrisco na minha velha teoria: se morrem 90% das pessoas na terra, a Internet perde o sentido, assim como o celular.
Ficarão como algo de luxo, mas não com a febre e o termo indispensável como é hoje.
É uma teoria.
Precisaria de uma bomba atômica para provar. 🙂
Enquanto não monto uma, a partir de alguma comunidade do Orkut, vamos filosofando. 🙂
Adorei o encontro.
Nepô, a sua teoria é que a Internet existe por que temos uma população enorme que precisa se comunicar. É isso, não é? Daí a questão que se sumir 90% das pessoas ela perde o sentido e o glamour.
A sua irreversibilidade (e aumento da sua força) está então calcada nas perspectivas de crescimento da população mundial, certo?
Marcelo, a idéia é essa sim.
Quanto mais formos + complexos terão que ser os ambientes de conhecimento para administrar o aumento da demanda de informações que a maior população exige.
Faz sentido?
abraços,
Nepomuceno.