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O criador do HTTP e da linguagem de programação das páginas HTML, Tim Bernes Lee, esteve entre nós, no Campus Party.

Mais detalhes aqui.

bernes lee campus party

Bernes Lee na Campus Party

Destaco:

“A Web é uma imensa plataforma, uma tela em branco pronta para receber criações com as quais eu nunca sonhei”.

A cada novo ciclo da Web uma nova camada de inteligência é colocada para facilitar a vida, aumentar a relevância e dar algum sentido ao caos cada vez maior em um planeta que não para de aumentar o número de habitantes.

Antes do surgimento do RSS (RSS é um subconjunto de “dialectos” XML que servem para agregar conteúdo ou “Web syndication”, podendo ser acedido mediante programas ou sites..mais) se eu encontrava alguém na rua o endereço do meu blog www.nepo.com.br, bastava.

Mas a pessoa não viria ou virá ao meu blog todos os dias me visitar.

Ela precisa de um robô que faça isso por ela. E por isso o endereço do RSS passa a ser hoje mais importante do que a URL, que é apenas a porta de entrada para pegar o RSS.

A URL é estática e uma primeira referência.

O RSS é dinâmico, pois ao mesmo tempo que serve para o seu personal robô saber as novidades do blog do Nepô ou de quem você desejar, (no link acima tem o endereço do meu RSS, clique para ver como seu computador vai reagir).

(Um exemplo de personal robö é o Google Reader, que lê a RSS e abre uma página para mim com todas os meus RSS escolhidos e e programados, ou manda para meu celular, ou aparece no rodapé do meu computador, ou poderá tocar no meu relógio, como já vi em feiras futuristas.)

)

Um personal robô para quem está perdido no ciberespaço - perigo, perigo...:)

Pode ainda republicar o conteúdo selecionado em outros locais, como já faço na parte lateral do blog ou como vou transformar o blog do ICO em um agregador de RSS de cabeças brilhantes nesse campo (estamos em produção).

Assim, temos um novo mundo de endereços que estão acima da URL tradicional, em uma nova camada, colocando um novo colorido na tela branca que Lee falou lá na Campus Party.

Ontem mesmo, uma equipe de cineastas, que está com vontade de fazer um projeto meio Youtube sobre os problemas do Rio de Janeiro me ligou e me perguntou qual a chance de algo assim dar certo?

Comentei que o usuário quer liberdade de publicar seu conteúdo sem barreiras, desde que o local seja aberto, permita gerar RSSs e com ele – ou qualquer um – possa espelhar o que publicou aonde quiser.

Me parece que já temos sites de vídeos e senhas suficientes para outras aventuras nesse campo.

Seria um risco, defendi.

O que não temos, complementei, e estamos carentes são mais agregadores, que permitam reunir, por exemplo, através de RSS (e similares) conteúdo, a partir, aí sim, de um determinado tema como o Rio de Janeiro, por exemplo.

A URL não é mais importante como já foi (obrigado URL!!!), mas o que conseguimos agregar com os conteúdos existentes, através dessa nova camada de RSSs voadores.

Obviamente que se pode ter conteúdo local, com um site similar ao Youtube, mas sempre aberto para quem quer “desovar” ali o seu conteúdo e para quem apenas quer espelhar.

É um novo momento.

Espelhar ou desovar, eis a questão.

Ou seja, o RSS é o filho da URL, mas esperto, mais dinâmico e sabido.

Independente que só, andarilho, hippie, cigano.

Quem quer projetos 2.0 precisa pensar seriamente se tem força para ser repositório de conteúdo de primeira mão ou apenas agregador de RSSs em temas relevantes?

Foi o recado que deixei.

E você o que a sua sabedoria pode ajudar nesse post de quarta-feira chuvosa depois de feriado?


3 Responses to “O declínio da URL”

  1. […] criador do HTTP e da linguagem de programação das páginas HTML, Tim Bernes Lee, esteve entre nós, no Campus Party e disse algo […]

  2. […] mais ainda: o RSS me permite sair do ambiente da minha URL e poder ser automaticamente replicado em diversos outros locais, multiplicando a […]

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