Um amigo me pediu para tentar escrever como é o processo de ter um blog, utilizando ferramentas de publicação automática nas laterais.
(Posso depois falar de outras formas de armazenar outros assuntos não tão automáticos no blog.)
Bom, um blog, antes de tudo, pode ser um excelente organizador da vida do blogueiro.
Você vê uma imagem, um link, um vídeo, quer comprar um livro e vai anotando isso aonde?
Salvando no seu computador, num bloquinho de papel?
A grande vantagem com um blog dinâmico, (como o WordPress, me oferece) é que passo a ter quase tudo da minha vida profissional armazenado naquele espaço.
Ainda estamos engatinhando nisso, mas através de vários sistemas que se comunicam, via RSS é possível, ao mesmo tempo que navego ir “salvando” o que vou descobrindo e automaticamente publicando no blog.
Sim, isso mesmo.
Na lateral direita do blog, é possível definir, através de RSSs, HTML e outros recursos, sua vida on-line, de forma automática.
Vejamos a lateral do meu blog, o que pode ser gerado automaticamente:
Utilizo o site ma.gnolia.com.
Quando salvo uma URL de alguém que publicou algo referente ao meu blog, através de um RSS gerado pela Magnólia, publico aqui no blog, ao mesmo tempo:
Assim, na lateral do blog, posso ter:
O GoodReads aponta os livros que estou lendo;
O Submarino me permite criar uma lista de livros desejados em português;
A Amazon a Wish list para os em inglês;
O SlideShare armazena minhas apresentações;
O Flickr, as fotos;
O VodPod, os vídeos;
O Delicious joga ali os links;
O Reader do Google me permite publicar uma seleção de posts de blogs que acompanho diariamente;
E ainda posso espelhar no meu blog o que é publicado no Instituto de Inteligência Coletiva, via RSS.
Na verdade, com estes recursos não tenho mais separação entre o navegador e o publicador, o que me faz digredir:
1) o conceito de URL, de registros publicados em determinado lugar, desaparece, pois se tem RSS, pode-se replicar aquela informação de várias formas em vários lugares, (o que seria a idéia da semântica, ou da USL, como sugeriu Lévy.)
Ou uma virtualização dos endereços virtuais, criando uma nova camada na Web, mas ligada ao que interessa e menos aonde está virtualmente, no caso um site específico.
É a idéia da Websemântica, na prática, a informação circula solta como num cérebro, a sua referência deixa de ser a URL e passa ao RSS, que não tem pátria.
2) a navegação desta forma passa a ser algo totalmente conectada com o publicar.
Desaparece a idéia de que eu navego e depois publico. Eu faço ambos ao mesmo tempo, sempre compartilhando o que vou descobrindo, não só armazenando de forma fácil que eu e todos os que me seguem possam encontrar de qualquer lugar aonde esteja, bastando acessar o blog, mas também posso receber as dicas de quem faz o mesmo, criando uma rede inteligente.
O blog passa a ser o nosso HD online, um ponto de referência para quem quiser me conhecer, saber o que ando fazendo, o que leio, o que vou ler….muito mais sofisticado e esperto do que um disco duro escondido no meu computador localizado e preso em um prédio da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Privacidade?
Sim, reservo-me no direito de deixar minha vida privada num canto e a profissional em outro, mas nesta, que incentiva cada vez mais o uso da Web, não vejo motivo para não estar completamente aberto para dividir e receber a navegação minha e alheia.
Descartes, lançou a frase: Penso, logo existo.
O que nos dias de hoje, vai se transformando em:
Blogo, logo existo, uma frase que armazenei no Frazz.com. 😉
Que achas?