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Meus Podcast no Gengibre o primeiro e o segundo abordam a discussão de como se administra comentários de leitores em grandes jornais.

Levanto a questão de o que isso significa em termos gerais para a sociedade, um exemplo claro  da passagem de dois ambientes de conhecimento, o da Web 1.0 (baseado no controle de um centro) para a 2.0 (na qual o usuário passa a participar ativamente do processo).

O podcast é inspirado a partir do artigo publicado no Globo no dia 05 de Dezembro de 2008, que reproduzo abaixo com Paulo Mussoi falando sobre o NYtimes também:

Recuperei a matéria (Grato Aloy):

Os filtros do delírio

 Flagrante delírio. Esta foi a manchete do jornal francês “Libération”, cinco dias atrás, ao noticiar a prisão do jornalista Vittorio de Filippis. Acusado e julgado por difamação, seu crime foi ter sido o responsável legal pela publicação — no site do jornal, em 2006 — de um comentário de internauta que apontava problemas de um empresário francês com a Justiça do país. Algemado na frente dos filhos, ele foi levado para interrogatório, despido, revistado, agredido verbalmente e preso por cinco horas, até ser liberado. A reação da imprensa francesa ao ocorrido foi tão forte que até o presidente Nicolas Sarkozy precisou se pronunciar, para acalmar os ânimos.

O caso é exemplo extremo, e precedente perigoso, para um cenário que tomou de assalto a rotina dos grandes jornais do mundo nos últimos dois anos, e com o qual todos ainda estão aprendendo a lidar: a participação cada vez mais intensa, relevante e difícil de controlar dos leitores no noticiário on-line, através de comentários e artigos escritos e publicados em ferramentas de interatividade. Por mais que a prisão de um editor por causa de um texto de leitor soe muito exagerada, as leis que regem a atividade jornalística na maioria dos países imputam aos veículos a responsabilidade final por tudo o que é publicado em suas páginas, impressas ou digitais. Sendo assim, como fazer agora, quando um site como o nosso, aqui no GLOBO, recebe mais de 10 mil comentários de leitores por dia? Como administrar, checar a veracidade, moderar o conteúdo e publicar com segurança essa profusão de contribuições?

O desafio tem sido encarado de formas bem distintas ao redor do mundo. O “New York Times”, que adotou como premissa ler e aprovar tudo o que os leitores escrevem antes de publicar, aumentou em mais de 500% o número de profissionais dedicados à moderação de comentários nos últimos 12 meses. Hoje, são 74 pessoas exercendo, total ou parcialmente, essa função.

— O número parece alto, mas tende a ser sempre insuficiente, face ao crescimento exponencial e irreversível da participação dos leitores. É como enxugar gelo — diz Paulo Mussoi, editor de interatividade e blogs do site do GLOBO.

Nossa opção foi publicar os comentários sem moderação prévia, mas com a ajuda de filtros automáticos de palavras, termos de uso, identificação de usuários e bloqueio de acesso a quem não cumpre as regras de publicação. — Apostamos na auto-regulamentação do processo. Nosso sistema permite que os próprios leitores nos ajudem a identificar e retirar do ar comentários ofensivos ou inapropriados. Assim, nos liberamos para dar mais atenção às discussões mais polêmicas do dia e a outros aspectos igualmente importantes da interatividade, como o jornalismo participativo — diz o editor, que coordena uma equipe formada atualmente por quatro profissionais.

6 Responses to “O ponto "G" do conhecimento”

  1. Formanski disse:

    Prezado Nepomuceno,

    Continue assim, estou me divertindo e aprendendo, agora com texto e voz facilita ainda mais a aprendizagem. Filtrar o execesso e a qualidade da informação é o desafio do momento.

    Felicidades,
    Formanski

  2. cnepomuceno disse:

    Formanski,

    grato pelo incentivo, a gravação agiliza o processo de passar o que temos na cabeça para a Web.

    Demorei uns quinze minutos para dizer o que queria, se fosse escrever, acredito que seria uma hora, com a revisão, etc…

    Assim, vamos colocando as idéias para fora.

    Sugiro que experimente,

    abraços,
    Nepomuceno.

  3. Bia disse:

    Oi Nepô,

    Assino embaixo do seu podcast (dá pra fazer isso? rsrs)

    Muito legal o novo canal de comunicação e vc parece já bem ambientado com a linguagem.

    bj

    Bia

  4. cnepomuceno disse:

    Bia,

    essa integração de voz e blog é algo que estou experimentando ainda, mas economiza bastante quando você tem algo na cabeça e está sem tempo.

    Depois vem no blog e faz um post e linka.

    Valeu a visita!

    Beijos,

    Nepomuceno.

  5. […] assunto é o desdobramento da discussão sobre o Ponto “G” do Conhecimento feita aqui semana […]

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