Uma ditadura cognitiva se caracteriza por um longo período de contração cognitiva. Cria um ambiente, geralmente global, no qual há poucos canais de circulação de ideias.
Tal concentração nos leva a diversas crises coletivas e individuais, que podemos chamar de crise cognitiva, que se caracteriza por uma baixa diversidade.
(Sugiro entender melhor a diferença de rede, canal e conteúdo aqui.)
Ditadura?
Note bem o termo cognitiva.
Fomos até onde as tecnologias impressas-eletrônicas nos permitiram, mas chegamos a um limite e uma crise, pois com a complexidade demográfica vivemos uma crise de tomada de decisões, pois cada vez menos gente, baseada na sua verdade construída e difundida toma decisões cada vez menos representativas.
Sim, pois apesar de termos o espaço para acessar o conteúdo, as tecnologias cognitivas eram caras, o que impedia que o cidadão tivesse o seu próprio canal.
Alguns alternativos eram tentados, via rádio piratas, ou jornais alternativos, porém sempre de circulação restrita, o que também dificultava a circulação de ideias, pois era preciso que organizações, tais como sindicatos controlassem tais veículos.
Uma Revolução Cognitiva se caracteriza justamente pela macro-canalização dos indivíduos, que passam a ter acesso a um canal que agora para existir é mais barato (como ocorreu com a chegada do alfabeto ou o papel impresso), aumentando o número de vozes, que produzem novas verdades, que oxigenam a sociedade, a partir de novos pontos de vistas, trazendo problemas e sofrimentos que estavam às margens, gerando cada vez mais crises.
Isso faz com que se inicie um longo processo de reinvenção da Governança da Espécie para que haja um macro-ajuste sistêmico que possa equilibrar:
- o número de pessoas do mundo;
- com a qualidade das verdades produzidas;
- que nos leva a tomada de decisões mais compatíveis com a nova complexidade demográfica em curso.
Assim, podemos dizer que vivemos em uma democracia política nos países ocidentais, mas saindo de uma ditadura tecno-cognitiva, na qual os cidadãos estavam sem canal, o que nos levou a uma crise cognitiva, o que nos leva, por sua vez, a uma crise de representação social, política e econômica, que se caracteriza de verdades e tomadas de decisão de baixa qualidade.
É isso, que dizes?
Versão 1.0 – 09/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.
[…] Democracia do conteúdo versus a ditadura dos canais. […]
[…] a crise da ditadura cognitiva que nos colocou com um déficit […]
[…] É o que caracteriza o fim de uma fase de contração cognitiva, que podemos chamar de ditadura cognitiva. […]
[…] Isso é resultado da fase final de contração cognitiva, que criou a democracia do conteúdo, mas não dos canais. […]
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