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Estamos discutindo o que é conhecimento com a turma.

Esta, confesso, é a aula mais difícil que dou.

Pensar o conhecimento é pensar o ser humano.

Quando alguém na turma diz: o conhecimento é algo concreto.

O conhecimento é um substantivo.

Ou seja, temos algo imexível dentro de nossa cabeça.

Nós passamos a substantivo e a coisa concreta, a coisas.

Ser, no fundo, é estar.

Viver é relação conosco, com o mundo e com os outros.

Em processo, de quem está vivo.

E em zumbido, de quem está repetindo.

Zumbido de zumbi? Talvez.

Por que estas questões se encaixam em um curso de pós de estratégia de marketing digital?

Vou ensinar o que para o pessoal?

A fazer algo que ninguém sabe?

A construir um mundo que não tem contornos?

A chegar lá e falar da minha experiência com Internet, quando todo dia eu mudo o que eu penso?

O importante é abrir a cabeça para que se possa criar.

Vivemos um momento de ruptura e precisamos de gente com mente aberta.

Não para apertar botões, mas para inventar os novos botões.

Dado, informação e conhecimento é uma relação com nossa memória, dos antepassados e dos contemporâneos.

Por mais que nos aprofundemos nesse mar cognitivo não teremos saída, se não aliarmos tudo isso à sabedoria de saber viver e de ajudar aos outros a sair do atoleiro.

Imagino estes alunos criando um mundo novo.

Sonho?

Deixo isso com eles…

É isso…

Um pedaço da aula filmado pelo Vinicius.

video_vinicius

Boa noite!

Grato à turma.

PS – O podcast do Gengibre pode ser acessado aqui.

12 Responses to “Aula 4 – Facha – O que é conhecimento?”

  1. Nepo, só podemos responder isso de uma forma .. refletindo sobre essa informação que nos foi passada e sintetizando isso para podermos construir um mundo melhor! (esse final ficou meio cliche, mas é nisso que acredito)

    Temos que fazer a diferença! Temos que nos reinventar!

    Dá pra aumentar de 7 pra 14 aulas não??? rs

  2. cnepomuceno disse:

    Legal Enrico, essa ideia de nos reconstruirmos é o caminho de sairmos do zumbido (zumbido) para existirmos. Concordas?

  3. É conflitante. Acho que conflito é a palavra para sintetizar o resultado do que foi discutido em sala de aula.
    Na desconstrução do conceito de conhecimento foi onde isso mais me impactou… A ligeira impressão de que estávamos abandonando um conhecimento adquirido (o conceito sobre conhecimento), de que havíamos “aprendido errado”, quando na verdade estávamos justamente naquele momento passando a compreender na prática o que é o conhecimento.
    Desconstruir para compreender, acho que é bem por aí.

    Não há como assimilar tudo de uma vez, nem tenho a mínima pretensão de acreditar que eu vá um dia conseguir isso, mas cada passo tem sido extremamente renovador, “o caminho é o fim, mais que chegar”.

    Deixo aqui meus agradecimentos pelos estalos que essas discussões vêm produzindo em minha mente 🙂 Penso que mesmo se fossem 49 aulas, não seriam suficientes. Mas a graça é essa, né? Plantar a semente apenas 🙂

  4. O silêncio sepulcral ao final da aula – em oposição à excitação caótica que aconteceu antes do intervalo – foi a prova de que sua mensagem foi devidamente passada, mestre!
    E tenho certeza de que essa turma da pós tem gente boa o suficiente para fazer a diferença.

  5. cnepomuceno disse:

    Vinícius e Raphael,

    na verdade, estamos em relação com o mundo e com os conceitos.

    Saiu outro dia uma frase que me acompanha:

    “Conceitos são bons para namorar, mas não casar com eles” – Nepô.

    O problema é que não temos a noção o quanto somos teleguiados por dogmas.

    Vai outra frase, do livro que indiquei ontem:

    Pensar pela própria cabeça implica o enfrentamento dos dogmas – Gustavo Bernardo;

    O problema é que para enfrentar o mundo novo digital é preciso ver o mundo com os próprios olhos.

    O que é difícil.

    O “certo” é estar aberto para não deixar nada impedir que se repense sempre..desde que com uma lógica convincente, como disse o Lutero na frente da inquisição:

    “Desde que me convençam pela lógica das escrituras de que eu disse estava equivocado, posso mudar, do contrário não posso trair a minha consciência”.

    Ou seja, só com argumentos, troca, contato, afeto é possível retrabalhar os dogmas e construir algo novo no lugar.

    Fico contente que a aula tenha provocado estas questões.

    Volto a dizer, para mim, é aula mais difícil.

    Na quinta, amanhã, entraremos agora na estratégia pessoal de cada um e a sua repercussão individual no mundo digital.

    Primeiro, mudar cada um para depois poder sugerir algo aos outros, o que será o tema da penúltima aula.

    É isso, bola para frente,

    Nepô.

    Grato pela visita.

  6. Claro que concordo Mestre! E na verdade estou aprendendo e vou continuar aprendendo isso contigo, até que possa dar sequência sozinho nessa história.

    Como o Crespo disse, sua mensagem foi passada!

    No contexto do assunto a frase seria: “Sua informação foi processada por nós, contestada, questionada, e reconstruída de forma individual!”

    Muito obrigado mais uma vez!

  7. Rafael disse:

    Também acredito que esta seja a aula mais difícil. Acho que até calei-me mais que o normal para refletir. Definitivamente o mais importante não é a definição, o conceito… mas sim o processo de raciocínio sobre a maneira como estamos consumindo informação, se é no intuito do saber ou se estamos consumindo indiscriminadamente sem um propósito maior.

    Abraço!

  8. cnepomuceno disse:

    Enrico e Rafael, sim, mais e mais, acredito que o como é mais importante. Vejam a discussão sobre compulsão informacional, e os comentários que ajudam um pouco nessa direção.

    http://nepo.com.br/2009/09/30/compulsao-informacional/

    Aquele post foi meio influenciado pela aula,

    abraços,

    Nepô.

  9. Professor, conforme a dívida e o prometido, eis o resumo que fiz da aula 4:

    Na aula do dia 29 de setembro tivemos uma ampla discussão sobre o que é conhecimento, com a turma sendo dividida em grupos, propondo conceitos e discutindo com o objetivo de encontrar uma resposta. Porém, foi unanimidade a ideia de que para profissionais de Marketing Digital é fundamental ter conhecimento sobre o processo que estamos vivendo, apesar de se verificar que este conhecimento é objeto que exige atualização constante. Além disso, esses profissionais necessitam de informações e de dados sobre o processo.

    Ou seja, conhecimento não é apenas um substantivo, mas também pode ser encarado como um verbo, com a licença da língua portuguesa, tão rigorosa em seus conceitos. Isso porque conhecimento está sempre em evolução. Ele se atualiza sempre no momento presente. Portanto, o conhecimento é um processo que precisa estar sempre em evolução.

    Dessa maneira, conseguimos verificar na aula que o conhecimento não é capaz de mudar o mundo, uma vez que é um processo em evolução. Isso pode ser comprovado pelo fato de estarmos vivenciando um processo de revolução tecnológica e social, que mesmo assim, não nos garante a possibilidade de viver uma revolução humana. Haja vista, por exemplo, o nosso Congresso.

    Um exemplo sobre o que é preciso saber para se tornar um profissional de Marketing Digital coerente com o sucesso e, não apenas isso, uma pessoa melhor, foi dado pelo professor ao expor uma explicação em áudio. Nela ele explica o que é dado, informação, conhecimento e sabedoria.

    No exemplo existe um pingo de chuva, caindo em nossa cabeça, e este é apenas um dado. Até aí nada, pois isso pode ser sinal de chuva, ar-condicionado mal instalado, etc. Daí olhamos para o céu e verificamos nuvens e raios. Ou seja, entra aí a informação, ou seja, sabemos que vai chover. O conhecimento é a terceira etapa deste processo. De posse do dado e da informação, sabemos que com a chuva vamos nos molhar. Isso é mo nosso conhecimento sobre o processo. Por fim, o mais importante de tudo, a sabedoria. Ela que vai nos permitir saber como agir diante daquele quadro.

    Sem querer invadir a aula anterior, no processo atual de revolução tecnológica e social, temos vários dados e informações. Precisamos ter o conhecimento de onde isso vai parar e a sabedoria de entender o que fazer com isso tudo. Ou seja, como o próprio professor disse, entender a lógica da coisa, pois, do contrário, é melhor nem entrar nela.

  10. Rodrigo Braga disse:

    Nepô, é impossível sair da sua aula sem enxergar o mundo e as relações sob uma outra ótica. Buscando um entendimento sobre o que foi debatido na sala dia 29/09 tentei ir as causas para compreender os seus efeito. Sinto-me, de verdade, um escultor, um construtor de mim mesmo, o que faz com que eu reveja e refaça a minha forma a todo instante. Penso que cheguei ao mundo como um ser em construção, não física, mas mental. Sou fruto do meio, que é a inculcação, as crenças, os hábitos, os costumes, a cultura de um modo geral, positiva e negativamente avaliando. Preciso romper com estas crenças e trocar o crer pelo saber (isso eu busquei na ciência Logosófica). As crenças representam o “piloto automático”, o fazer assim porque sempre foi assim, é o não questionar, é o acatar cegamente e não fugir aos padrões, é fazer como todos fazem. Isso explica bem esta sociedade de consumo, o status que representa ter um tênis nike, um carro A ou B, nunca se buscou a lógica. Esta nova era exige este rompimento com o convencional, com as tradições, requer novos meios e novos discursos, compartilhados, baseados em lógica e mais práticos. O modelo atual está fadado ao fracasso. A velocidade com que as coisas acontecem hoje não permitem mais a postergação, o deixar pra fazer amanhã. Penso que esta mudança vai do individual para o coletivo, mas com base na verdade e na confiança. Espero assistir e, principalemtne, atuar neste no cenário.
    Abraço

  11. cnepomuceno disse:

    Eduardo e Rodrigo, grato pela colaboração.

    O que acho que fica é uma reflexão sobre a relação nossa com o que chamamos de piloto automático, olhá-lo de forta. E perceber que o conjunto dos pensamentos é algo histórico, que vem de outros pensadores do passado.

    Os melhores a serem seguidos tb são os que já morreram que, infelizmente, não estão no Twitter.

    Vamos adelante,

    abraços
    Nepô.

  12. Nepô,
    provavelmente, esta foi a aula mais desgastante que tivemos. 🙂

    Até então, eu definiria o conhecimento como uma “cola” que conecta tudo que aprendemos e lembramos. E quanto mais conexões criamos, mais difícil é esquecer e mais fácil construir novos links. Piaget demais, sei bem. Pensamos e construímos o conhecimento como um hipertexto (e eu que nunca tinha feito o caminho inverso!), não é? Mas agora não sei! Sei apenas que é um dos pilares fundamentais para a vida de um ser humano saudável. Se hoje caminhamos por cidades, para o bem ou para o mal, é porque tivemos várias formas de adquirir e repassar o que e como aprendemos.

    Será o conhecimento um verbo e um substantivo? Ainda não consigo responder objetivamente. Talvez seja uma rara palavra no dicionário português brasileiro que tenha talento para ser alemã.

    Um abraço e até a próxima!

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