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Ainda sobre o bate-bola que aconteceu na troca com as pessoas que foram na palestra das Manhãs Digitais ao discutirmos sobre o espaço de mídia, a partir da chegada de uma nova.

Defendi a idéia de que cada mídia que chega entra em uma espécie de metrô lotado.

Quando uma midia chega todo mundo se ajeita no vagão do metrô...

Quando uma mídia chega todo mundo se ajeita no vagão do metrô...

Tá todo mundo no seu canto e aí começa aquele empurra-empurra para a chegada do pessoal da nova estação.

Há uma arrumada geral no carro para que ele possa fechar a porta e partir.

Um ajuste que ocorreu com a chegada da rede.

Não há substituições, mas acomodamentos.

Quem está dentro muda para acomodar quem chega. E quem chega se ajeita para conviver com que está dentro.

O carro parte, todo mundo relaxa, até que vem outra estação, aparece uma nova mídia, ou uma faceta diferente das que estão no carro e o processo se recoloca.

Há uma inteligência humana que não desperdiça nada que é bom e que continua válido.

Um livro (como mídia) serve para várias coisas em vários momentos, mas nem para tudo como era anteriormente.

Quando se expandir a idéia do Kindle da Amazon e pudermos ler na poltrona tudo que já está na rede de graça, muita coisa vai mudar no mercado editorial.

É uma nova galera que entra e vai precisar dar uma mexida no vagão.

Assim, se vamos pensar no futuro das mídias, elas caminham para a complementariedade, o que nos leva a pensar que as que terão sucesso serão aquelas que estiverem sempre aberta para dar espaço para o novo, se puder até incentivá-lo, estar na ponta, para que possa o mais rapidamente possível tirar proveito do que virá.

O metrô segue.

Que pensas?

———–complemento do post ———-

Coluna do Zuenir do Globo de hoje – 14/02 – coloca a questão de outra forma, também interessante. Apenas, algumas tecnologias mudam mais radicalmente o uso de outras, como foi no caso do MP3 X CDs. No livro, isso vai acontecer, mas não vai acabar, mas mudará radicalmente.

Coluna Zuenir Ventura - no Globo do dia 14/02/09

Coluna Zuenir Ventura - no Globo do dia 14/02/09

2 Responses to “As mídias no metrô lotado”

  1. Antonio Pedro disse:

    Achei interessante a idéia de comparar novas mídias com o metrô lotado. Acredito que nenhum tipo de comunicação deixa de existir completamente; o que acontece realmente é uma acomodação do que havia antes e o que chegou de novo.

    É claro que alguns meios se tornam obsoletos com o tempo (caso do sinal de fumaça, por exemplo), mas até o código morse ainda é útil e é utilizado em situações de guerra.

    Portanto, sempre fui crítico daqueles mais radicais que sempre dizem algo como “a Internet vai matar os jornais”, ou “a TV enterrou o cinema” e assim por diante. Cinema deixou de existir por acaso? Já fez mais de 100 anos e continua aí. É claro que não com o mesmo impacto, agora dividindo atenções com os diversos outros meios.

    Com relação ao Kindle, acredito que terá seu público e crescerá rapidamente. Porém, não creio que irá substituir os livros e seus adeptos. Mesmo com toda sua comodidade, muitas pessoas ainda não gostam de ler em uma tela por um tempo prolongado. Além disso, também não poderão virar páginas, escrever comentários nelas, riscá-las e tudo o mais.

    Ou seja, será mais uma forma diferente de ter acesso a informações que se juntará as demais.

  2. cnepomuceno disse:

    Antônio, discutimos essa questão do livro ontem no Wikishop de Brasília….fecho com tudo e acho que cada coisa terá o seu lugar.

    Não acredito em quem diz que tudo vai mudar tudo e nem em quem acha que nada vai mudar nada.

    O equilíbrio, que é difícil, é uma arte.

    Valeu o comentário,

    Nepomuceno.

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