O áudio do artigo (exclusivo para os Bimodais, com exceção das quartas, quando disponibilizo na rede.)
Link encurtado: https://encurtador.com.br/mCLN5
Os Mapas Mentais do Artigo:
Síntese do Artigo:
Resumo feito pelo Tio Bard:
Para evitar o zumbilismo digital, é importante ter um projeto de felicidade forte. Isso significa ter metas claras e valores que orientem as suas escolhas. Quando você tem um projeto de felicidade forte, você é menos propenso a se deixar levar por conteúdos que não são relevantes para você.
Frases de Divulgação do Artigo:
- Os nãos da nossa vida, entretanto, só são possíveis de serem ditos, quando temos a clareza dos nossos sins.
- É natural que estejamos vivendo um enorme e profundo curto-circuito na passagem de uma Mídia de Massa para uma Mídia de Nicho.
- Projetos Mais Fracos de Felicidade são os que nos levam ao Zumbilismo Digital, a um consumo e a produção de conteúdo sem nenhum foco.
- Portanto, o consumo e a produção da informação do Sapiens 2.0 precisam estar alinhados com Projetos Mais Fortes de Felicidade.
- Felicidade é a produção interna continuada de sensações positivas, a partir de uma série de escolhas que fazemos na nossa vida.
- Estamos mais preocupados na quantidade e não na qualidade dos seguidores que passamos a ter.
- Estamos aumentando exponencialmente a demanda e a possibilidade de nos personalizar e não estamos preparados para isso.
- Não existe ninguém na Mídia Digital colocando uma arma na cabeça de ninguém, obrigando aquela pessoa a ficar ali ligadão.
O artigo faz parte de qual linha de pesquisa Bimodal?
Vamos ao Artigo:
“Não temos um problema de excesso de informação, mas de filtros.” – Clay Shirky.
Neste artigo, continuamos a analisar o texto do livro “Foco roubado: os ladrões de atenção da vida moderna” de Johann Hari e começamos a incorporar também o texto do livro “TikTok Boom: um Aplicativo Viciante e a Corrida Chinesa Pelo Domínio das Redes Sociais” de Chris Stokel-Walker na Narrativa Bimodal.
O livro “TikTok Booom” procura contar a história do Tik Tok, a primeira grande startup chinesa, que foge do padrão da cópia e cria algo diferente.
Foi um livro que mais fui informado do que houve repasse de vivências como foi o caso da leitura do livro “Unicórnio verde-amarelo” de Paulo Veras (fundador) e Tania Menai (redatora).
No livro de Walker Fiz apenas 39 marcações – uma das menores dos últimos livros – pois a obra é mais factual do que reflexiva – o que me deu menos margem para minhas reflexões.
Nosso objetivo aqui é, aproveitando as provocações do autor, falar sobre a relação entre Felicidade e consumo e produção da informação.
O TikTok tem o mérito de aprimorar o que vamos chamar de Mídia de Nicho.
A Mídia de Nicho é aquela que nos permite personalizar de forma exponencial nosso consumo e produção de informação.
O TikTok é um exemplo da Mídia de Nicho já que:
Um uso intenso e bem feito das Máquinas que Aprendem e Decidem com o Uso (Maqacus), também chamada pelo mainstream de Inteligência Artificial;
O estímulo de vídeos extremamente curtos, o que permite um conhecimento muito maior sobre as preferências dos usuários.
Podemos dizer, antes de tudo, que:
O Tik Tok é um Youtube com vídeos mais curtos.
Por causa da brevidade dos vídeos, as Maqacus do TikTok conseguem ser muito mais eficazes em termos de conhecer o gosto dos usuários.
O TikTok analisa:
Que tipo de vídeo você vê, principalmente aqueles que visualiza até o final e até repete;
Aqueles que você pula, o que comenta e ou ou compartilha.
Diz ele:
“O algoritmo permite fornecer conteúdo de acordo com o histórico de visualização e os interesses dos usuários. É um tipo de visão panorâmica e superior, que bebe direto da enxurrada de vídeos postados todos os dias.”
Ele detalha uma diferença importante:
“O algoritmo do TikTok usa o chamado “gráfico de conteúdo”, levando em consideração o que já assistimos, em vez de um “gráfico social”, que leva em conta os perfis que seguimos.”
O TikTok consegue, muito mais do que Youtube, personalizar o acesso daquilo que você gosta mais e isso, apesar das críticas, é muito bom.
Vídeos rápidos são mais afinados com um ambiente em que temos mais excesso de informação do que no passado.
As pessoas têm menos tempo e isso se encaixa bem neste novo cenário.
De maneira geral, as críticas que são feitas a esse tipo de uso das Maqacus é de que esse tipo de mídia vicia de propósito.
É importante dizer, entretanto, que toda a mídia tem e teve um lado viciante, seja ela qual for.
No passado, as pessoas já foram bem viciadas – e também foram estimuladas a isso – por livros, jornais, revistas, pelo rádio e pela televisão.
Temos diversos apelos na sociedade – não só na mídia – para que nos deixemos viciar por determinadas atividades.
Obviamente, que alguém quer que você passe a ser um consumidor frequente, assíduo e cabe a cada pessoa dizer se quer ou não fazer isso.
E isso nos traz para a nossa conversa sobre Felicidade 2.0 ou Felicidade Blockchain.
Não é a mídia que gera problemas nas pessoas, mas são as pessoas que se deixam levar por que é negativo nas mídias.
Não existe ninguém na Mídia Digital colocando uma arma na cabeça de ninguém, obrigando aquela pessoa a ficar ali ligadão.
Como disse no artigo passado, estamos vivendo um difícil e complicado momento de Adaptação Midiática.
Nossas mentes foram preparadas para viver em um mundo de escassez não só de consumo como de produção informacional.
Nossos Paradigmas foram todos construídos para viver em uma civilização que está chegando ao fim.
É natural que estejamos vivendo um enorme e profundo curto-circuito na passagem de uma Mídia de Massa para uma Mídia de Nicho.
Precisamos de novos Paradigmas para viver em uma Civilização com informação mais abundante.
Estamos aumentando exponencialmente a demanda e a possibilidade de nos personalizar e não estamos preparados para isso.
Quando Clay Shirky nos diz:
“Não temos um problema de excesso de informação, mas de filtros.”
Interpreto essa frase da seguinte maneira:
A filtragem de informação precisa de ajustes em três ferramentas importantes:
Filtros Essenciológicos – paradigmas diferentes de por que e para que consumimos conteúdo, definindo critérios mais de dentro para fora do que de fora para dentro;
Filtros Metodológicos – metodologias diferentes para o consumo de conteúdo;
Filtros Tecnológicos – tecnologias diferentes para o consumo de conteúdo.
De maneira geral, na escassez da informação que vivíamos os Filtros Informacionais eram adequados e agora deixaram de ser.
Atualmente, precisamos dizer não para muito mais coisas que estão disponíveis em termos de conteúdo do que no passado.
Temos, assim, na Filtragem Informacional 2.0 que aprender a dizer não.
Os nãos da nossa vida, entretanto, só são possíveis de serem ditos, quando temos a clareza dos nossos sins.
Um Ambiente de Sobrevivência com informação mais abundante demanda OBRIGATORIAMENTE uma clareza maior dos nossos projetos de curto, médio e longo prazo.
Eis as regras para que possamos fazer melhores escolhas:
Se temos uma meta mais bem definida na vida, fica mais fácil dizer sim para algo e não para outro;
Se NÃO temos uma meta mais bem definida na vida, fica mais difícil dizer sim para algo e não para outro.
Temos ainda um outro agravante nos desafios informacionais do Sapiens 2.0.
No passado, havia os produtores de informação mais centralizados e todos nós éramos, na sua grande maioria, apenas consumidores de conteúdo.
Hoje, cada pessoa é, com mais ou menos intensidade, ao mesmo tempo, produtor e consumidor de conteúdo, basta ter um celular com internet.
Nós não fomos formatados para viver em um mundo em que você pode ser um conteudista.
Da mesma maneira, que o consumo de informação exige um desafio de filtragem, a possibilidade de produção de conteúdo, demanda novos Paradigmas.
O consumo e produção de conteúdo do Sapiens 2.0 precisam estar afinados com os respectivos Projetos de Felicidade.
Isso se evidencia quando lemos algo assim no livro sobre “Foco” de Johann Hari:
“Outra vez fui ver a Mona Lisa em Paris, e só serviu para descobrir que agora ela fica permanentemente escondida atrás de uma muralha de gente, como naqueles amontoados do rúgbi. É gente de todas as partes da Terra, empurrando-se para poder avançar, e cada um que chega vira-se imediatamente de costas para ela, tira uma selfie e volta batalhando para abrir caminho no meio daquele bolo de gente. (…) Ninguém – uma única pessoa – olhou para a Mona Lisa por mais de alguns segundos. O sorriso dela não parece mais um enigma. A impressão é que ela está olhando para nós, empoleirada lá na Itália do século 16, e perguntando: “Por que vocês simplesmente não olham pra mim como faziam antes?”.
Aqui, temos o exemplo típico do problema da produção da informação voltada para os outros e não para a própria pessoa.
Temos aqui um problema grave de Projetos de Felicidade.
Os Projetos de Felicidade 1.0 não são mais adequados para o Sapiens 2.0.
É preciso fazer um ajuste nos Projetos de Felicidade do Sapiens 2.0 para que ele possa viver, de forma mais adequada, em um mundo no qual você pode consumir muito mais conteúdo e poder produzi-lo por conta própria.
Ocorre algo assim.
Estamos com os Paradigmas da Mídia de Massa sem entender o que é exatamente uma Mídia de Nicho.
O grande barato do Mundo Digital é a possibilidade que temos de nos personalizar e encontrar parceiros na nossa caminhada originalizadora.
Um artista que mora numa cidade do interior que ninguém valoriza a arte pode hoje ter contato com outros perfis similares – o que era impossível no passado.
Note que no passado havia um intermediador da mídia de massa que fazia, a partir de critérios fechados e particulares, a seleção de quem ia ou não ia, ter espaço na sociedade.
Hoje isso mudou.
Porém, o que queremos ainda é sermos adorados por multidões e não criar nichos originalizadores, nos quais podemos ser cada vez mais nós mesmos.
Estamos mais preocupados na quantidade e não na qualidade dos seguidores que passamos a ter.
Nesta Mídia de Nicho podemos:
Ser admirados e admirar perfis parecidos;
Consumir produtos tangíveis e intangíveis compatíveis com nossas particularidades;
E conseguir oferecer produtos tangíveis e intangíveis e sobreviver com atividades que antes não eram viáveis de financiar nossas vidas.
No livro do Tik Tok de Stokel, ele lembra a frase de Andy Warhol de que qualquer um pode desfrutar de quinze minutos de fama.
Repare que a “fama” é vista como objetivo, mesmo que seja de 15 minutos.
Num Projeto Mais Fraco de Felicidade confundimos o objetivo com as ferramentas para se chegar nesse objetivo.
Felicidade é a produção interna continuada de sensações positivas, a partir de uma série de escolhas que fazemos na nossa vida.
Temos dentro de nós uma usina de sensações positivas que precisa ser acionada para que possamos aumentar nossa Taxa de Felicidade.
Fazemos escolhas para que possamos manter nossa Usina de Sensações Positivas a pleno vapor.
Nossa Usina de Sensações Positivas exige que conheçamos nossos Eus Internos, que são os operários dessa fábrica.
Em um Projeto Mais Fraco de Felicidade confundimos o que é o meio com o que é fim.
Fama, Status e Dinheiro não necessariamente fazem com que nossa Usina de Sensações Positivas funcione a pleno vapor.
Para que nossa Usina de Sensações Positivas funcione melhor, temos que agradar aos nossos Eus Internos para que eles trabalhem com todo gás.
Quando você ignora a demanda de seus operários internos da tua Usina de Sensações Positivas, simplesmente, eles entram em greve.
Portanto, o consumo e a produção da informação do Sapiens 2.0 precisam estar alinhados com Projetos Mais Fortes de Felicidade.
Eis as regras da Felicidade e dos problemas com o consumo e produção informacional no Mundo Digital:
Projetos Mais Fracos de Felicidade são os que nos levam ao Zumbilismo Digital, a um consumo e a produção de conteúdo sem nenhum foco;
Projetos Mais Fortes de Felicidade são os que nos tiram do Zumbilismo Digital e nos levam a um consumo e a produção de conteúdo com melhor foco.
É isso, que dizes?
“Nepô é o filósofo da era digital, um mestre que nos guia em meio à complexidade da transformação digital.” – Leo Almeida.
“Carlos Nepomuceno me ajuda a enxergar e mapear padrões em meio ao oceano das percepções. Ele tem uma mente extremamente organizada, o que torna os conteúdos da Bimodais assertivos e comunicativos. Ser capaz de encontrar e interrelacionar padrões é condição “sine qua non” para se adaptar aos ambientes deste novo mundo.” – Fernanda Pompeu.
“Os áudios do Nepô fazem muito sentido no dia a dia. É fácil ouvir Nepô é colocar um óculos para enxergar a realidade.” – Claudio de Araújo Tiradentes.
Tenho duas sugestões para que você possa apoiar e participar do nosso projeto:
a) entrar para a escola na décima primeira imersão batizada de Felicidade 2.0. O valor é de R$ 715,00, ficando até o final de junho de 2024.
Terá com isso: áudios de 18 minutos todos os dias, acesso ao novo livro “Sapiens 2.0: como viver melhor em um mundo muito mais descentralizado, dinâmico e inovador?”, participação nas lives mensais lives.
Basta depositar no pix / cnepomu@gmail.com
b) caso esteja sem tempo para entrar para a escola, mas gosta muito do nosso projeto, peço que colabore com um PIX para mantê-lo vivo, pode depositar qualquer valor no seguinte e-mail: cnepomu@gmail.com
Quem depositar qualquer valor, poderá fazer os cursos avulsos que faremos ao longo do semestre.
Agradeço à adesão à escola ou a colaboração via PIX para o nosso projeto.
Forte abraço,
Nepô.
Com prazer informo que meu novo livro foi este mês para as livrarias. Já está à venda na Amazon: https://a.co/d/3r3rGJ0