“O homem está sempre disposto a negar tudo aquilo que não compreende.” – Blaise Pascal.
Que estamos nos horizontalizando, todo mundo percebe. John Naisbitt fala isso no livro dele “Megratrends“, já em 1982.
Falar da horizontalização como um sintoma é parte do desafio diante do enigma do digital. A principal barreira, entretanto, é identificar o motivo.
Podemos, diante de qualquer fenômeno, de dois tipos de causas conhecidas: a primária e a secundária.
Uma febre foi provocada por uma pneumonia (secundária), que ocorreu por que a pessoa foi submetida a um frio intenso (primária).
O avanço da ciência é a descoberta de causas primárias, até então, desconhecidas, como, por exemplo, a relação entre aumento populacional e o surgimento de novas mídias.
A maior parte dos analistas que estudam a atual horizontalização acreditam que é um fenômeno sem causa aparente. Acontece como algo impossível de se compreender cientificamente.
A horizontalização que estamos vivendo faz parte de um fenômeno recorrente da jornada humana. Uma resposta espontânea ao aumento populacional.
A causa da atual horizontalização é o aumento populacional, que se inicia (fator detonante), a partir da chegada e massificação de uma nova mídia.
Na macro história, podemos observar, com o aumento da complexidade demográfica, um processo contínuo de horizontalização da informação e da administração.
A chegada da mídia digital, com uma anatomia mais horizontal, permitiu que a sociedade pudesse começar a viver um processo de horizontalização mais radical e exponencial.
Mas isso é muito importante observar: a tendência pelo horizontalização atinge as pessoas de diferentes maneiras. Quanto mais apegado ao antigo modelo, mais difícil é aceitar e se adaptar ao novo.
Uma tecnoespécie como a nossa (podem haver outras em outros planetas) pode crescer a população e se vê obrigada, sem opção, de horizontalizar o modelo administrativo.
Quem não se horizontalizar ao longo do tempo, por algum motivo, perde a capacidade de aumentar a taxa de prosperidade e aumenta a da pobreza.
Quem não se horizontalizar ao longo do tempo, por algum motivo, passa a virar zona de abandono reduzindo a taxa de zona de atração.
Podemos afirmar que uma tecnoespécie, que tem o aumento populacional como um movimento estrutural, tem na horizontalização progressiva uma característica permanente, apenas com idas e vindas.
A horizontalização progressiva tem fases incrementais, radicais e disruptivas, que variam conforme a anatomia das novas mídias que chegam e se massificam.
Vivemos hoje o resultado da horizontalização provocada pela chegada do digital. O objetivo: permitir ao Sapiens lidar melhor com 8 bilhões de habitantes.
É isso, que que dizes?
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