Muitos perguntam por que aumentamos a taxa de imprevisibilidade sobre o futuro.
Explicações começam com a globalização, com a cada vez maior interdependência dos mercados, mas, a meu ver, o motivo principal é: massificação de novas mídias descentralizadoras, a partir da primeira década do novo século.
Mídias são o epicentro da espécie e definem a forma como as trocas humanas são possíveis.
Mídias centralizadas, como tínhamos no passado, estabeleciam maior verticalização dos mercados.
Mercados e comunicação mais verticais, maior controle de determinadas organizações sobre a sociedade.
A saber: maior taxa de passividade do consumidor e maior barreira de entrada para novos concorrentes.
O futuro, não resta dúvida, era muito mais certo do que incerto; muito mais controlado do que descontrolado.
A massificação de mídias descentralizadoras contribui, portanto, para que aumentássemos em muito a taxa de imprevisibilidade sobre o futuro.
São variantes maiores, o que nos leva a equação mais complexa.
O futuro, saiba você, tem um preço. E este subiu muito nas últimas décadas, pois passou de previsível para imprevisível.
É fato:
Quanto mais disruptivo for o futuro, mais caro ele fica.
Apesar da competitividade das organizações depender cada vez mais de cenário futuro eficaz, o investimento na área de Inteligência Competitiva de longo prazo continua, inexplicavelmente, muito baixo.
É bom avisar por aí sobre a a seguinte regra:
Na dúvida, invista em reflexão e não em ação duvidosa.
A competitividade, mãe de todas as organizações, vai agradecer emocionada.
É isso, que dizes?
Este texto em áudio:
https://youtu.be/FHLuBS-ui14