Sempre nos organizamos em rede.
Sempre precisamos do conhecimento e da informação para sobreviver.
Assim, não me parece próximo da realidade afirmarmos que somos a primeira sociedade do conhecimento, da informação ou da rede.
Pois seríamos, a partir daí, uma humanidade sem história.
Uma primeira sociedade nova na qual algumas coisas nunca vistas antes emergiram do nada como um gigante meio ET!!!
(Cuidado com muitos autores americanos, pois eles não gostam da história do mundo…)
Dentro dessa lógica, pela primeira vivemos tais aberrações, quando, na verdade, isso tudo que vivemos tem passado.
Há uma revisão teórica para pensar o mundo formado em redes.
A família é uma rede.
A empresa é uma rede.
Os paises são redes.
Que se articulam de determinada maneira.
Asssim, há redes e redes.
Podemos dizer que há uma mais ampla e geral, uma rede de conhecimento, na qual existe uma forma predominante, mutante e sempre mais sofisticada pela qual as informações circulam na sociedade, que criam ecologias informacionais distintas.
De forma arbitrária, pois se pode fazer outros cortes no passado, podemos identificar, inspirados em Lévy, três grandes redes de Conhecimento na história humana:
- A Rede Oral – baseada na fala – que permitiu a articulação entre os humanos no mesmo local, num modelo interativo um-um;
- A Rede Escrita – baseada nos alfabetos – que permitiu a articulação entre os humanos , no qual o emissor poderia estar longe do receptor, num modelo interativo um-muitos, na qual se inclui, pela lógica o rádio e a tevê;
- E, por fim, a Rede Digital, que se inicia com o computador, digitalizando os registros do passado e permitindo o modelo interativo muitos-muitos a distância, com a chegada da Internet.
Esses longos ciclos permitiram avanços na sociedade e foram ambientes informacionais que suportaram o aumento vertiginoso da população, nos dando a possibilidade da troca de idéias que necessitávamos.
O interessante é que cada uma dessas redes teve sua evolução própria, com uma lógica, digamos, bastante similar, o que – estudando mais a fundo – nos permitirá não só compreender determinados ciclos que estamos vivendo com a Internet, mas também o que possivelmente está por vir.
Há uma lógica que se repete!!!
Digamos que acontece algo da seguinte forma na vida de cada rede:
- Uma nova tecnologia informacional aparece de forma rudimentar e é utilizada pelos nerds de cada época;
- Cria-se uma indústria ou empreendedores que divulgam a nova tecnologia (os oradores, escribas, livreiros, fabricantes de computador, etc…), que reduz o custo do “acesso” às novas plataformas, como foi o caso da expansão da banda larga;
- Massifica-se, assim, a tecnologia, que passa a se tranformar em cultura, vide a Web 2.0, a partir do uso intenso da banda larga;
- A sociedade se adapta a nova forma de se produzir conhecimento;
- Muda-se a sociedade, moldando o mundo humano a nova forma de articualção da nova rede (no nosso caso atual a da articulação muito para muitos);
- Cresce a demanda por novos ambientes informacionais, que resolvam problemas do passado;
- E surge dentro do processo uma nova Rede embrionária que servirá para enriquecer a anterior, num ciclo contínuo de mudanças.
De uma forma inteligente, aproveita-se o que há de melhor em cada uma delas, num processo sábio de sobrevivência.
É essa lógica que me parece que se aproxima mais com o que estamos assistindo e nos possibilitará visualizar o futuro de novas formas de articulação, que suponho será, como mostra a história de novas articulações informacionais, do tipo eu-robô (agente de informação inteligente) e dos robôs-robôs (negociando por nós), mas isso é assunto para outro post.
Que dizes?
Este post dá continuidade sobre aquele dos ecosistemas da informação…
Logo depois complementei o assunto em:
A reforma do consumo e Web 2.0: você está pronto para dividir o poder?
[…] cada nova rede de conhecimento, o ser humano amplia a possibilidade para mais gente poder se expressar, criando um processo de […]
[…] As redes sempre existiram. […]
[…] (Comentário posterior: postei depois deste post outros sobre os ecosistemas de informação e sobre as redes de conhecimento.) […]
[…] baseada no papel, na mídia de massa e no computador isolado para outra conectada mundialmente em rede colaborativa, na qual as organizações vão se moldar ao novo ambiente […]
[…] entre os humanos na área informacional: tivemos camadas, no qual predominaram o um para um (na rede de conhecimento oral), um para muitos (na rede de conhecimento escrita), muitos para muitos (na atual rede de […]
[…] ambiente oral, precisou da escrita (para deixarmos recados) e deste partimos para a rede digital, com o computador, (pavimentando e virtualizando o mundo, gerando processadores de dados fora das […]
[…] um novo tipo de rede de conhecimento na […]
[…] a rede de conhecimento traz um preço a ser […]
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[…] dificuldade de poder perceber as diferentes mudanças que aconteceram ao longo da história dos ambientes de informação e conhecimento, tais como a chegada da fala, da escrita, do computador e, por fim, da […]
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[…] São, nesse aspectos, gurus de uma nova cognição mais adequada à rede de conhecimento digital. […]
[…] que as redes de conhecimento têm diversas fases internas, eu separaria em: 1) fase de laboratório – quando a nova tecnologia de […]
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[…] Na verdade, o exercício do poder é justamente tentar controlar essa velocidade para não perder o controle do fluxo, colocando barreiras para que não saia de controle, mas, como a história tem demonstrado, de tempos em tempos, é necessário dar um upgrade no processador de conhecimento humano, saltando de um ambiente para outro. […]
[…] A tendência é esse processo se acelerar cada vez mais, enquanto tivermos aumento populacional e, por sua vez, a exigência de mais e mais velozes ( e por consequência complexos) ambientes de conhecimento. […]
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