Não estamos numa época de mudanças, mas em uma mudança de época – Chris Anderson, da minha coleção de frases.
Galera, assistimos, até o momento, a fase 1 da nova civilização.
Colocamos na mão de bilhões de usuários, um computador em rede e a maioria deles já se sente à vontade para usar.
Decreta-se o fim de uma etapa.
(Sim, tem outros bilhões que ainda não chegaram e deve-se ter políticas para isso.)
Outro dia um repórter me perguntou se ainda existem oportunidades para pequenos empresários na Internet.
Ri e disse que tudo estava apenas começando.
(Há um mercadaço para transformar o mundo 1.0 para 2.0, todas as empresas, cidades, etc…)
O problema é que achamos que a mudança atual é tecnológica.
Termina nela mesma.
Porém, a fase, digamos mais fácil, por incrível que pareça foi essa.
Adotamos a tecnologia, mas não mudamos a nossa maneira de pensar.
Adotamos e adaptamos o computador ao nosso jeito e não o contrário,
Agora, entretanto, vem a fase II: mudanças sociais.
E isso implica mudança cognitiva.
Tudo vai bem, se não tenho que mudar a maneira que vejo o mundo e ajo.
Mas para fazer isso, preciso passar por um longo ciclo.
- a) ser coo-vencido;
- b) ver o que preciso fazer, primeiro passo;
- c) dá-lo efetivamente.
Isso leva tempo.
Muita gente vai começar a achar que a onda passou e vamos continuar do jeito que estávamos.
O problema que o empoderamento da população com armas democráticas, tal como blogs, twitters, comunidades vão começar a cobrar mudanças.
Semana passada, o líder do governo do Senado disse que o projeto 2.0 Fichas Sujas, que teve mais de 1 milhão de assinaturas não é do “Governo”, mas da “Sociedade”.
As cartas dos leitores nos jornais perguntam: o governo não é do povo e em seu nome será exercido?
Claro que não!
Isso é uma mentira, que foi sustentada em um tempo que o cidadão não tinha armas cognitivas comunicacionais na mão.
Que havia um tipo de controle da mídia que esse tipo de mentira era senso comum.
Agora tem e começa-se a ter força e voz quem não concorda e diz outra verdade.
E vão aprender a usar essas armas para, de fato, mudar e não apenas reclamar.
É isso que começa a rondar a cabeça das pessoas….e de vários novos líderes por aí, com ideias, projetos, sugestões, produtos….
A mesma coisa é a escandalosa e verdadeira matéria na Exame, na qual diz com todas as letras:
O discurso da “maximização” da satisfação do cliente é uma falácia. Esse não é objetivo de nenhuma empresa – Revista Exame, após pesquisa sobre atendimento a consumidores;
Caraca, note que não é um texto do jornal do PSOL, mas da Exame!
O consumidor vai cobrar agora que ele volte à ter razão. E isso estará cada vez mais em pauta e se procurará empresas que queiram entender a nova lógica, bem como, se articular para que mudanças ocorram.
É a fase II:
Como faço para que mudemos o mundo, a partir da casa das pessoas, com meu teclado e mouse?
A fase que entramos agora será em ritmo muito mais lento, pois trata-se agora da briga objetiva e concreta entre duas visões de mundo.
O capitalismo pré-ruptura do controle informacional x o capitalismo pós-descontrole, já que o socialismo não está mais na roda.
(Blogo sobre isso depois.)
Uma briga de cachorro grande que podemos ajudar, tendo compaixão com os que querem resistir, ajudar quem pode vir a ser excluído e garantir que a humanidade que possa vir seja um pouco melhor do que a atual com os novos paradigmas.
[…] nisso, e também numa frase lida no blog do Carlos Nepomuceno – “Não estamos numa época de mudanças, mas numa mudança de época – Chris […]
[…] Link para o post “Freio de mão 1.0″: http://nepo.com.br/2010/05/17/freio-de-mao-1-0/ […]