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Introdução
O presente artigo tem a (s) seguinte hashtag (s):
- #Cidade_2.0 – as pessoas terão mais desapego ao local que vivem, a partir das novas Tecnopossibilidades Digitais.
O texto é um Artigo Bimodal Rompedor, pois é a primeira vez que abordamos tais questões dessa maneira.
É um Artigo Bimodal Fenomenológico (estudo do fenômeno). Não é, portanto, um Artigo Epistemológico (organizativo), pois NÃO trabalha com o detalhamento do Arcabouço Conceitual e nem levanta questões Aplicalológicas (aplicação dos estudos).
Resumo do artigo em tabela:
Vamos ao artigo:
“Há um desequilíbrio na televisão, pois eu posso falar com você, mas você não pode falar comigo.” – Shirky.
Antes da escrita, há milênios, as pessoas viviam isoladas em suas respectivas aldeias e só recebiam notícia, através de mensageiros de carne e osso.
Havia, em função da falta de mídias mais sofisticadas, uma limitação das trocas de informação com outras aldeias.
As pessoas viviam mais isoladas e fortemente apegadas ao local que viviam.
A escrita – uma nova mídia que surgiu há cerca de 9 mil anos – permitiu, ao longo do tempo, que as pessoas passassem a receber informações de fora da sua própria aldeia.
Não só informações gerais, através de jornais e livros, mas também a possibilidade de trocar cartas com parentes, amigos e conhecidos, conforme as pessoas foram dominando o ler e escrever.
(A disseminação da escrita ocorreu, de forma exponencial, a partir da chegada da Prensa, em 1450, na Alemanha).
As mídias são, não é de hoje, a “placa-mãe” das interações humanas e regulam, em larga medida, a nossa relação do tempo e lugar.
Quando temos a chegada de alguma mídia mais sofisticada há uma quebra das barreiras de tempo e lugar.
Tecnologias têm esse tipo de “mágica”, pois o que era impossível fazer antes, passa a ser possível agora.
Mídias mais sofisticadas permitem que pessoas possam se informar sobre fatos e interagir com distantes.
Novas Mídias permitem que as pessoas passem a ser um pouco mais cosmopolitas (com uma visão mais global) e menos locais do que eram antes.
Muitos não perceberam, mas tudo que falamos hoje sobre o avanço da globalização foi viabilizado pelas mídias mais sofisticadas.
Novas Mídias permitem, no passado e no presente, o intercâmbio de ideias fora das “aldeias” e estimulam que pessoas com determinado perfil possam se sentir mais livres para escolher onde morar.
Novas Mídias, assim, do ponto de vista da moradia, permitem que haja um aumento da Taxa de Desapego do local em que se vive.
Quanto mais a Nova Mídia permite a troca de informações com o distante, mais as pessoas tendem a se sentir MENOS apegadas ao local onde vivem.
Mais e mais haverá uma tendência de um tipo de pessoa, mais desprendida do lugar em que vive.
Estamos vivendo com o Digital, de alguma forma, um aumento radical da Taxa de Nomadismo.
Taxa de Nomadismo pode ser entendida como um aumento da circulação de pessoas pelo mundo, a partir, do nosso ponto de vista, das novas Tecnopossibilidades Midiáticas.
Seremos por causa do Digital mais nômades hoje do que fomos no passado recente.
A Internet expandiu, de forma exponencial, a quebra da barreira de tempo e lugar, aumentando em muito a Taxa de Desapego à cidade onde cada um vive.
A Taxa de Desapego é uma medição de ordem subjetiva de quanto as pessoas ficam, mais ou menos, apegadas a qualquer coisa. No caso aqui estamos aplicando o conceito ao lugar em que as pessoas moram.
Hoje, principalmente depois da pandemia, onde vários preconceitos de novos Hábitos Digitais foram reduzidos, o trabalho a distância passou de algo pouco utilizado para uma atividade muito mais comum na vida das pessoas.
Pessoas e organizações perceberam ao longo da pandemia que cometiam verdadeiros absurdos ao ter que se deslocar – sem necessidade – para reuniões presenciais, quando poderiam fazer tudo a distância.
O aumento exponencial do trabalho a distância, viabilizado pela Mídia Digital, será um divisor de águas na história das organizações de maneira geral e nas cidades, em particular.
O trabalho está deixando de ser local e passou a ser, cada vez mais, global.
Há uma relação estreita na relação trabalho-moradia. Quanto mais você sentir preso ao seu trabalho, mais se sentirá preso à cidade onde trabalha.
Podemos dizer que a pandemia trouxe, de fato, muito sofrimento, mas deixou um legado muito positivo: foi um impulso e tanto para o aumento da Digitalização da sociedade.
Muito do que o Digital oferecia antes da pandemia só passou a ser valorizado ao longo da mesma.
O aumento radical da prática do Trabalho a Distância é um dos fatores que marcará a vida das Cidades 2.0.
As pessoas, ao não trabalhar cada vez mais na mesma cidade em que moram, terão, por tendência, um hábito de não estabelecer tantos vínculos com a mesma.
Isso terá impactos, por exemplo, no mercado de imóveis, pois vai se preferir mais o aluguel do que a compra.
Além disso, cada vez mais, cidades terão que se esforçar para atrair Trabalhadores Nômades.
Isso implica procurar gerar atratividades para que as pessoas que trabalhem a distância queiram desfrutar de determinadas facilidades, tais como segurança, lazer, comércio, qualidade de energia e conexão, redução de impostos, etc.
Outro ponto importante é a facilidade de deslocamento , pois nem tudo se resolve à distância, o que nos permite imaginar que o acesso a aeroportos, ferrovias e ônibus fará grande diferença.
Porém, além do aumento da Taxa de Desapego e dos novos atrativos, que passarão a gerar valor, nas Cidades 2.0 é preciso analisar o radical e exponencial aumento da Taxa de Personalização.
Taxa de Personalização é a métrica que é feita, a partir das demandas particulares que as pessoas passam a ter com o contato diário com uma Mídia Mais Descentralizada.
A Internet tem criado um aumento radical na Taxa de Personalização (falei mais sobre isso aqui.)
Cada vez mais, as pessoas estão procurando estabelecer relações a distância com pessoas que tenham hábitos similares e, principalmente, os mesmos valores.
Podemos dizer que veremos surgir na Civilização 2.0 o fenômeno de Cidades Valoráticas.
Civilização 2.0 é um mundo regido, a partir de disruptivos Macro Modelos de Sobrevivência, que passam a ser possíveis pelas Tecnopossibilidades Digitais.
Cidades Valoráticas serão aquelas que reúnem pessoas que tenham valores similares.
Pessoas vão escolher onde morar TAMBÉM pela característica dos valores sociais e políticos de cada local.
Assim, por tendência, haverá uma procura de locais em que o modelo de administração da cidade e diversas políticas locais estejam de acordo com o os valores de cada um.
Uma cidade mais conservadora tenderá a atrair cada vez mais conservadores e vice-versa.
Além disso, teremos, como já dissemos na análise dos outros setores, o efeito da Reintermediação Progressiva.
Reintermediação Progressiva é um fenômeno humano, que nos leva a criar Zonas de Atração cada vez mais ágeis, personalizadas, participativas e de baixo custo, a partir de novas Tecnopossibilidades Midiáticas.
Por tendência, haverá na Civilização 2.0 uma radical descentralização das decisões cada vez mais dos centros para as pontas, levando as cidades a terem cada vez mais autonomia em relação aos estados e ao país.
Mais ainda.
Dentro da mesma cidade, os bairros tenderão a ter cada vez mais autonomia em relação ao próprio centro.
Vamos ter uma tendência a reduzir o tamanho das megalópoles, ou dividi-las em cada vez mais por regiões independentes.
Podemos destacar ainda o uso de modelos Uberizados e Blockchenizados para a solução de problemas locais, que serão usados pelas comunidades mais descentralizadas.
Mais ainda.
A Blockchenização dará um forte impulso às produções locais para vendas globais.
Viveremos, cada vez mais, em diferentes “aldeias” hiperconectadas. Algumas servirão para trocas a distância e outras definirão a escolha do local de moradia.
As Cidades 2.0, portanto, serão mais autônomas, com cidadãos mais nômades e reunirão as pessoas por critérios cada vez mais de valores.
É isso, que dizes?
Colaborou o Bimodal: Fernanda Pompeu.
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