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“Temos uma tendência a confundir o mapa com território.” – Taleb.
Thomas Kuhn (1922 -1996) foi taxativo ao afirmar que novos paradigmas, que emergem depois de crises científicas são impossíveis de serem aceitos por algumas pessoas, que passaram muito tempo convivendo e se beneficiando dos antigos.
“É preciso morrer uma geração para que outra se acostume com os novos paradigmas.” – disse um dos nossos epistemólogos preferidos.
Me pergunto por que?
Arrisco dizer que temos aí quatro apegos relevantes entrelaçados, que dificultam a absorção de novos conceitos por algumas pessoas:
- Apego Pessoal;
- Apego Profissional;
- Apego Social;
- Mente Quieta e não Inquieta.
Vejamos.
Apego Pessoal:
Há uma simbiose entre o ego (nossa individualidade) e os conceitos que adotamos. E isso nos leva a nossa maneira de viver.
A forma como vivemos é, portanto, resultado de conceitos que foram criados pelos nossos antepassados, testados, uns descartados, outros valorizados e utilizados em nossas vidas.
Raramente, temos a noção de que:
Tudo que o Sapiens faz e pensa foi inventado por alguém. Nós, apenas, adaptamos.
E que determinadas Invenções Conceituais que têm data de validade e precisam de algum tipo de atualização de tempos em tempos.
Conceitos são, assim, aceitos, assimilados e, muitas vezes, invisibilizados como se fossem eternos, permanentes e imutáveis.
Conceitos, de forma consciente, ou não, estruturam nossa vida, nos permitem ser quem somos.
Quanto mais temos consciência dos conceitos, mais podemos modificá-los e vice-versa.
Porém, os conceitos se naturalizam e passam a ser guardados em determinados lugares do cérebro.
É comum que haja simbiose entre os conceitos e o nosso ego.
Em geral, os conceitos mais invisíveis são os Conceitos Estruturais com os quais temos uma relação de como tivéssemos nascido com eles.
Conceitos Estruturais são como nossa espinha vertebral, que estruturam nossas vidas e é muito difícil proceder o “transplante”.
(O que nós chamamos de “Valores” se aproxima muito ao que estamos chamando aqui de Conceitos Estruturantes e mesmo estes precisam de atualização permanente.)
Em geral, ninguém imagina que fará um transplante da espinha vertebral. Ou mesmo de alguns Conceitos Estruturantes.
Há, portanto, uma relação mais ou menos profunda, mais ou menos consciente, entre determinados conceitos e nosso ego, nossa forma de pensar e agir.
Há o que podemos chamar de Invisibilização Conceitual, quando nosso ego não consegue mais separar o que é mutável ou imutável. O que é estrutural do que é conjuntural.
Podemos dizer, assim, que existem conceitos mais Conjunturais, mais passíveis de mudanças e outros mais Estruturais que são quase invisíveis.
O problema das grandes mudanças pessoas é quando os Conceitos Estruturais precisam de ajustes e não temos “bisturis” conceituais para proceder a “operação”.
Na Invisibilização Conceitual há, o que podemos chamar de uma Simbiose Conceitual Tóxica – uma confusão interna entre conceitos e nossa individualidade.
Os fatos e a realidade vão caminhando para uma direção diferente e nós não conseguimos acompanhar, pois estamos presos aos antigos conceitos, pois vivemos uma Simbiose Conceitual Tóxica.
É comum que o ego e os conceito se misturem como se fossem uma massinha do jogo de criança.
Não sabemos mais o que é imutável em nós e o que é passível de mudança.
Assim, dependendo da Taxa de Invisibilização Conceitual, nosso ego permite que possamos rever alguns conceitos e outros, não.
Conceitos Estruturais, por fim, são aqueles mais difíceis de serem modificados.
Apego Profissional:
Conceitos também estruturam carreiras, status, salários, remunerações.
E é muito difícil que alguém aceite de bom grado rever Conceitos Estruturais, que questionam a forma de como “se deu bem na vida”.
É muito improvável que alguém reveja conceitos que garantam o “leitinho das crianças” no final do mês.
Novos conceitos que, de alguma forma, questionam a forma de como a pessoa sobrevive, como ela ganhou status, geram um processo de rejeição ao novo.
Novos conceitos, na verdade, são vistos pelas pessoas como algo extremamente agressivo ao seu jeito de ser.
A pessoa, psicologicamente, se torna incapaz de fazer o Transplante Conceitual do antigo para o novo devido ao seu status profissional.
O apego pode ser a atividade em si, mas também tudo que envolve essa atividade, tal como salário, benefícios, etc.
Quanto mais os novos Conceitos Estruturantes modificam, de alguma forma, o Status Profissional da pessoa, maior será a Taxa de Rejeição.
E, por outro lado.
Quanto menos os novos Conceitos Estruturantes modificam, de alguma forma, o Status Profissional da pessoa, menor será a Taxa de Rejeição.
Apego Social:
Outro aspecto aqui é o nosso envolvimento com nossos amigos e parentes, que criam uma espécie de Comunidade Conceitual.
Mudar a nossa forma de pensar, muitas vezes significa romper com determinadas amizades e isso é muito difícil.
É preciso ter coragem para colocar a nossa forma de pensar por sobre as relações pessoais.
Se os conceitos estão ligados à determinada Comunidade Conceitual, romper com eles significa, em alguma medida, ter atritos, em geral, as pessoas preferem não se aprofundar no assunto.
Há uma insegurança de não ter com quem contar nas horas difíceis ou viver uma determinada solidão.
Mente Quieta:
Por fim, há dois tipos de pessoas e duas relações dela com a necessária revisão, principalmente, de Conceitos Estruturantes:
Pessoas com Mente Mais Inquieta, de maneira geral, têm mais capacidade de revisar conceitos, pois têm uma capacidade abstrata maior e conseguem enxergar, com mais facilidade, como pensam.
Quem consegue pensar com mais facilidade como pensa, tem menos dificuldade na revisão de conceitos.
O que é algo menos usual para os que têm Mentes Mais Quietas.
Uma coisa importante para a atividade de um Bimodal – principalmente os Mudancistas – é mapear a Taxa de Apego do cliente para que possa analisar o que é possível ser feito.
Há determinada relação entre Conceito e Apego, que, muitas vezes, torna impossível qualquer processo de mudança.
É importante definir a Taxa de Apego para saber se é possível ir em frente com o projeto de mudança.
Podemos aprofundar o tema separando o que é Melancolia de Nostalgia Conceitual:
- Nostalgia Conceitual – tenho apego a determinados conceitos, mas isso NÃO me impede de seguir em frente;
- Melancolia Conceitual -tenho apego a determinados conceitos, e isso me impede de seguir em frente.
É isso, que dizes?
Colaboraram os Bimodais: Fernanda Pompeu, Rodrigo Palhano, Renato Sant’Anna e Rodrigo Lemos.
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Os parágrafos que estão deslocados foram selecionados como as melhores frases do mês ou as definições conceituais mais relevantes, que são enviadas regularmente para os Bimodais e incluídas no Mapa Mental dos Bimodais para consulta permanente.
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