O atual texto se encaixa nos seguintes tópicos do “Ferramental Conceitual da Narrativa Bimodal”, que é sempre atualizado e pode ser visto aqui.
“A emergência do ciberespaço acompanha, traduz e favorece uma evolução geral da civilização.” – Pierre Lévy.
A definição no Senso Comum Googleniano da palavra “intermediação” é a seguinte: “existir de permeio, situar-se entre”.
Intermediar no processo de administração é gerenciar, controlar, tomar conta de algum processo.
Não há nenhum processo produtivo, portanto, em que não haja e deixará de haver algum tipo de intermediação.
Nunca haverá processos desintermediados.
O que é natural que ocorra é, de quando em quando, reintermediações.
Podemos dizer que antigamente a intermediação do transporte nas cidades era feito pelas carruagens e passou a ser feita pelos carros.
E ainda que boa parte do entretenimento no passado era intermediado pelos canais de televisão e hoje é feito por empresas digitais no estilo como o Netflix e Youtube.
Houve uma reintermediação pelos carros e pelas empresas digitais.
Podemos ainda afirmar que quando se muda uma gerência há um processo de reintermediação de fulano para ciclano.
Alguém novo passa a mediar determinado processo, estabelecendo uma nova forma de Comando e Controle.
Intermediar é comandar e controlar e Reintermediar é estabelecer uma nova forma de comandar e de controlar, que pode ser a mesma ou diferente, conforme o novo modelo de Reintermediação.
Há vários tipos de Reintermediação, mas nosso foco, ao estudar o Digital, é a Reintermediação Ferramental Operacional (tecnológica), mas especificamente nos dedicarmos a analisar a Reintermediação Midiática.
As Ferramentas Midiáticas são responsáveis pela produção da comunicação e do armazenamento das informações, que é o epicentro da forma de sobrevivência da nossa espécie.
As Ferramentas Midiáticas são o DNA dos Ambientes Administrativos e permitem, com a chegada e massificação de novas, um processo de Reintermediação Administrativa.
Novas Mídias permitem que seja praticado um novo Modelo Administrativo de Comando e Controle sempre na direção de uma Reintermediação Mais Centralizada para uma Mais Descentralizada.
(Entendo novas mídias aquelas que trazem três elementos: novos canais, nova linguagem e novas formas de armazenamento dos registros produzidos pelos novos canais.)
Se olharmos o passado, por exemplo, a massificação da escrita, com a chegada da escrita impressa, tivemos, tempos depois, a possibilidade da Reintermediação da Monarquia Absolutista para a Reintermediação Republicana.
Sem o acesso aos livros, sem aprender a ler e escrever, seria impossível que as populações pudessem ter Maturidade Política para deixar a centralização da realeza e dos nobres para passar a escolher seus representantes.
Tivemos com a Reintermediação Republicana, provocada pela Revolução Midiática da Escrita 2.0 (chegada da prensa), um exemplo típico das Reintermediações Mais Descentralizadas que as Ferramentas Midiáticas permitem.
O fenômeno das Reintermediações Mais Descentralizadas provocadas por Revoluções Midiáticas é desconhecido, mas não é tão difícil de ser detectado e nem explicado. Basta passar a analisar as Revoluções Midiáticas na Macro-história.
Em primeiro lugar, percebemos que as Revoluções Midiáticas são um Fenômeno Social Recorrente (Gestos, Oralidade, Escrita e Digital).
Sim, podem ser recorrências espaçadas no tempo, mas são Recorrências Estruturais da espécie.
E se há recorrência, podemos presumir que existe algum tipo de demanda permanente, que é atendida quando promovemos Revoluções Midiáticas.
Nada se repete na realidade que não tenha um bom motivo.
Assim, podemos dizer que existe um Padrão no Motor da História do Sapiens na direção de sempre estarmos promovendo Reintermediações Mais Descentralizadas, a partir da chegada e massificação de novas Ferramentas Midiáticas.
Perceba o seguinte Padrão Sequencial, se analisarmos a Macro-História:
Uma Tecnoespécie que cria novas ferramentas (tecnologias) > Consegue promover o Aumento Populacional > Precisa, por causa disso, promover Revoluções Midiáticas > que permitem Novos Modelos de Comando e Controle > a tendência dos novos Modelos de Comando e Controle é pela Reintermediação Descentralizadora Progressiva > o objetivo: Maior participação do Sapiens nas decisões para lidar melhor com um patamar de Complexidade Demográfica cada vez maior.
Assim, podemos dizer que a nossa espécie, quando se analisa a Macro-história, por aumentar continuamente a população, precisa promover uma Reintermediação Descentralizada Progressiva dos antigos processo de Comando e Controle, via Revoluções Midiáticas.
Uma série de inovações nas Ferramentas Operacionais e Conceituais, após a chegada e massificação de novas Ferramentas Midiáticas começam a ser criadas para que se possa substituir antigos intermediadores, que foram ficando obsoletos.
O processo de obsolescência dos antigos intermediadores ocorre pelo seguinte: mais gente no mundo, aumenta a Complexidade Demográfica e Modelos de Intermediação Mais Descentralizados são criados para lidar com um Patamar de Complexidade Demográfico muito maior.
Eis uma regra fundamental para entender como nossa espécie caminha na história, o que nos permite projetar um futuro de forma mais eficaz: quando se atinge um determinado Patamar de Complexidade Demográfica, os antigos Modelos de Comando e Controle começam a perder a capacidade de entregar resultados com qualidade.
Há uma piora vertiginosa na relação de custo/benefício.
Os produtos e serviços podem até ficar mais baratos, porém são cada vez mais massificados sem a possibilidade de personalização, algo fundamental para a percepção de qualidade pelos clientes.
(A descoberta do Padrão Sequencial da Reintermediação Descentralizada Progressiva só é possível de ser percebido e explicado se promovermos uma Comparação Histórica Analítica do atual fenômeno da Revolução Midiática Civilizacional Digital com outras Revoluções Midiáticas do passado.)
Os antigos Modelos de Intermediação Mais Centralizados passam a ter problemas operacionais objetivos, pois o aumento de Complexidade Demográfica pede um novo patamar de velocidade, personalização, redução de custo que o antigo modelo não consegue suprir com as Ferramentas Operacionais e Conceituais que operam.
O antigo Modelo de Intermediação Mais Centralizado vai se tornando cada vez mais oneroso, com resultados cada vez piores. Porém, se sustenta no tempo, pois não há um novo modelo que possa competir com ele por falta de novas Ferramentas Tecnomidiáticas.
Quando iniciamos uma Revolução Midiática a Reintermediação dos Modelos de Comando e Controle de Mais para Menos Centralizados passa a ser feita, através do uso intenso das novas Tecnopossibilidades Midiáticas e de novo Ferramental Conceitual, tais como:
- Netflix – uso dos novos Canais e do novo Armazenamento Digital, que permitem que os clientes possam, de qualquer lugar, a qualquer tempo, assistir o conteúdo que quiserem e, ao deixarem, com a sua navegação, Rastros Digitais, passa a ser possível que a empresa possa afinar cada vez mais a personalização do seu acervo. Há um processo de reintermediação das antigas empresas que não tinham estas Tecnopossibilidades disponíveis. Total de usuários permitido pela nova Intermediação Digital Mais Parcial: 220 milhões;
- Youtube – uso dos novos Canais, do novo Armazenamento Digital e da nova Linguagem Digital, que permite que os clientes possam, de qualquer lugar, a qualquer tempo, assistir o conteúdo que quiserem e, ao deixarem, com a sua navegação, Rastros Digitais, passa a ser possível que a empresa possa afinar cada vez mais a personalização do seu acervo. Há ainda a liberdade de cada um publicar o seu vídeo, sendo o controle de qualidade feito pelos próprios usuários, se utilizando da nova Linguagem Digital dos Ícones (estrelas, curtições, compartilhamentos). Há, assim, um processo de reintermediação das antigas empresas que não tinham estas Tecnopossibilidades disponíveis. Total de usuários permitido pela nova Intermediação Digital Mais Completa: 2,2 bilhões;
A Reintermediação Descentralizada Progressiva é um novo padrão descoberto do caminhar da jornada humana – uma novidade que deve ser incorporada nas teorias das Ciências Sociais, que impacta FORTEMENTE na Ciência Administrativa e nos Negócios.
Hoje, a nossa análise do presente e do futuro está com uma baixa Taxa de Eficácia.
Há uma FORTE incapacidade de identificar a essência do fenômeno que estamos vivendo (Revolução de Mídia), encontrar pesquisadores que analisaram as Recorrências do Passado deste fenômeno, e, a partir da procura de padrões, poder entender, com mais clareza, onde estamos e para onde vamos.
Os Conceituadores de Plantão e os Consumidores de Conceito estão observando a atual Revolução Midiática Civilizacional Digital sem um Ferramenta Conceitual adequado e é isso que tem gerado essa alta Taxa de Confusão diante de algo que pode ser cada vez menos desconhecido.
É isso, que dizes?
Colaboraram os seguintes Bimodais: Augusto Borella e Talvacy Chaves de Freitas.
Quer entender o novo cenário digital? Você precisa conhecer e entrar na Bimodais – a melhor escola de Futurismo do país. Bora?
Me manda um zap: 21-996086422
GRIFOS EM NEGRITO: CONCEITOS BIMODAIS
GRIFOS EM NEGRITO E AZUL: NOVOS CONCEITOS BIMODAIS (MARCO A COR SÓ NA PRIMEIRA VEZ QUE APARECE, DEPOIS FICA EM NEGRITO)
PALAVRAS EM CAIXA ALTA E NEGRITO: CHAMANDO A ATENÇÃO DO LEITOR PARA ALGO ESPECÍFICO, DO TIPO OBRIGATORIAMENTE.
Os parágrafos que estão deslocados apenas uma vez à direita foram usados para divulgação do artigo nas Mídias Digitais.
Os parágrafos que estão deslocados duas vezes à direita foram selecionados com as melhores frases do mês.