“Você é definido pelas batalhas que está disposto a lutar.” – Mark Mason.
O livro “A sutil arte de ligar o f*da-se”, de Mark Mason, vendeu milhões de exemplares e veio atender a uma demanda latente: estamos precisando de filosofia aplicada para a vida, explicada de forma simples.
O livro de Mark Manson é um livro de filosofia, sem citar os autores que se baseia, que não foi escrito para pessoas fazerem prova do ENEM.
A principal mensagem filosófica do livro é a seguinte: você precisa lidar melhor com um dos grandes dilemas da vida – lidar melhor com o jogo da potência e da impotência.
A arte do F*da-se se baseia no autoconhecimento progressivo, no qual você irá definir valores provisórios, que serão testados, a partir do critério da personal felicidade.
Você não diz F*da-se para tudo, mas só para aquilo que vem de fora, do que é irrelevante para que você atinja a sua personal felicidade progressiva.
Mason tem uma visão do Sapiens como uma espécie aberta, mutante e que precisa assumir e se responsabilizar sobre a própria vida.
Vejamos algumas frases centrais do livro:
“Nossos valores determinam a natureza dos nossos problemas, e a natureza dos nossos problemas, por sua vez, determina a qualidade da nossa vida.”
“Estamos escolhendo sempre, de modo consciente ou não.”
E lembra que temos que desconfiar da capacidade de nosso cérebro de conhecer (faço abaixo um mix de várias frases:
“Nosso cérebro é uma máquina de gerar significado (…), pois somos tendenciosos em relação ao que assimilamos e relutamos em nos desapegar do que nossa mente criou.”
“Nossos valores são produtos de eventos que não representam o mundo como um todo ou de um passado totalmente deturpado pela memória, já que o cérebro é programado para ser eficiente, mas não fiel.”
O livro de Mason – como vários outros de filosofia aplicada – marca o início da Civilização 2.0, no qual precisamos rever antigos vícios existenciais.
O livro do F*da-se de Mason é um bom guia para nos preparar para viver num mundo muito mais dinâmico, cujo o grande guia é a Certeza Provisória Razoável, tendo como bússola a personal felicidade saudável.
(A felicidade saudável é aquela baseada em trocas acordadas e voluntárias entre as partes, num ambiente de concorrência.)
A arte do F*da-se não é “cagar e andar” para tudo, mas definir aquilo que queremos defender e batalhar e deixar todo o resto de lado.
A arte do F*da-se é a prática de dizer não e sim o tempo todo, mas, para isso, é preciso ter um guia interno do que é a vida, a consciência da morte, e o que nos faz mais feliz.
A arte do F*da-se é a prática de andar na corda bamba entre a potência e a impotência. E entre a coragem e a serenidade para escolher as batalhas da vida.
Resumiria o livro, numa adaptação livre do mantra do AA (Alcóolatras Anônimos) chamada oração da serenidade:
Que eu consiga ter serenidade para as coisas que não posso ou não quero alterar. Coragem para aquelas que eu posso e quero. E sabedoria, em direção à minha felicidade, para perceber a diferença.
É uma síntese para que possamos viver nesse mundo inovador, exponencial, mutante e veloz.
É isso, que dizes?
Venha ser um Futurista Bimodal, com a melhor formação sobre o futuro do Brasil. Nós somos a nave Nabucodonosor, aquela mesma que te tira e te deixa fora de Matrix. Bora?