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Um dos principais erros profissionais é focar em problemas e não em fenômenos.

Fenômenos causam problemas, problemas são sintomas de relações inadequadas com fenômenos.

Quem se dedica a fenômenos tem mais chance de ajudar a minimizar os problemas.

Pneumonia é um fenômeno e a febre que ela causa é um sintoma, que causa problema ao doente.

O médio estuda doenças no pulmão. Quanto mais ele entende do fenômeno, mais tem chance de ajudar.

Obviamente, que a relação do cliente com o fenômeno faz parte do aprendizado. Existem os aspectos psicológicos da inadequação da relação fenômeno-cliente.

O profissional é alguém que faz o meio de campo entre fenômeno-cliente para melhorar a taxa de adequação do cliente com ele.

Fenômenos tem, assim, padrões e sintomas. Um profissional inexperiente olha para os sintomas, o mais experimente para os padrões.

A melhor forma de descobrir os padrões de qualquer fenômeno é analisar as suas recorrências no passado.

Assim, há uma anatomia histórica dos fenômenos para identificar causas, possíveis consequências, sintomas, relação dos clientes com o fenômeno.

A partir da análise das recorrências do passado, podemos identificar o que é estrutural (o que não muda) e o que é conjuntural (aquilo que muda conforme cada recorrência).

Definido os padrões, pode-se analisar as características específicas de mais uma manifestação do dado fenômeno.

O objetivo do que podemos chamar de Fenomenologia é chegarmos a uma anatomia do fenômeno, que nos permite a cada caso traçar um diagnóstico, um prognóstico e tratamento

Quando se quer analisar um determinado problema é preciso assim conhecer o fenômeno que provoca o problema.

O Digital, por exemplo, é uma Revolução Midiática Civilizacional, fenômeno social recorrente, que, ao analisar o passado, nos permite entender muito melhor o que vem e o que virá.

Se você não faz uma boa anatomia do fenômeno, você pode ficar restrito apenas ao sintoma e não as causas.

É isso, que dizes?

 

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