Por volta de 1800, quando o sapiens bateu perto de um bilhão de habitantes, primeiro Adam Smith, de forma mais leve e depois Thomas Malthus, que dedicou um livro sobre o tema diagnosticaram:
Quando a espécie cresce, necessariamente um pessoal não vai sobreviver por falta de condições.
Naquele momento, se ignorava o fator Tecnoespécie do Sapiens.
Hoje, com 7 bilhões, percebemos que tanto Smith quanto Malthus apontaram o sintoma, mas não a solução.
Nós somos a única Tecnoespécie do planeta!
Existem várias teorias sobre a nossa Tecnocidade.
Uma delas, que acho mais razoável, foi a nossa capacidade de andar com as duas pernas, o que nos liberou as mãos.
Com as mãos livres, podemos desenvolver artefatos e, por causa disso, começamos a refletir.
Assim, podemos dizer que somos sapiens por que somos tecnos e somos tecnos por que somos sapiens.
É a nossa Tecnocidade que nos permite aumentar a população, até agora, sem limites.
Mas aumentar a população tem um custo, uma dor, que não sabíamos que teríamos que arcar: a necessidade recorrente de Revoluções Civilizacionais.
Temos a alegria de procriar à vontade, mas, de tempos em tempos, precisamos fazer reformas macro-conjunturais.
Nossa espécie tem um DNA de Sobrevivência mutante.
Nosso modelo de comunicação é tecno. Nosso modelo de administração é tecno. Ambos, podem ser alterados quando criamos novas tecnologias.
Só com a revisão das bases conceituais da nossa espécie, conseguimos entender a atual revolução digital com mais clareza.
Malthus e Smith estavam equivocados. Podemos crescer de forma sustentável, porém é preciso aumentar a taxa de Tecnocidade.
Quanto mais aumentarmos a taxa de complexidade demográfica, mais precisaremos criar tecnologias para nos manter vivos.
Nossa dor é termos que alterar no tempo a forma como sobrevivemos, de forma cada vez mais veloz.
Entender o sapiens dessa maneira nos ajuda muito a perceber de onde viemos e para onde vamos.
É isso, que dizes?
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