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No conceito de DNA da genética, que estamos importando, temos duas partes:

  • Genótipo – composição genética de um indivíduo, mais frequentemente – aquilo que herdamos e é mais fixo;
  • Fenótipo – manifestação visível ou detectável de um genótipo, aquilo que usamos do genótipo e é mais mutante.

Fizemos uma importação dos conceitos para entender o digital.

Passamos a entender a sociedade humana formada por uma espécie de Genótipo mutante de longo prazo, que, conforme a população vai crescendo, precisa de um upgrade.

Os códigos que formam nosso Genótipo Civilizacional são concebidos para um tipo de complexidade e vão ficando obsoletos, quando a espécie – a única que cresce demograficamente de forma conectada – aumenta.

As mídias – o epicentro do DNA Civilizacional – responsável pelas trocas humanas, são o nosso epicentro, dividido em dois: a parte mais fixa (genótipo) e a mais mutante (fenótipo).

Quando mudamos de mídias criamos um novo DNA Civilizacional, no qual o Genótipo se altera, que permite que seja criado em cima dele novos Fenótipos.

O Ambiente Digital (formado por novos canais e linguagem), assim, é o Genótipo e o Uber, por exemplo, é o Fenótipo, uma inovação possível em cima dos novos códigos do genótipo disponíveis.

O Genótipo é inventado por técnicos, que não tem noção do impacto que terão na sociedade, como é o caso de Gutemberg ou o inventor do computador.

Queriam resolver um problema pontual, mas abriram as portas para a criação de um novo DNA Civilizacional.

Assim, o Genótipo é uma espécie de código de máquina, sobre o qual precisamos desenvolver os sistemas operacionais e os aplicativos.

Que não são apenas novas tecnologias, mas novas formas de pensar, novas filosofias, teorias e metodologias para que se possa, pela ordem:

  • entender o potencial do novo genótipo;
  • resgatar valores e conceitos do antigo fenótipo para ver o que pode ser mantido;
  • atualizá-los para que possa ser compatível com o novo genótipo.

O genótipo, assim, é um misto de placa-mãe com código de máquina. E o fenótipo de sistema operacional, aplicativos e arquivos que são criados a partir deles.

O importante é perceber a dimensão da mudança, mudança do DNA Civilizacional, e o nosso papel de inventar novas cosmovisões (fenótipos) para que possamos usar o novo ambiente (genótipo) para superar as antigas e novas crises que temos pela frente.

É isso, que dizes?

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