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Na nossa avaliação, a grande marca do novo século é a Descentralização Progressiva Obrigatória.

Se o sapiens é tecno, consegue aumentar a população, o que torna a demanda por mudanças na sociedade obrigatória, através de invenção de novas tecnologias.

A nova lei da sociedade humana:

Quanto maior a complexidade demográfica, mais sofisticada tem que ser a sociedade.

(Entenda sofisticação aqui como: capacidade de distribuir ações e decisões por cada vez mais gente!)

Quanto mais complexidade, mais e mais as decisões e ações precisam ser distribuídas. Precisamos reintermediar o poder.

Assim, quando pensamos no futuro das cidades, não estamos falando da mesma cidade, organizada como é hoje, sendo gerenciada com novas tecnologias.

Mas de novas formas de administração, que são viáveis pelas novas tecnologias, uma nova tecnocultura mais distribuída.

Vivemos algo similar à passagem da monarquia para a república, motivada pela massificação da escrita, mas de forma muito mais disruptiva, como dois modelos incompatíveis entre si!

Este é o grande problema que temos hoje – não estamos falando da continuidade do comando e controle, mas de mudança em algo que é central para a espécie!

E neste momento temos que perceber dois estágios da Descentralização Progressiva Obrigatória em curso:

  • Digitalização – com novos canais midiáticos digitais que permitem a supressão de intermediários operacionais;
  • Uberização – como novas linguagens midiáticas digitais que permitem a supressão de intermediários gerenciais.

Mais.

  • A Digitalização tem como grande novidade a possibilidade de se operar superando barreiras de tempo e lugar, sem antigos intermediadores locais;
  • A Uberização supera os limites da qualidade de produtos e serviços na quantidade, com uma nova forma de comando e controle.

Isso terá também implicações políticas, pois mais e mais cidades serão vistas como micro-países, com cada vez mais autonomia em relação aos estados e estes em relação ao país.

Hoje, o pensamento sobre o futuro das cidades ainda está muito ligado às tecnologias, mas não à mudança tecnocultural disruptiva.

É preciso, em função da incompatibilidade, que prefeituras criem zonas de inovação disruptiva para experimentar novos modelos de comando e controle para que se possa experimentar o novo sem prejudicar o velho.

É isso, que dizes?

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Um dos formandos da escola me disse  seguinte:

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