Por que a Argentina vai virar uma Zona de Abandono?
Países têm que ser matematicamente viáveis.
Uma boa definição de populismo pode ser esta: governo que não respeita a matemática.
Vivemos na América Latina um momento de bifurcação entre governos matematicamente inviáveis e outros que tentam equilibrar as contas.
Países são uma espécie de ambiente produtivo/consumidor.
O que é produzido precisa ser maior do que é consumido, ou, no máximo, igual.
Para isso, é preciso comercializar com o mundo, equilibrando a matemática econômica.
O estado não pode tudo, pois há, querendo ou não, uma relação entre o que se consome e o que produz.
Pessoas têm que ser estimuladas a produzir e consumir cada vez mais e melhor, o que gera prosperidade.
Quando o Estado começa a crescer e há uma queda vertiginosa na qualidade de produção e consumo – o país começa a perder a dinâmica.
Não há mágica, manipulação de índices, que resolva essa realidade – os pães não se multiplicam com um abracadabra.
A moeda expressa bem essa relação. Se tem mais moeda do que essa relação consumo/produção se inicia o processo de inflação e recessão e vice-versa.
Para que a matemática seja respeitada, há vários caminhos.
Democracias mais maduras criaram uma série de leis para que isso seja respeitado.
No caso da Europa, por exemplo, na União Européia uma das condições para ficar no bloco é respeitar essa matemática, que obrigou Portugal e Grécia a fazer profundos ajustes do tamanho gigantesco dos estados.
Na América Latina, no Sul, em particular, o Brasil iniciou a sua jornada com os liberais do governo FHC, que criaram o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal, ponto inicial de guinada do país para sair do populismo.
Os governos Lula e principalmente Dilma tentaram quebrar essa lógica e Dilma acabou sendo impichada justamente por causa disso.
Foi uma vitória da matemática sobre o populismo.
O Brasil, diferente da Argentina, tem mais gente vivendo fora do Estado do que dependendo dele, principalmente São Paulo, o Sul, boa parte do Sudeste e Centro Oeste.
Esse bloco, interessado em viver do mercado, foi a base para que boa parte dos 210 milhões de brasileiros apoiassem, pela ordem, a lava jato, o impeachment, a lei da ficha limpa e, ao final de tudo, a eleição do Bolsonaro, que tem feito um governo matematicamente correto, anti-populista.
O problema da Argentina é que dos 40 milhões de habitantes, metade já depende do Estado, algo parecido com Portugal e Grécia, mas sem a União Européia.
Macri fez um governo que manteve o viés populista, não fez ou propôs, como social democrata que é (sem economistas liberais), algo parecido com FHC, pois Buenos Aires está longe de ser São Paulo.
A manutenção de Macri não resolve o problema Argentino, pois o número de pessoas interessadas em mágica é muito maior do que os que querem a matemática.
O que Macri poderá fazer, numa milagrosa guinada, seria adiar por quatro anos, a Venezuelização do país, do ponto de vista político.
A chapa Fernández/Fernández, na qual Cristina K é vice é uma farsa eleitoral.
Com tudo para voltar ao poder terá Cristina K (condenada pela justiça e livre da cadeia por ter foro privilegiado) de volta ao poder.
Cristina no poder com seu poste na cabeça de chapa é algo no Brasil como Haddad na cabeça e Lula de vice.
Quem vai mandar no Governo?
O gabinete de K vai estar cheio de gente e de Alberto às moscas.
Vindo já de várias décadas de populismo radical, o país do Tango Peronista pegará agora mais quatro anos de um governo radicalmente populista, com sangue de vingança e entendendo que o continente está migrando para modelos como o do Brasil.
A tendência a radicalização à centralização populista é evidente.
A Argentina, que já se acostumou com hiperinflações, recessões e calotes da dívida, vai ter como grande novidade o sumiço da comida no supermercado.
Vai sair da fase de país quase inviável para viver a fase de um país COMPLETAMENTE inviável.
Inicia, assim, uma jornada de migração para outros países, incluindo o Brasil.
O que vai definir a quantidade de argentinos que vai sair é o quanto o novo governo, comandado extra-oficialmente, por Cristina K vai conseguir avançar com uma agenda além de populista, socialista bolivariana: com mudanças na república e perpetuação no poder.
É a resistência da ala não populista que vai definir esse quadro, ajudada, é verdade, pela internet, com manifestações de rua, que ainda não tiveram a intensidade como no Brasil.
Nós precisamos aprender bastante com a tragédia Argentina, que assistiremos, entristecidos, nos próximos anos.
Precisamos seguir firme com nosso viés descentralizador, pelo livre mercado, lutando por governos matematicamente responsáveis e cada vez melhores.
É isso, que dizes?
ente inviáveis e outros que tentam equilibrar as contas.
Países são uma espécie de ambiente produtivo/consumidor.
O que é produzido precisa ser maior do que é consumido, ou, no máximo, igual.
Para isso, é preciso comercializar com o mundo, equilibrando a matemática econômica.
O estado não pode tudo, pois há, querendo ou não, uma relação entre o que se consome e o que produz.
Não há mágica, manipulação de índices, resolva essa realidade.
A moeda expressa bem essa relação. Se tem mais moeda do que essa relação consumo/produção se inicia o processo de inflação e recessão e vice-versa.
Para que a matemática seja respeitada, há vários caminhos.
Democracias mais maduras criaram uma série de leis para que isso seja respeitado.
No caso da Europa, por exemplo, na União Européia uma das condições para ficar no bloco é respeitar essa matemática, que obrigou Portugal e Grécia a fazer profundos ajustes do tamanho gigantesco dos estados.
Na América Latina, no Sul, em particular, o Brasil iniciou a sua jornada com os liberais do governo FHC, que criaram o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal, ponto inicial de guinada do país para sair do populismo.
Os governos Lula e principalmente Dilma tentaram quebrar essa lógica e Dilma acabou sendo impichada justamente por causa disso.
Foi uma vitória da matemática sobre o populismo.
O Brasil, diferente da Argentina, tem mais gente vivendo fora do Estado do que dependendo dele, principalmente São Paulo, o Sul, boa parte do Sudeste e Centro Oeste.
Esse bloco, interessado em viver do mercado, foi a base para que boa parte dos 210 milhões de brasileiros apoiassem, pela ordem, a lava jato, o impeachment, a lei da ficha limpa e, ao final de tudo, a eleição do Bolsonaro, que tem feito um governo matematicamente correto, anti-populista.
O problema da Argentina é que dos 40 milhões de habitantes, metade já depende do Estado, algo parecido com Portugal e Grécia, mas sem a União Européia.
Macri fez um governo que manteve o viés populista, não fez ou propôs, com social democrata que é, algo parecido com FHC, pois Buenos Aires está longe de ser São Paulo.
A manutenção de Macri não resolve o problema Argentino, pois o número de pessoas interessado em mágica é muito maior do que os que querem a matemática.
O que Macri poderá fazer é adiar por quatro anos, a Venezuelização do país, do ponto de vista político.
A chapa Fernández/Fernández, na qual Cristina K é vice é uma piada, pois ninguém vai querer saber a opinião de Alberto, apenas de quem realmente manda: Cristina K.
Seria algo parecido com Haddad na cabeça e Lula de vice. Quem vai mandar no Governo?
Vindo já de várias décadas de populismo, com um governo de mais quatro anos, aprofundando ainda mais o que já está, longe dos números, a Argentina, que já se acostumou com hiperinflações, recessões e calotes da dívida, vai começar a viver o sumiço da comida no supermercado.
Vai sair da fase de país viável para se viver para inviável, iniciando uma jornada de migração.
O que vai definir a quantidade de argentinos que vão sair é o quanto o novo governo, comandado extra-oficialmente, por Cristina K vai conseguir avançar com uma agenda além de populista, socialista bolivariana: com mudanças na república e perpetuação no poder.
O Brasil precisa aprender bastante com a tragédia Argentina, que assistiremos nos próximos anos.
É isso, que dizes?