Malthus não foi o primeiro, mas foi o “youtuber” mais famosos de 1800 a falar sobre demografia.
Se analisarmos o discurso dele, 95% pode ser descartado, que se insere numa conjuntura política específica bem questionável hoje em dia.
Porém, o que nos fica é uma fórmula matemática, que pode ser a base para algo relevante para entender o novo século.
Malthus nos diz o seguinte:
A população cresce em ordem geométrica e a produção em ordem aritmética.
Numa fórmula seria:
POP (xxxx) = PROD (x)
O que é interessante nesta fórmula de Malthus?
Ele aponta que o aumento demográfico tem impacto na produção, o que parece óbvio, mas não é de domínio corrente.
Ou seja, se você aumenta a população haverá uma crise produtiva, a não ser que você se mexa.
A história mostrou, entretanto, que a fórmula estava PARCIALMENTE equivocada.
O erro na fórmula de Malthus é de que ele pressupôs de que a Produção é uma Variável Constante e Imutável e não Mutável, com a chegada da inovação, tecnologia, invenções, melhoras, etc.
POP = variável mutável;
PROD = variável mutável.
Porém, se melhorarmos a dita cuja podemos enxergar algo interessante.
Assim, quando POP cresce, PROD tem que crescer também, criando uma relação de causa e efeito – que nos permite apreender uma lei que parece óbvia, mas não é praticada ao se pensar o momento presente:
Quando a população cresce, haverá demanda para que haja alterações na produção para que a crise Malthusiana não ocorra.
A produção tem que sair da aritmética e ir para a geométrica ou como se gosta hoje em dia da linearidade para a exponencialidade.
Assim, me parece inquestionável dizer, que o aumento demográfico quando ocorre gera uma demanda de aperfeiçoamento produtivo, o que seria uma apropriação de Maslow.
O aperfeiçoamento pode ser incremental, radical ou disruptivo, mas sempre podemos dizer que o fator principal, se Malthus faz sentido, é o aumento populacional.
Se tivemos um salto de 1 para 7 bilhões no planeta, em 220 anos, logo depois de 1800 (aliás quando o livro foi escrito) tivemos que assistir um aperfeiçoamento constante no ambiente produtivo para sair da “aritmética” e acompanhar a “geométrica”.
Certo?
Se isso é fato, temos que colocar o aumento demográfico como o fator fundamental para que a sociedade humana se mexa e não fique parada.
Ela é obrigada a mudar para não ser aritmeticamente problemática.
Se juntarmos isso às teses da Escola Canadense das revoluções midiáticas – foi o que fizemos – temos as seguintes leis:
- Quando aumenta-se a população, há uma demanda produtiva incremental, radical ou disruptiva, principalmente, quando o salto demográfico é grande;
- Que nos leva a promover revoluções midiáticas, que permite a exponencialidade.
Tais revoluções recorrentes, visam, assim, criar novas formas para compatibilizar a demanda (geométrica) com a oferta (que não pode ser aritmética).
É isso, que dizes?