Vivemos hoje o final da era da Ciência 2.0, na qual todo o trabalho acadêmico era feito, a partir da aprovação dos pares.
Foi a forma que encontramos, com as linguagens orais e escritas disponíveis, para que isso gerasse um mínimo de qualidade.
Porém, isso chegou a um limite e gerou uma crise profunda, conforme a produção científica foi cada vez mais se verticalizando e se distanciando dos problemas dos clientes na ponta.
O problema hoje de um pesquisador da Ciência 2.0 é convencer os seus pares que aquele texto pode ser publicado em determinada revista.
A revista é voltada dos pares para os pares.
É uma espécie de ciência voltada para os próprios cientistas e não para a sociedade, que vive os problemas.
Os autores estudados e citados são aqueles que fazem a cabeça dos cientistas e não aqueles que influenciam os clientes que pensam e agem na sociedade diante dos problemas que enfrentam.
Revoluções Midiáticas-Administrativas Civilizacionais são feitas justamente para corrigir esse tipo de problema, oferecendo para a sociedade ferramentas para que o “cachorro volte a balançar o rabo”.
A Ciência 3.0 será feita em plataformas digitais, nas quais as pesquisas serão feitas por demanda dos clientes, que também (note bem também) poderão avaliar:
- que pesquisas devem ser feitas e financiadas;
- o impacto dela para respectivos problemas;
- e o que pode ser aprimorado.
Será uma ciência muito mais voltada para a sociedade do que é hoje. Haverá, claro, avaliações também dos pares, mas não como um critério de publicação, que será feita diretamente.
Haverá um sobe e desce de artigos acadêmicos, com avaliações diversas de todos interessados no problema.
Problemas será o epicentro da produção e não mais assuntos, como tem sido hoje em dia.
É isso, que dizes?