Este é o quinto texto sobre o Livro “Abundância“, de Diamandis e Kotler na Oitava temporada das Leituras Compartilhadas, o primeiro livro da série, que será analisada em 2019.
Existe no mercado hoje uma espécie de mania de se criar uma marca e fazer dela uma espécie de bandeira.
Organizações Exponenciais é um bom exemplo.
Uma Organização tem resultados exponenciais se tomar determinadas medidas em relação aos concorrentes.
O Exponencial é um número comparativo a outro número. Exponencial não é um modelo que causa resultado.
É um adjetivo de uma medição comparativa de uma coisa com outra.
Quando analisamos, por exemplo, o modelo de franquia do McDonald com uma rede própria de fast food.
A franquia – modelo de administração de uma determinada marca – é mais exponencial em termos de crescimento e resultados do que uma que tem o controle total.
Há uma divisão de poder, que permite escalar mais o negócios e o resultado final é de que há uma exponencialidade maior.
Note, assim, que Organização Exponencial é o resultado de uma escolha da forma de pensar o negócio e o modelo de administração, que é superior a outra.
O que o mercado faz?
Cria uma marca e vende que Organização Exponencial é um modelo quando, na verdade, é o resultado de um modelo.
Isso é o que podemos chamar de Falso Fator Causal.
O mesmo ocorre aqui quando os autores começam a considerar Abundância um Modelo, vejamos os exemplos:
“A Abundância é uma visão radical” – pg. 25.
“A Abundância é uma visão gloriosa…” – pg. 43.
Se o livro tivesse o nome de Liberdade Digital ou Tecnologias Disruptivas para populações carentes – digamos – nós teríamos um modelo a ser adotado – que teria como consequência = abundância.
Abundância é o contrário de Escassez e é um jogo complexo entre tecnologias, demografia, capacidade de inovação e, principalmente, superação de Éticas Primitivas.
Imaginar que o desenvolvimento de novas tecnologias vai nos levar a uma Abundância Permanente tem muito de Otimismo Não Científico.