O conceito razão é um dos problemas que temos quando falamos de inovação e mudança, seja pessoal, seja organizacional.
As pessoas pensam razão como se fosse um substantivo:
“tenho razão”, “chegar à razão”.
E se estabelece falsa dicotomia entre dois substantivos estáticos:
- emoção (não OK);
- razão (OK).
O objetivo, assim, das pessoas ao procurar pensar e agir sobre um problema é seguir um caminho de ter que abandonar um lugar dito “emocional” e chegar a outro “racional“.
Há pessoas que são “racionais” chegaram à razão e outras que não conseguem.
Este conceito de razão como substantivo atrapalha muito a compreensão e solução de problemas.
Proponho, assim, nova forma de enxergar o problema.
Todos estamos embebidos em emoção, que estará sempre presente, pois não conseguiremos nunca abandonar nossas “raízes emocionais”.
Temos apenas a possibilidade de desenvolver reflexão sobre a emoção, através de exercícios e práticas, musculando a nossa percepção que olha olha para fora (para a vida) e para dentro (nossas emoções).
Assim, temos a reflexão como um verbo e não um substantivo que analisa as nossas emoções O TEMPO TODO, do dia que nascemos até morrermos, num processo sem parada.
Temos, portanto, uma percepção que precisa ser “musculada permanentemente” para, em cima da emoção, poder ter visões e práticas mais adequadas diante dos problemas que surgem.
Não existe, assim, dicotomia entre razão e emoção, mas trabalho de análise permanente, pois a nossa base de partida (que podemos chamar de identidade ou ego) é sempre emocional, embebida pela nossa formação familiar e escolar, interesses, medos, transtornos, neuroses, potências, impotências, etc.
Assim, não temos razão, mas refletimos sobre emoções de forma mais adequada ou menos adequada, conforme cada problema.
A razão-substantivo é um mito inalcançável, uma fonte, aliás, de opressão, daqueles que se dizem “mais racionais“.
Temos, portanto, ações reflexivas mais ou menos eficazes.
Esta visão sobre o aprendizado humano mais próxima da realidade colabora muito para a inovação, pois deixamos de procurar pessoas, ideias e práticas “racionais”, um ponto de chegada final, mas um permanente trabalho de reflexão sobre nossas emoções, que não tem fim.
É isso, que dizes?
Este debate sobre razão e emoção surgiu nos nossa Comunidade Bimodal Aberta. E é desenvolvida de forma mais detalhada no nosso Curso Básico sobre a Bimodalidade.
Se quiser mais informações, basta me mandar um zap (21-99608=6422) e dizer: quero ser Bimodal”
Veja a avaliação de quem já fez o curso: