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Me pergunta o Paulo Milreu do grupo Bimodal 2:

“Nepô, qual sua visão sobre a profissão de futurista? Tenho visto aumentar muito esse tema”.

O futurismo está cada vez mais em voga.

Podemos definir como capacidade de alguém ou de determinada organização de prever os fatos que ocorrem.

Diria que temos forte problema com o futurismo nos dias de hoje, pois estamos saindo, digamos, do futurismo incremental para o disruptivo.

O mundo até a chegada da Internet vivia uma continuidade e, a partir dela, um processo de descontinuidade.

De maneira geral, as organizações se acostumaram a viver um futuro de continuidade e se habituaram com “gurus” muito mais marqueteiros do que cientistas.

Vivemos, portanto, a passagem de futuro incremental para disruptivo. E a arte – ou ciência de prever o futuro – ficou muito mais sofisticada do que era antes.

E se temos estas mudanças na sociedade é preciso rever os paradigmas que tínhamos. A metáfora do zumbi que chega ao médico é boa neste momento de passagem, veja o vídeo:

Ou dizendo melhor:

A forma como olhávamos a sociedade tinha um bug: a forma como pensávamos que a história avança precisa de ajustes.

Não somos espécie contínua, mas disruptiva, pois somos tecnológicos e, por causa disso, reinventamos nosso modelo administrativo, conforme vamos aumentando o tamanho da população.

E podemos, assim, apontar como fatores disruptivos:

  • o aumento populacional, que nos força a inovar e mudar gradativamente;
  • as mudanças Tecnoculturais que podemos promover (principalmente a chegada de nova mídia);
  • e novo modelo de comando e controle administrativo, a Curadoria.

Nosso problema é que vemos a nossa espécie como só praticássemos a continuidade permanente e não o contrário, a descontinuidade permanente.

Falta absorver a máxima de McLuhan para a sociedade: mudou a mídia, mudou a sociedade!

Assim, podemos dizer que existirão no mercado:

  • Os futuristas indutivistas – aqueles que tentam enxergar o futuro com os mesmos paradigmas, como se estivéssemos em continuidade e não ruptura;
  • Os futuristas dedutivistas – aqueles que tentam enxergar o futuro com novos paradigmas, nos quais a ruptura é a base.

Os futuristas aqui da minha rua acreditam que é o aumento demográfico a principal causa da mudança, a chegada e massificação de nova mídia descentralizadora como o gatilho para nova Era.

E, como consequência, a chegada da Curadoria, novo modelo administrativo mais sofisticado para resolver com mais elegância nossos novos e antigos problemas.

O que temos que ver é quando conversamos com algum futurista de plantão o que eles contrapõe a isso.

É hora de um futurismo mais científico e menos marqueteiro

É isso, que dizes?

Sugiro para aprofundar o tema, vir fazer o Curso Bimodal comigo, veja mais detalhes.

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