Nós crescemos demograficamente – isso é fato matemático.
Que crescer gera complexidade.
Outro fato irrefutável.
Assim, o Sapiens aumenta sua complexidade com o tempo.
Sem margem para questionamento.
Isso é apenas ignorado, mas não contestado.
Todos movimentos humanos que demoram várias gerações para fazer efeito tendem a ser ignorados pelos pilotos automáticos de plantão.
Isso é uma parte de Malthus. A melhor dele.
(Muitos por uma questão de falta de argumento vai nos chamar de Malthusianos.)
O que o demografismo afirma diante deste fato irrefutável?
Que tal complexidade progressiva gera demanda por mudanças sociais.
Aqui saímos da matemática simples e entramos num jogo lógico ainda básico, mas um pouco mais complexo.
Que a espécie vai ter que fazer ajustes na forma de se administrar quando aumenta a complexidade.
E se não fizer isso, viverá crises.
Obviamente, quem não gosta de mudança pode querer refutar isso, mas não terá argumentos lógicos, apenas emocionais.
Até hoje, ninguém refutou a tese da complexidade demográfica progressiva, com nenhum argumento lógico.
Até aí fomos. E aí entra um jogo lógico mais complexo.
E aí o demografismo vai precisar de dois novos conceitos filosóficos metafísicos: o tecnicismo, que estabelece nova relação do Sapiens com as tecnologias.
“Somos tecno-espécie. E temos tecno-cultura.”
E, por fim, do cognitivismo: quando entramos em crises demográficas, precisamos mudar de mídias para iniciar revoluções civilizacionais.
Assim, o Sapiens é espécie que cresce demograficamente e, por causa disso, precisa promover revoluções civilizacionais de tempos em tempos, alterando primeiro as mídias, depois o modelo administrativo.
A isso deu um nome: tecnicismo demográfico progressivo.