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Um dos principais equívocos que cometemos é avaliar que agora somos tecnológicos.

O Homo quando optou ser Sapiens – escolheu ser tecno.

O que nos diferencia das outras espécies é justamente a capacidade de criar novas tecnologias para  resolver novos problemas.

Quando aumentamos a população, elevamos patamar de complexidade.

Surgirão latências por novas tecnologias para lidar com novas demandas cada vez mais sofisticadas.

O grau de exigência tecnológica, por exemplo, de uma tribo de índios no interior da Amazônia com 120 membros é completamente distinta de uma megalópole como São Paulo que tem 12 milhões de habitantes.

Aumentos demográficos provocam elevação da dependência tecnológica do Sapiens.

A tecno-cultura aumenta a sua taxa de tecnocidade.

Uma coisa é sociedade totalmente oral, que se utiliza de linguagem biológica como a fala. Outra, completamente diferente, é quando incorporamos à escrita.

A escrita, por exemplo, exige tecnologia exterior ao homem.

E mais ainda quando grande parte da cultura passa a ser produzida, através de telas no ambiente digital.

As alterações tecnológicas – na introdução de novo celular ou aplicativo – pode ter impacto muito maior na vida da sociedade, pois surge e se dissemina muito rapidamente.

Estamos ganhando uma certa tecno-liquidez.

E isso impacta diretamente na forma como vemos o mundo.

Saímos de um ambiente previsível para um cada vez mais imprevisível em função do aumento da tecnocidade.

Há uma liquidez maior na produção da cultura.

E isso precisa ser, de alguma forma, ajustado para que as pessoas se sintam confortáveis nesse novo ambiente muito mais mutante.

Nossa mentalidade (como pensamos e agimos) é mais compatível com um mundo muito mais sólido do que o atual.

É preciso um macro-ajuste.

É isso, que dizes?

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