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Várias vezes ouço discursos melancólicos de pessoas diante das mudanças no novo milênio.

A melancolia é estágio emocional-cognitivo que vai muito além da nostalgia.

A nostalgia é apego ao passado, mas não coloca a pessoa paralisada como a melancolia.

Se existe algo que aprendi nestes vinte anos de estudo sobre o Digital foi que a principal força de mudança do Sapiens é a Complexidade Demográfica Progressiva – característica única de tecno-espécies.

Aumentos demográficos geram novo patamar de complexidade demográfica e estes demandas por mudanças obrigatórias, que ficam latentes até surgir nova mídia descentralizadora.

Tudo que ocorre numa cidade de 300 mil habitantes será diferente quando a população saltar para 3 milhões.

Problemas serão mais complexos, demandarão soluções mais matemáticas,  mais sofisticadas, mais tecnológicas, mais científicas – e menos românticas,

Uma forma de se viver terá que dar – necessariamente –  lugar à outra.

Todos os dias os 3 milhões de habitantes naquela cidade, ou os 210 milhões de brasileiros ou os 7 bilhões de Sapiens vão acordar com fome –  querendo comida na mesa.

Contra essa força da sobrevivência nada, absolutamente nada, nenhum tipo de sentimento, nostalgia, melancolia será capaz de impedir que os processos se alterem.

O grande erro que temos neste novo milênio – que nos leva à esta melancolia crônica –  é o que definimos filosoficamente no século passado como essência humana.

Nosso conceito sobre a essência do Sapiens está equivocado: quando crescemos demograficamente, necessariamente precisamos mudar a sociedade.

A essência do Sapiens, aquilo que podemos ser – é  e sempre será algo em aberto, pois não sabemos exatamente o que teremos que fazer para comportar  7, 8 ou 15 bilhões de habitantes no planeta.

Tem-se a fantasia de que vamos aumentar a população indefinidamente, mas a vida não vai se alterar por causa disso. Isso é completamente falso!

Há esse sentimento no ar de paralisia, pois nos agarramos a um tipo de sociedade que não tem mais como voltar para trás.

Não há há nada que nenhuma pessoa, grupo, país, organização transnacional possa fazer.

O melancólico não tem ferramentas para voltar ao mundo que um dia amou e não consegue perceber por que tudo está se alterando.

A pessoa mais do que nostálgica, se transforma em melancólica.

A melancolia é, assim, sentimento que paralisa e não leva a lugar nenhum.

Nada vai impedir que 7 bilhões de Sapiens tenham respectivas demandas e queiram construir  sociedade que lhes apresente as melhores ofertas possíveis.

Agora, com o digital, as portas das mudanças se abriram. Virão cada vez mais rápidas para desespero dos melancólicos de plantão.

É isso, que dizes?

 

One Response to “Melancolia, um sentimento que congela diante do novo!”

  1. […] Muitos dirão que preferiam que nada disso ocorresse, mas isso é o pensamento melancólico agindo. […]

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