A matemática tem alguns desafios que estão há anos para serem desvendados. A educação em países emergentes, idem. O problema é que o paradoxo, antes de tudo, está mal formulado.
Primeiro, antes de tudo, é necessário colocar o fator da multiplicação de forma adequada.
Quando falamos de educação no Brasil, por exemplo, temos que multiplicar qualquer proposta de modelo educacional por 20 milhões.
É preciso ver o custo por cada aluno, somando todas as despesas ao longo da sua formação e multiplicar pelo fator imaginário de 20 milhões.
Pode ser 30, 20, 50, conforme a faixa de que educação estamos falando.
Assim, quando falamos de educação de qualidade é preciso definir que a qualidade está diretamente ligado ao fator quantidade!
A regra que temos que nos acostumar é a seguinte:
Não podemos pensar na Educação 3.0 de qualidade que não possibilite ter escala. Se serve para 20 ou 20 mil tem que servir para 20 milhões!
O principal problema que temos hoje ao projetar a Educação 3.0 é a nossa intoxicação ao atual modelo.
Temos a falsa ilusão de que a Internet vai entrar na escola. Quando faremos justamente o contrário.
Foi o ambiente de comunicação oral e escrito que definiu a escola do passado. E será o novo ambiente que definirá a escola do futuro.
O primeiro passo para um Educador 3.0 é simbolicamente subir numa montanha e jogar fora tudo que ele imaginava sobre educação. E começar do zero.
Revoluções Cognitivas expandem as paredes da cultura, permitindo a solução de problemas que antes eram inviáveis.
O que temos nas mãos hoje são tecnologias e uma nova linguagem que permite que milhares possam aprender com milhares.
O papel do Educador 3.0 é procurar métodos que permitam que milhões tenham ensino de qualidade.
É preciso adaptar a lógica do Waze. do Uber, do Airbnb, do Mercado Livre para a Educação 3.0. Milhões podem aprender, através de curadores e estrelinhas, baseado não mais em assuntos, mas em problemas.
É isso, que dizes?